sexta-feira, abril 13, 2012

Continuo feliz, mas agora inquieto - vou fazer uma viagem de praticamente um mês sozinho. Porra, como eu odeio estar sozinho. Mas vamos lá... terei a possibilidade de visitar vários lugares, conhecer muitas coisas... mas as coisas e os lugares pouco importam se eles não tem pessoas.
Ai ai, eu não mudo.

terça-feira, abril 03, 2012

Sicvt cervvs

Bem... o que dizer?

Sim, sim, estou feliz! É tanta felicidade, tantas oportunidades, tanta liberdade, tanto tudo que não posso dizer nada, estou tremendamente grato por tudo. Pela bondade, pelas coincidências, por tudo. É um sonho - uma vida sob bênçãos infinitas, talvez. Quem diria que depois daquele dia, daquele que eu não sei mais em 2004 que eu decidi ir embora, e fui. E oito anos depois eu estou aqui, o mesmo Ramir sonhador, ingênuo, despreparado e sempre anti-perfeccionista. Sempre se apaixonando por tudo a sua volta.

Me pergunto como eu tive tanta coragem. De onde ela veio? Eu sempre manteiga-derretida que só eu, eu sempre apegado e colado ao meu redor, fiz uma volta aos improváveis e vivo nas estrelas. Às vezes um frio de lascar que faz lá em cima. Eu vivo o impossível. O impossível em mim mesmo. Sou uma pessoa que tem inimigos, que não tenho sossego, e isso é uma coisa verdadeiramente minha. Tem sempre algo me perturbando, nem que seja a falta de perturbação. Eu sou uma pessoa inquieta por natureza.

Mas... sabe... agora o medo é de não ter mais nada, de retornar ao zero, de estar ali entre o nada e o nulo. Mas a vida é sempre uma experiência no frio das estrelas. Existe a luz, o frio, o mistério e a solidão. Somos feitos em unidades pois cada experiência humana é solitária. É uma sina rumo ao encontro derradeiro com a extinção - o momento mágico do verter do sangue, do quebrar dos ossos, do partir da consciência rumo ao negro, ao nada.

Agora o fatalismo me aterroriza. É do nada que tenho mais pânico. Do vazio, do indissolúvel mistério magno. E assim como o cervo deseja as fontes, eu desejo o infinito... eu desejo o êxtase, eu desejo o que alguns chamam de Deus, outros chamam de impossível.

Mas eu já vivo o impossível.

Quem sabe?