domingo, agosto 19, 2012

I feel as if I had been forgotten. I know no more the sound of my own voice, and all that is left is anger and revenge, the ways I once wished so cheerily to follow are no more so I know me not more. And the soft and  gentle sound of my former dreams, my old songs are playing now, somewhere I cannot find, someplace I cannot track, and I fear that the end of all hope may be nigh, and all the flame I have dim.

I can no more. I feel no more. I dream no more. All that is left to do is to see, and not think, and not be content, and feel not cherished. I feel I became an unknown person to myself. I was pure fire, I was pure joy of showing wonders and possibilities, opening wide the horizons to those who dare to ride in my life. But there is nothing left. There is no light, no dream, no joy, no nothing.

Just some passing time...

sábado, agosto 18, 2012


Depois de ter vindo do Rio de Janeiro e desta minha experiência com os gringos, lamento por dizer estar muito decepcionado com o que vi na minha bela cidade.

Antes via a situação da oficiosidade aqui no Ceará, do hábito ao invés da lei, do jeitinho ao invés do que é correto até o ponto em que me perguntei como as pessoas vivem no "mas é assim mesmo", sabendo que existe uma elite que nem educada é, e pisa em cima dessa massa de gente pobre, mas as pessoas aceitam.

E todo mundo se acostuma a tudo resolver com jeitinhos ilegais, improvisações e acordos irregulares, aceitam o absurdo e o abuso como parte da vida e as pessoas estão aí sobrevivendo sem saber que tem direito a serem respeitadas. Pois no Ceará o que se diz é "rapaz, não se estresse não, a vida é assim mesmo".

E tudo o que vejo no Brasil é anarquia, cinismo e megalomania (como um show do Placido Domingo pago a três milhões de reais no centro de convenções em Fortaleza para um punhado de convidados que não fazem nem idéia do que significa Fanciulla del West, um artista da maior grandeza que foi mero passa-tempo de um bando de novos ricos que só sabem comer e comprar roupa). Eu não sei mais o que dizer do meu país, tive vontade de chorar com o que já vi nessas férias.

As praias estão lindas, sim! A orla está cada vez melhor... Mas a vida na periferia e nos ônibus que vão até a parangaba estão cada vez piores, está tudo cada vez mais difícil para quem é pobre. Há dez anos atrás eu pegava um ônibus desse lotado, mas conseguia ficar em pé, já hoje, fiquei de ponta de pé com a barriga encolhida e me segurando com uma mão só para dar espaço às pessoas que quando saíam do ônibus pisavam categoricamente no meu pé e me empurravam como um saco de merda sem ao menos cogitar pedir desculpas. Imagino uma pessoa ser obrigada de viver nisso... Não dá.

Além disso, os motoristas de Fortaleza usam a buzina como uma arma, eles te coagem a correr, a abrir espaço fazendo cara feia e xingando se você os fez perder cinco segundos do seu precioso tempo. São pessoas capazes de atropelar alguém porquê estão certas da impunidade (afinal a polícia aqui não funciona) e do "jeito daqui".

Por favor, não contrate sem carteira assinada, se errou, peça desculpas, não faça barganhas absurdas em cima de vendedores que ganham por comissão, só porque você tem um carro, não quer dizer que você tenha o direito de fazer os pedestres correrem porque você acha engraçado, peça licença, diga 'obrigado', se interesse pelas pessoas que você acabou de conhecer, e principalmente, aprenda a respeitar quem nunca vai te dar nada em troca, só assim esse país fica mais justo.

Esta é a minha nota de repúdio. Isso aqui está uma barbárie, dá desgoto de ver como isso funciona. Para quem tem dinheiro é sempre bom. Os ricos vão ser sempre os ricos mesmo que eles estejam no inferno. Nesta cidade se vive uma guerra civil não declarada. É rico contra pobre, polícia contra ladrão e bandido contra bandido - aqui não tem mocinho.

Aqui a lei é o dinheiro, a rede de contatos, o "jeito daqui". Aqui não se diz a verdade, não se procura direitos e nada se critica, tudo se aceita e nada se transforma. "Svm qvi svvm".

Gostaria de dizer que não, mas hoje eu tenho vergonha de ser brasileiro e nojo de ser cearense. 

sexta-feira, agosto 17, 2012

E a saga continua

Bom, neste caminho de auto-descoberta, tive uma semana intensa: Discussões famíliares de cortar o coração, tentativas de extorção por causa de celular, roupa lavada com professor antigo...

É impressionante quando você FOGE de uma coisa como o diabo foge da cruz, a coisa vem pra cima de você, e eu vim de férias querendo sossego, querendo parar toda essa tensão, todo esse acúmulo de pressão em cima do meu corpo enquanto eu estive fora, mas vi que o trabalho continua. Mas pelo menos hoje tenho a capacidade de reconhecer que algo precisa ser feito quando precisa ser feito, existem coisas que não podem ser ignoradas, e existem batalhas que precisam ser travadas também do lado de fora, não só na instrospecção misteriosa que não divide opiniões e não faz a alquimia de poder estar errado...

Como é bom poder não ter razão sobre nada...

quinta-feira, agosto 02, 2012

Estou impressionado como eu mudei. Em pouco tempo eu me tornei uma pessoa sem paciência. O começo do ano de 2012 está realmente sendo o fim de um mundo para mim, antes eu aguentava desaforo, tolerava manter contato com pessoas interesseiras e que não se importam comigo por... nem sei exatamente o quê, talvez porque eu achasse que essas pessoas fossem mudar, pudessem começar a me respeitar, mas infelizmente esta não é a verdade.

Se nós temos utilidade para alguém, existimos, senão, nos tornamos nada. Eu entendo isso, pois o mundo tem pessoas demais, então temos que escolher com quem vamos lidar, senão passamos a vida lidando com todo mundo, mas é triste saber que eu perdi a utilidade para tanta gente. Além disso, pessoas que eu admirava, percebi que pouco se importavam com a minha existência, mas o tempo passou suficientemente para me provar que eu sobrevivo à solidão. O mundo que eu conhecia acabou, a infância acabou, estou pronto para viver como a maioria das pessoas no ocidente - é cada um por si, e só.

É bom saber que ainda tenho meus amigos, que ainda existem pessoas que se importam comigo, embora não sejam muitos. Mas nunca são, enfim percebi.