sexta-feira, abril 06, 2007

Universalmente desconhecido

Assim como costumo discursar muito sobre terríveis momentos furiosos e vingativos, hoje em dia andei me lembrando que a vida não é feita só de sons de .UZI com granadas e coisas barulhentas do mesmo naipe, voltei a uma reflexão antiga que me acompanha desde o primeiro momento de crise social fora de casa.

Eu sempre tive vontade de ser o melhor amigo de todo mundo no mundo todo, de conseguir mostrar aos outros o que há de melhor neles mesmos. Tenho essa sensação baseado na engraçada idéia de que se uma pessoa existe neste planeta, e tem um(a) melhor amigo(a) ou faz muita falta a alguém, alguma coisa de muito especial esta pessoa deve ter. A questão é se aproximar das pessoas 'na hora certa' ou sob circunstâncias específicas.

Parece uma coisa maluca, mas eu sinto as coisas assim. Por mais que hoje eu possa dizer "raios e trovões!" (hehe) ou praguejar bonito, antes de chegar a estas terríveis conclusões eu já me reservei a tentar encontrar uma luz no fim desse túnel de humanidade. Não que hoje em dia eu esteja um poço de vingança e reacionismo (até poderia) mas não consigo ser tão ameno como quando era criança.

Claro, quando vejo os grandes volumes de pessoas andando de cá pra lá, cada uma com seus problemas, suas neuroses e todas outras síndromes, penso como cada uma delas é odiável, e como cada uma delas deseja acima de tudo estar satisfeita consigo mesma. E então reencontro a conclusão de que cada um daqueles estranhos sisudos que correm pelos valores do dinheiro e do poder, muito provavelmente pensam exatamente sobre isto que escrevo, mas jamais se permitiriam expor desta maneira. Afinal, muitas vezes buscar o que cada um tem de melhor consiste em dar de cara com o mais podre de todo mundo. E isso dói. E é deste ponto que surge a agressividade.

Não que eu seja cristão, mas boa parte dos brasileiros e ocidentais costumam se identificar com isto, e caso um cristão leia isto, aproveite o momento da Páscoa e pense nisso: Até que ponto a sua individualidade te protege? E quando ela começa a te isolar do que realmente TE importa? Você ainda conhece este valor? Discute-se a importância de termos amor e amor por tudo e todos. E isto não é um ideal inatingível ou para as celebridades espirituais. Eu acredito que isto seja meramente uma idéia, uma coisa que precisa ficar constantemente pendurada no nosso consciente.

Nunca se esqueça de que, no final das contas, todos somos de carne, ossos e lágrimas.

Um comentário:

ivoleo disse...

Fiquei realmente fascinado com seu "escrito". Acho que você "made a point" no QUE social. Ainda acho que essa visão deliciosa da atualidade mereceria uma pitada do toque de Deus. Mas... nada é perfeito. Vai chegar lá. :)