segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Por que as frases de efeito são tão legais?
"Perco o amigo, mas não perco a piada"
Qual será o grande motivador por trás do frasista compulsivo? Eu venho do mundo dos lentos, sou o moleque na última carteira da última fila e aquele que nunca jogou futebol no centro-avante (na realidade sim, é que eu odeio o referido esporte.) Então, como representante dos nerds, goonies e todos os caçulas penteadinhos e filhinhos da mamãe, vos digo: Não sei contar piada e não perco os amigos.
Gente! Minha própria frase de efeito, me corrijam se estiver errado!

domingo, fevereiro 25, 2007

(Delira, delira e ensaboa)

Oh Lord, won't you buy me a Mercedes-Benz? My friend - they don't got Porsches. But I want my own! Oh Lord, won't you buy me a plasma TV? Or even a big and hype disco house, oh oh oh...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Cáca + ventilador

Lembrando das neuras ao som de heavy metal e das camisas de box pretas com transfer do motörhead e afins, tenho uma luz engraçada sobre a busca da liberdade quando a gente é adolescente.

A moda é subverter: Se todo mundo é espírita, vamos ser satanistas. Se o barato é maconha, vou cheirar pó. Se todos concordam - eu jogo bosta no ventilador.

Tudo bem que quase todo mundo precise passar por essa vivência pra encontrar, de fato, personalidade, individualidade e noção de como se impor e defender socialmente. Nunca fui um grande entusiasta, no entanto.

Até aqui mesmo! Eu gosto de colocar um pouco de sulfato em cima dos meus textos, mas mesmo assim a coisa toda é muito sóbria apesar do teor de toxicidade. Afinal eu busco lucidês, não capacidade para impressionar. Toda brasa um dia apaga, mas você já viu uma pedra bem grande se apagando com uma brisa? (Me sentindo Pai-Mei.)

Campanha nacional: Deixemos o ventilador em paz. Ele já vive tão sujo...

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Carnaval carioca

Falam tanto do carnaval por aqui, meu Deus, há de ser muito bom, né? Será que eu vou gostar? Tudo bem que meu clima não tá em nada pra samba e essas paradas - mas não custa dar uma chance.

Deve ser legal, deve, deve...

sábado, fevereiro 10, 2007

Garoto de seis anos arrastado por sete quilômetros num assalto

A criança ficou presa no cinto de segurança, os assaltantes não se deram ao trabalho de remôve-la, e o garotinho foi sendo levado em alta velocidade por sete quilômetros na zona norte do RJ. Quatorze ruas e quatro bairros. Foi uma das mortes mais horríveis que alguém poderia ter.

O agravante é que houve omissão da polícia, e, os moradores e outras pessoas que viram tudo, imploraram, fizeram de tudo pro carro parar. Deve ter sido a visão do inferno. Sinceramente...

Agora, não que eu não ache absurdo o assassinato de um garoto de seis anos de idade segundo filho de uma mãe que, com certeza, deu duro na vida. De uma mãe jovem, provavelmente sonhadora, cheia de projetos pro seu filho...

Mas eu convido a uma reflexão: Por quê? Por que as pessoas fazem isso?

Os responsáveis eram sujeitos jovens, mal tinham saído da adolescência ou ainda estavam passando por ela. Todos magros, esquálidos, desempregados, provavelmente sem o nível básico de estudo completo, e com o agravante muito possível de adicção em drogas. E provavelmente nos sobe-e-desce do morro onde vivem devem ter visto coisas tão ou mais horrorosas do que este inferno que foi noticiado, e não vai sair da mente das pessoas tão cedo. Quiçá nunca - Talvez isso marque mais uma vez o rosto do Rio de Janeiro com sangue e ódio.

Porém continuo me perguntando porque essa notícia assusta mais que a vida péssima que as pessoas da classe pobre vivem. O que me parece é que a compaixão do carioca - do BRASILEIRO, é muito, mas muito tendenciosa. O pretinho, magrelo, marginal é mal por natureza - aspira à penitenciária como um dom profano que lhe assiste desde a hora do nascimento.

Era como se todos fossem maus por opção, por educação (ou falta dela.)

Sinceramente, falando de coração mesmo: Se eu fosse um pé-rapado, discriminado por deus e o diabo pela cor da minha pele, não tivesse dinheiro pra comer, estudar ou ter uma fonte de alegria ou prazer, fosse feio pra caralho e tivesse uma família desiquilibrada, não tivesse conforto, paz nem nada disso, muito facilmente iria procurar um placebo, um anestésico. E logo logo estaria nas drogas, com a facilidade que isto acontece nas favelas, (sejam do Rio ou de qualquer lugar.)

Obviamente eu precisaria de dinheiro pra sustentar meu anestésico - e já que ninguém "lá de baixo" (os brancos ricos, bem-vestidos e sádicos) me dá um emprego, me ajuda a estudar; e além de não se importar comigo ou com os meus, me humilha, me despreza, e o faz com todas as pessoas do meu convívio. Então eu passaria a odiá-los. Eles tem tudo, e fazem muito pouco para tê-lo. Muitos tem todo aquele luxo e toda aquela vida abençoada de nascença. E eu? Então eu iria tomar deles.

É claro que não é só pedir que eles dão. Eles fazem jiu-jitsu, eles tem tazers, seguranças, escutas, carros com blindagem, sprays de pimenta... Eu iria ter que convencê-los a me dar aquele dinheiro. Tanto pra minha erva ou pedra, como para o meu sustento.


Esta é a estrutura: O Brasil, e principalmente representado pela sua mais confusa capital, é um país de desigualdades impressionantes. É um país titânico, de difícil administração. E como o brasileiro ainda permanece com o pensamento da colônia, e não herdou dos gringos nada bom sobre pensamento nacionalista e 'o meu país' (aqui é 'antes que chorem os meus, chorem os seus'.)

Um toma do outro, seja pelos impostos, seja pelo controle do capital intelectual, pela concentração de renda ou pelos AR-15, pistolas, facas, crack, cocaína ou seja qual for o método IGUALMENTE subversivo utilizado pelos moradores de baixo ou de cima.

Lembrando que não estou culpando a capital do Rio de Janeiro por nada disso. De onde venho, Fortaleza, existem crimes tão ou mais diabólicos como este citado. O que me chama a atenção no Rio de Janeiro, como uma megápole, é o modus operandi da coisa. Não falo do crime dos neo-escravos isoladamente. Mas toda a estrutura.

Era como se 'Rio de Janeiro' fossem realmente mais de uma cidade, mais de um mundo. Tudo muito bem estruturado e definido. Barões de um lado, escravos de outro. Escravos vivendo seu inferno e os filhos bem-nascidos dos barões sofrendo suas baixas como um sacrifício de sangue e vísceras para aplacar uma fera sedenta.

E tudo se expôe, porque a cidade foi repartida em vários meios sem campos neutros. Tudo é mídia virulenta, tudo é ultra-violento.

Mas a preocupação não é dar estruturas de vida para as pessoas carentes, não é direcioná-las a um mercado de trabalho ou um papel social, não é dar dignidade ou conforto a estas pessoas. É torturá-las, vingar-se delas. Afinal são apenas negros e paraíbas que me roubam e matam meu filho caçula.

A preocupação, a primeira delas, é BAIXAR A PORRA DA MAIORIDADE PENAL. É isto que vai RESOLVER, é isto que vai CONSERTAR a BIROSCA desta e de outras cidades. Porque não PENA DE MORTE ou EXECUÇÕES EM MASSA também? Chacinas como a da Candelária podiam ser praticadas diáriamente nos morros - afinal pra que eles, os pretos favelados servem, né?

É o velho pensamento do venha a nós e ao vosso reino nada. Resolva MEU problema AGORA, e ponto final.

E lhes digo onde está o problema:
Está no seu apartamento de 2.000.000 de reais, nos seus 4 carros importados, nos seus 3 filhos estudando na Royal University de Londres, está na sua esposa que compra Thyffany e H. Stern e vai ao Werner uma vez por semana e acha pouco, está neste luxo, desta disparidade descontrolada, nessa sonegação ÉTICA que acontece com os favorecidos. Está na super importância dada aos empregos formais, nas imunidades e vantagens dos políticos, na estrutura das grandes empresas - na mente de um povo inteiro.

A mídia gosta muito de pintar esta cena:
Cinco crianças, uma de cada lugar do Brasil, de mãos dadas, como se realmente se respeitassem e compreendessem, dando a idéia de um Brasil unido e funcional.

Sabemos que não é assim, os pretos são sempre perigosos, e os paraíbas são 'víboras' como li uma frustrada declaração pixada em uma parede paulistana.

As 'crianças' brasileiras, este símbolo de pureza, na realidade estão fechadas em seus colégios exclusivos para filhos de pessoas ultra ricas que não pagam impostos proporcionais enquanto as 'pestinhas' estão nas ruas com bicho de pé e lombrigas.

É disso que falo: É DESIGUAL, ISTO É DESUMANO!

Não é a morte de uma criança sendo arrastada que deve nos alarmar, e sim a morte, tanto física e social de várias por NEGLIGÊNCIA, APATIA E INTOLERÂNCIA.

Não vou sugerir um chega - afinal revolução é brega, e sempre é mais interessante assistir a novela das oito do que querer dar jeito no mundo. O brasileiro é um povo apático e indiferente por natureza.

Mas aqui vai meu desabafo: Calem a boca, e cuidem das suas vidas. Morreu, e a verdade é que ninguém dá a mínima se não aparece na TV. Tá na moda ter 'responsabilidade social.' Volte pra igreja, compre seu novo carro, e continue sonhando com o impossível. E vocês odiaram o nazismo.... *Hmpf*

Um sábado aí...

Minha professora ainda está sendo bonita na Índia e eu me aventurando na gogózeira esses dias. Percebi como sou porra-louca com minha voz. A impaciência com aqueles exercícios cretinos, e o célebre pavor de vizinhos me torna um shower singer por falta de cara-de-pau pra ficar no 'ma-ma-ma mi-mi-mi' o dia todo. Mas venho fazendo progressos.

Gente, cantar é muito chato!

Vou tocar pandeiro!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Sarajane Fotonovelas

Humorzinho sádico, safado mas muito bom. Você ri que chora.
Bons tempos...
Confira a história de Bimba, um leãozinho muito glam na batalha pelo trono real contra Scarlet, sua tia maricona. Que Rei Leão o que!

O negócio é GAY!

O GAY LEÃO

Tente não se divertir demais!
(Conteúdo impróprio para pessoas que acham a palavra 'porra' feia.)

...eu não dormi

Do dia seis pro dia sete eu não dormi. Pra chegar no Galeão às 7 da manhã do dia 7 é complicado sabe? É complicado...

sábado, fevereiro 03, 2007

Warum?

Por que eu demorei tanto a postar novamente aqui?
Sou um cara rígido, sistemático, materialista e normalmente frio (engraçado. Nem acredito que escrevi 'frio', mas preciso assumir, por mais que não ache que o seja) logo a minha estadia no mundo real por tempo excessivo me consumiu o tédio necessário para a composição blogária.

Precisava de um ócio calmo pra descer as linhas - mas não sou um hamster (cuja função social é ser bonitinho) e sim um cara (não só o rosto), e os caras tem que fazer coisas.

Desculpe(m) caro(s) leitor(es).
(Sonha, Alice!)

Homenagem

Aos momentos de inspiração despretensiosa e das caminhadas sem calçados até a esquina de casa só p'ra ver o tempo passar.

O vício do preciosismo

Nunca fui muito adepto de simplificar as coisas. Gosto de retórica, gramática, conhecimento e criatividade. Como é de se perceber sou um grande adepto de textos longos e extremamente descritivos. O problema é que às vezes a explicação faz o próprio texto se perder. Daí eu começo a falar de música e o porquê de eu ter parado de comentar em fóruns sobre o assunto.

Eu já sei pouco, e normalmente me volto a essas discussões pra ver se aprendo alguma coisa. Mas sinceramente, a cada linha que leio fico mais confuso, e mais convicto de que a opinião de um leigo vale ouro.

Certa vez, ele, que apesar de não participar da minha jornada musical ativamente, normalmente dá a suas valiosas pinceladas sobre o assunto. E nesta 'vez' eu estava falando justamente sobre os excessos de classificações e tipificações que existem no universo vocal.

Pra quem não sabe do que estou falando, aí vai uma breve síntese do que seria o 'básico':
"Na música, os instrumentos se dividem basicamente em três categorias no tocante a 'altura' (freqüencia relativa dos sons e região sonora) - Aguda, média e grave. Igualmente acontece com as vozes humanas, criando hipoteticamente seis tipos básicos de voz, que seriam, do mais agudo (alto) ao mais grave (baixo) - Soprano, meio-soprano, (contr)alto, tenor, barítono e baixo."

Até aqui já está bem complicado: Então temos seis tipos de voz humanas. Duas mais agudas, duas médias e duas graves.

Mas não pára por aí. Cada voz, individualmente, reserva mais nuânces. Existem vozes agudas 'graves' e vozes graves 'leves, aveludadas'. Ok, isso é justo. Cada qual é único, com seus próprios talentos e super-poderes da Marvel.

O negócio é que tem gente que complica isso TANTO, TANTO que termina por impossibilitar a comunicação musical. Cada um 'acredita' nas classificações que 'quer' e todos se dão por satisfeitos. Ou ficam se degladiando por aí sobre 'coloratura' e 'wagneriano ou não'.

Então um leigo me diz: 'Eu acho que essas classificações são reais, mas uma voz não se resume a simplesmente um caráter. Acredito que se situam em um 'espaço' entre uma coisa e outra, podem exprimir tanto isso como aquilo, o que estiver 'próximo' do seu 'centro'.' Em resumo - uma única voz pode, em sua capacidade mórfica natural e criatividade do intérprete, encarnar mais de um caráter timbrístico com segurança. Como o diabo Maria Callas disse aí num desses master-classes chiques: 'Hoje em dia classificam as vozes de acordo com o que elas NÃO podem fazer. No meu tempo 'soprano' era 'soprano' e ponto final'. Ok, ela se estrepou muito por causa desse pensamento. Mas a grande pulga coloratura-wagneriana continua atrás da minha orelha.

ATÉ QUE PONTO A CLASSIFICAÇÃO VOCAL NA MÚSICA ERUDITA É VÁLIDA? ONDE ISSO SE TORNA MERO PRECIOSISMO RETÓRICO?


Impressão pessoal: Eu sou um tenor. Tenho 20 anos, logo minha voz esta ali, bem moleca. Apesar disso, minha laringe já mostra suas façanhas, e posso dizer que ligeirinho é a mãe. Mas ainda existe um 'q' de -inho na minha voz. Que se perde totalmente quando abro o gogó em canções de Schubert ou árias de operettas. Nunca senti nada errado.

E aí gente? Chega de Royal University e as teorias malucas dos gringos?