terça-feira, julho 30, 2013

Eu não consigo entender certas posições de mundo, confesso que acompanhar a política de três países (e suas ex-colônias e territórios ultramarinos) não me faz muito bem, infelizmente eu sou uma pessoa muito frágil emocionalmente, mas eu sinceramente não entendo essa coisa que chamam de "extrema direita".

Basicamente é um tipo de política que acredita que o direito é algo que se merece com dinheiro (o homem ou produz ou herda esse dinheiro) e que, além desse valor, outro critério deve ser usado pra medir as pessoas que valem mais ou menos que as outras. Um dos exemplo disso são as antigas politicas segregacionistas americanas, parcialmente o socialismo nacional alemão (nazismo) que dizia ter que "purgar" a Alemanha dos judeus e outros casos.

Hoje a Europa se debate com a ONU pra poder rejeitar os pedidos de asilo e de imigração dos africanos e a França tenta à todo custo dar um rumo na imigração, que perto da brasileira é um gigante (na França uma em cada nove pessoas, se não me engano, vem de outro país, contra que no Brasil são três à cada mil). Nesse esquema de crise aqui, diminuição da aposentadoria ali, desemprego acolá, as pessoas começam a tomar decisões estúpidas e colocar a culpa nos outros. Na França, por exemplo, a extrema direita diz que a culpa é dos imigrantes africanos e árabes que, na teoria deles, não trabalha, só está na França pra poder se beneficiar das vantagens públicas (seguro-desemprego, essas coisas) e etc.

O engraçado, como um pequeno parêntese, é que pra que você possa, por exemplo, ter direito ao equivalente atual do RMI (revenu minimum d'insertion) você tem que ser francês de nacionalidade. E pra ter seguro desemprego você tem que ter um dia trabalhado, então as únicas vantagens que um imigrante tem na França dependem do seu interesse em trabalhar, coisa que sinceramente eu não vejo muitos franceses quererem fazer.

É como no Brasil: todos querem ser funcionários públicos, ter um emprego que não consuma todas as horas do dia, trabalhar pouco, ter o direito de insultar as pessoas e não ter nenhuma consequencia. Mas ninguém se pergunta quem é a haitiana que vai varrer a casa, ou a portuguesa que cuida dos filhos de rico, mas todo mundo odeia os imigrantes, discurso velho, mas precisamos nos dar conta disso porque essa palhaçada está querendo se instalar no Brasil (principalmente nos macacos imbecis do sul que já reclamam ou separação do resto do país ou uma noção pra lá de ariana de nacionalidade brasileira. Se um dia eles tentarem traçar uma genética comum no Brasil vão ouvir tanto, mas tanto fado que Wagner vai se suicidar...)

E a moda agora são as extremas-direitas religiosas que falam do apocalipse, votam lei pra mudar nome de rua, dizem que as travestis atraem pragas de mosquitos pro mundo... Ok. Vamos imaginar um mundo de extrema direita. Todos os países de extrema direita, todo mundo mesmo.

O que você acha que ia acontecer? Você acha mesmo que você aí, Zé Ruela, ia ter lugar pra você em algum país do mundo?

Uma hora ou outra iam inventar que você atrapalha e, em nome de Deus, tu ia acordar com a boca cheia de formigas, senão pegando fogo pelo bem das crianças e da família...

Eu não entendo...
Aos defensores de Cabral e da política do status quo

Eu sei que essas manifestações estão incomodando algumas pessoas que eu consideraria como "desnecessárias", mas, para que as mesmas ganhem alguma utilidade eu lhes digo que calem a boca e simplesmente pensem.

Dissolver a nossa democracia brasileira pela metade não é a melhor das idéias, nos expôe à anarquia política? Tem certeza disso? Dizer que o governo de Dilma Roussef é uma farsa é ser idiota? A questão é que QUEM QUER QUE SEJA OU FOSSE o político que estaria no poder agora seria pego no furacão, não adianta. O problema não é a pessoa, e sim o sistema.

Isso me lembra uma história que eu ouvi de alguém que conhecia alguém na política. Cidade pequena, a pessoa ganha a eleição e pensa "ah, finalmente vou poder mudar alguma coisa na minha cidade!" Primeiro dia na câmara dos vereadores, o chefe do lobby vem e diz "olha, por mês tu tem essa grana pra votar com a gente", o indivíduo diz "e se eu não quiser trabalhar com corrupção?" o chefão retruca "você perde o dinheiro e não te ajudamos com nada que você for fazer".

Eu compararia essas manifestações à um sistema imunológico soltando macrófago e comendo tudo o que vê pela frente, é o povo abrindo o olho pra todo pequeno detalhe que não funciona, estamos nos levando mais à serio... Só por favor parem de dizer o que a gente já sabe como "mas o PT salvou o Brasil", gente, já sabemos que o PT fez um salto histórico na nossa democracia, mas precisamos fazer outro, e se isso tiver que custar a banda podre, que custe - ora, ninguém pode nos obrigar a engolir e nos contentar com um partido que apesar de efetivo, ainda é "meio serio", favor não nos obriguem à engolir sempre "dos males o menor".

É do povo a OBRIGAÇÃO de injetar uma dose letal de seriedade na nossa administração, quem sabe esses "ocupa Cabral" e "fora Dilma" não vão aos poucos nos colocando diante de um Executivo menos "Banana" ou "Pizza" e mais "República".

quarta-feira, julho 24, 2013

Quand j'étais adolescent je ne voyais pas autant de groupes extrémistes et idéologiques comme aujourd'hui. Après avoir suivi les nouvelles au Brésil, États-Unis, France et l'Afrique francophone ainsi que les microscopiques pays caribéens et la Guyane, notamment, je constante que cette génération qui sort des lycées et expérimente le goût amer du chômage et du séparatisme sera l'une des plus violentes et isolées si rien ne fait.

Les jeunes voient un monde sans logique, sans place pour eux, sans avenir, les parents eux-mêmes ont perdu leur rôle face aux ordinateurs et à la télévision et le résultat est une génération handicapée socialement, sans les outils nécessaires à l'épanouissement d'un réseau de contacts ou d'une vision délocalisée des relations interpersonnelles.

C'est la génération du "s'en foutisme" de l'absence de la solidarité, de la crise, de "moi avant le reste", de "mes amis en twitter", le contact humain devenu l'homme dans sa zone de sécurité, et si quelqu'un nous dérange, il suffit de le bloquer sur facebook. Plus besoin de tuer à sang froid.

Plus de conséquences, plus de jugements, plus de problèmes à long terme - tout peut être géré avec quelques boutons appuyés en quelques secondes.

sexta-feira, julho 19, 2013

Sabe, quando eu era criança, feministas, ateus, agnósticos, LGBTs, anarquistas, ocultistas, umbandistas e todos os outros que não estavam no mainstream eram heróis, eram pessoas especiais que lutavam contra o status quo, o establisment (eu e os anglicanismos) e faziam do mundo um lugar mais colorido, melhor.

Hoje se instalou uma idéia de que "é modinha", e que quando "é modinha", não vale.

O fato de uma idéia se tornar popular a torna menos digna? O fato das mulheres cuspirem em toda a história ocidental (por enquanto!) de vergonha, humilhação e submissão, e ainda por cima terem conseguido disseminar a idéia de que os corpos e os espíritos delas pertencem à elas, isso é desprezível?

O fato do ano de 2013 ter sido o ano em que a geração mais desmaterializada que nós já vimos ter ido às ruas dizer que eles não estão de acordo com a política, isso é digno de cinismo e sarcasmo?

O ano em que o ocidente (por enquanto, mas é só por enquanto!) acordou para o direito (e a existência) das pessoas LGBT com essa onda de leis e novas diretrizes, isso tudo, porque está sendo discutido à boca grande na mídia, é digno de desprezo?

A não ser que você seja filho de um Eike Batista *e* alguém de uma índole muito fraca, um caráter muito perverso (ou pervertido), não tem como dizer que o que estamos vivendo é um momento dos mais bonitos da história recente do Brasil e da civilização ocidental (o Egito pode ser considerado ocidental?)

Eu queria que hoje nós tivéssemos mais orgulho de todas as gordas e as mal comidas que a cada dia que passam tem um pouco mais de respeito por si, por todas aquelas pessoas que no finado mês contam moeda de 5 centavos pra pegar ônibus no domingo, daquela bichinha pão-com-ovo que passou o ensino médio levado surra de grandalhão e hoje pode ir num cartório e casar (que nem gente!)

Finalmente estamos sendo capazes de olhar pras pessoas pelo que elas são por dentro e não por quanto dinheiro elas tem no bolso, a quantidade de melanina que elas tem em cima da pele, ou por qual tipo de órgão elas fazem xixi.

Esse é o mudo ideal: o mundo onde cada um tem o seu espaço sendo exatamente quem é.

Pena que ainda é só aqui no lado ocidente do mundo... Mas a gente chega lá!

sexta-feira, julho 12, 2013

Just thinking some shit

But that's it. I'm bored. I'm bored as if life had just nothing interesting in it. I got a job possibility, a confortable life and everything, but it's not enough. Nothing interests me... And I wonder why it aways happens? I try to don't be so demanding or think that life needs to be like in the movies - I don't like movies that much (and there's aways people with guns, I don't like guns at all) - but what I like about life is the possibility to share things with people.

I was thinking about vacations but I came to the conclusion that I don't want to travel, I don't want to move, I don't want to do nothing before deeply and completely discovery what's happening about myself.

I feel like I need to go elsewhere like a country where people speak another language, or that I should just start all over and live another life, I mean, I have the right, have I not?

I'm still young, feeling so old.

Fuck man, I need to move, that's all.

Question is: Where? How?

Maybe I should do as aways: the most stupid and unpredictable decision will be the one I pick so please guys, invite-me to go to Mars or something.
But that's it. I'm bored. I'm bored as if life had just nothing interesting in it. I got a job possibility, a confortable life and everything, but it's not enough. Nothing interests me... And I wonder why it aways happens? I try to don't be so demanding or think that life needs to be like in the movies - I don't like movies that much (and there's aways people with guns, I don't like guns at all) - but what I like about life is the possibility to share things with people.

I was thinking about vacations but I came to the conclusion that I don't want to travel, I don't want to move, I don't want to do nothing before deeply and completely discovery what's happening about myself.

I feel like I need to go elsewhere like a country where people speak another language, or that I should just start all over and live another life, I mean, I have the right, have I not?

I'm still young, feeling so old.

Fuck man, I need to move, that's all.

Question is: Where? How?

Maybe I should do as aways: the most stupid and unpredictable decision will be the one I pick so please guys, invite-me to go to Mars or something.

terça-feira, julho 09, 2013

Eu fui realmente muito idiota. Com a minha mania de grandeza eu pensei que fosse melhor que qualquer pessoa e decidi que "viver uma aventura, a maior de todas" poderia ser o meu caminho.

Escolhi não fazer direito, escolhi "ser artista", "ajudar as pessoas à encontrar a própria luz", escolhi "acreditar no amor e nas pessoas", e o que eu tive depois dessa aventura toda? Essa sensação massacrante de não ter lugar pra mim nesse mundo.

Pensei tanto nos outros (principalmente nos que estavam perto) que esqueci do que eu queria.

E sinceramente - o que eu quero? Eu não faço a menor idéia. Eu só sei que saí da casa da família pra encontrar uma vida melhor e holy fuck, o que diabos foi que eu encontrei? Penso em me matar de dois em dois dias, tudo dá errado, e eu não faço a menor idéia de pra onde quero ir ou o que quero fazer.

Hoje eu tinha decidido aceitar essa sina e engolir tudo à goles grandes, dizendo pra mim mesmo que eu não sou melhor que ninguém, que nenhum desses gênios brilhantes que fazem mestrado em Havard e terminam garis.

Pode ser que eu me acostume com a miséria espiritual e o completo vácuo intelectual dessa floresta maldita, e comece a achar tudo isso muito bom, basta apenas que eu esmague, que eu torture, que eu dobre e que eu subverta a minha vontade pra me acostumar com a vida normal das pessoas normais que "abraçam as oportunidades que a vida lhes dá com coração aberto".

Eu quero que a vida se foda. Eu ainda não achei o que eu queria, eu não vejo mais a magia e o sentido profundo das coisas e das pessoas, e eu sinto que parei de me mexer. Eu não encontrei o que estava procurando, e não faço a menor idéia em que parte só inferno essa porcaria está.

Sim, eu tenho 27 anos e tenho o direito de dizer que me sinto como se tivesse oitenta desde que tive essa idéia estúpida de não fazer o que todo mundo faz e ir me esconder atrás de um cargo publico.

Por que é que eu sou tão retardado? A vida que eu quero não pertence a uma pessoa só, e não pode ser vivida nesse planeta como eu o conheço.

Sim, a tristeza deixa um gosto amargo, o arrependimento pesa como chumbo na alma, mas o que eu poderia ter feito senão seguir o meu destino e ser um idiota que acredita que esse mundo não é ordinário, e que as pessoas são mais que o que tem na conta bancaria delas?

Estou decepcionado comigo de não conseguir juntar e aceitar as peças do jogo.

E por favor, não me prescrevam Deus - o prozac faz efeito mais rápido.

Mas como sempre tudo vai se arrumar até que tudo se desarrume de novo, uma vez à cada dois ou três dias, e é assim o meu pequeno ciclo, o meu combate eterno contra mim mesmo e as minhas 777 contradições...

Quem nunca se sentiu assim que me diga se é maconha, sexo, vinho do Porto ou mansão na praia com piscina olímpica...

Ah, o maravilhoso mundo material e nosso contrato em branco assinado com o demônio das fortunas...

segunda-feira, julho 08, 2013



Ou estou ficando maluco, ou a tristeza deixa, literalmente, um gosto estranho na boca.

sexta-feira, julho 05, 2013

Hold it

Adoro quando vejo as pessoas dizerem "não se preocupe" e "tudo vai acabar bem" quando elas mesmas diziam "mas você devia ter prestado mais atenção, a vida é muito difícil".

Não é que eu peça conselhos, mas às vezes quando a gente quer falar merda só pra descarregar e acha que pode contar com um ombro amigo precisamos ter que ouvir todo tipo de profecia.

Olha, aqui vai a minha profecia pra todo mundo: Quem tem cu, tem medo. O tempo passa, a pele cai e toda uva vira passa. Se ninguém se preocupar com nada as coisas simplesmente não vão ser possiveis.

Então, please bitches just stop fucking trying to tell me what to do...
Pague minhas contas, faça milagres, ou então diga só o bom e velho "porra, é foda".

"Porra, é foda" é uma das únicas frases realmente sinceras de ajuda que já ouvi na minha vida.

Evangélicos e política

Por que eu não concordo com candidaturas sectárias

Recentemente eu deu uma olhada no blog da "deputada evangélica doutora Silvana", deputada estadual no Ceará.

Essa senhora diz que "representa os irmãos em cristo" na política. E grande parte da sua expressão política é mainstream midiático: falar das bichas que casam, de curar as sapatonas e criar leis que "protejam o cristão".

Eu me pergunto: O que diabos essa mulher está fazendo lá?

Eu não votaria em um deputado esotérico por ele falar que vai colocar a cabala mística no ensino fundamental, mas sim, se ele é capaz de propor uma reforma na qualidade da educação pública no estado do Ceará, ou se ele é capaz de melhorar a gestão da saúde pública. 

O que eu quero dizer é que eu não estou nem um pouco interessado em votar em alguém que compartilhe as MINHAS CRENÇAS, porque elas são MINHAS. Eu quero ver alguém que seja capaz de pensar no MEU POVO e olhar o cidadão brasileiro não como os "irmãos em cristo" ou as "galinhas calungueiras", mas como um cidadão que é digno de direitos e dignidade qualquer que seja a sua religião, ou falta dela.

Por favor, evangélicos: Parem de votar em pastor porque ele é pastor/médico/manicure! Para os brasileiros em geral: Parem de votar em primo/sobrinho/amigo que é dentista/médico/palhaço. A receita não está dando certo.

Precisamos votar em quem tem formação política, capacidade e consegue se distanciar de um grupo específico pra olhar pro todo.

Não às candidaturas sectárias! Precisamos de verdadeiros candidatos, e não de espantalhos!

terça-feira, julho 02, 2013

Apesar de ser uma coisa tão obvia, é tão difícil... Nada deu certo: a faculdade, as papeladas, a burocracia, o estilo de vida, nada. Absolutamente nada. Conclui que preciso ir embora daqui, isso é fato notório: toda ligação que eu recebo me dá ansiedade (também é complicado ser diferente, sempre que alguém me liga é alguma coisa "urgente" que eu tenho que resolver e que não me traz beneficio nenhum), não tenho como descarregar o stress, não durmo bem (com gente roncando é foda, mais os pesadelos de assassinatos, e tudo que vem junto), gostaria de voltar pro Brasil - mas pra ficar onde? Queria ficar sozinho, ter um canto pra poder dar minhas aulas e reconstruir meu emocional.

Deus, me dê uma luz... Ou então sei lá. Só sei que aqui está ruim demais.