segunda-feira, outubro 23, 2006

Em momento de reconciliação com a música brasileira e romântica.
Eu me apaixonei - por um ninja - porque eu quis!

sábado, outubro 21, 2006

Carioca é tudo otário! (Apenas leia)

Recebi por e-mail. Lê.

CARIOCA É TUDO OTÁÁÁRIO (???)
>> > > "Suponham que vocês vivam com um salário mensal de R$
>>12.000,00.
>> > >
>> > > Desafio a vocês a sustentar 2 mulheres (uma esposa e uma
>>ex-esposa) e
>> >a
>> > >sustentar 5 filhos.
>> > >
>> > > Frequentar anualmente Nova Iorque, se hospedando nos hotéis
>>mais caros
>> > >do mundo, com diárias individuais de US$500,00 de vista para o
>>Central
>> > > Park.
>> > >
>> > > E ainda comprar sapatos de US$ 500,00 e ternos de
>>US$2.000,00
>> > >
>> > > E além de morar no Leblon, adquirir uma mansão no condomínio
>>de alto
>> > >luxo Portobello, de 12 suítes estimada em 2 milhões de reais.
>> > >
>> > > Pois é.
>> > >
>> > > O candidato que você irá votar, Sérgio Cabral conseguiu tudo
>>isso
>> >sendo
>> > >deputado federal e recebendo salário mensal de R$12.000,00."
>> > >
>> > > Fontes do Jornal do Brasil e Folha de São Paulo.
>> > >
>> > > REPASEM para toda sua lista, pois este candidato é a
>>continuação do
>> > >governo Rosinha-Garotinho e está com mais de 60% das intenções
>>de votos
>> > > para o Governo do Rio !
>> > >
>> > > NÃO DEIXEM ESSES LADRÕES FAZEREM DE NÓS CARIOCAS OTÁRIOS
>>MAIS UMA
>> >VEZ!!!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Bem feito!

Algumas vezes lamenta-se, outras diz-se 'bem feito'. Ainda que a misericórdia seja uma virtude louvável e indispensável em qualquer convivência, as coisas tem limites, por mais que as partes tenham suas parcelas de (ir)responsabilidade ou merecimento.

Simplesmente às vezes algumas coisas não tem solução, algumas vezes as pessoas realmente agem de formas obtusas. E tudo o que se tem a dizer é 'bem feito'. Cada um cava sua cova onde quer, e normalmente não é a morte que nos procura. Nos que a puxamos o robe negro e dizemos 'tia, eu adoro sua atitude, me dá um autógrafo?' (que o digam os emos e góticos de plantão. Afinal - o que é aquilo tudo?)

É sabido que a vida moderna não é das mais fáceis de se entender, e que todos querem ser especiais (únicos) em alguma maneira. Todos vestem seus personagens e vão acontecendo. O problema é que muitas vezes a falta de senso crítico das pessoas, a sua necessidade de sustentar sua faceta dramática e artificial, faz com que atitudes idiotas aconteçam, grosseirias sem muito nexo...

Ser o que se pensa. Isso é o problema. Ser, por si só, é um verbo muito simples, pouquíssimo dependente de outros adjuntos. Ser é simplesmente acontecer, existir, estar em sua própria consciência. O pensar é capaz de uma gama de artificios ilimitada, e quando a consciência se reduz à criação de si mesma, então os problemas começam. O humano se destrói, e os personagens começam.

Daí vem os 'in', 'out', 'hype', 'cool', 'cult'... E aquele monte de palavra esquisita (preferencialmente em alguma língua diferente da que se usa no país em que se vive.) Todos estes arquétipos existem em principio como argumentos do comércio em prol dos interesses de seus beneficiários - e não como criação de uma nova cultura em profundidade e consistência. Infelizmente o comércio, a necessidade do acúmulo de cash é que é o grande determinante filosófico para as massas hoje.

Até Deus vem sendo um problema desde que há a necessidade de se manter alguém sob controle. Então temos todas as castas (e seus respectivos anti-) de hoje em dia. Tendo suas origens profundamente enraizadas neste eixo: Comércio e necessidade de coerção em prol do comércio (e dos que já foram citados, os 'beneficiários', que não são 'a humanidade', ou qualquer ideal utópico platônico... marxista, ou frescura assim.)

É isso aí, senhor gótico - você é produto da cultura cristã, que sofreu uma série perda de moral dos valores, uma influência da música pop, e voilà, temos um usuário aficcionado de roupas pretas e estéticas ocidentalistas distorcidas, como numa maneira de forçar a própria existência a um foco (anti)luminoso de atenção e respeito.

Uma pena que as coisas tenham chegado a este nível, e Buffy, Lost, Charmed, Lain, e tantos outros produtos da mídia consumista definam os novos personagens da vida real. Que tristemente vivem desolados por não serem constantemente bonitos e sensuais como os da lenda (televisiva). Ninguém está maquiado o tempo todo e sob efeito das lentes e iluminações tratadas da Fox e Warner.

E eu poderia dizer um monte de coisas, e conselhos, e sei-lás. Mas não. Vou dizer a estes burgueses ricos e pobres que se fodam. E também vou dizer aos religiosos bons e maus que se fodam. Enquanto eu não ver esperança de uma real humanidade em todas estas caricaturas, vou dizer 'dane-se' e 'bem feito' por todas as frustrações e suicídios éticos que tenho que assistir. E não é problema de hoje em dia, desistam carolas de plantão!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
É fácil ser cético num lugar assim.

domingo, outubro 08, 2006

Voltando às origens!

"I want to ask a few questions..."
"I don't know who I am, really"
"You must *know* the way of the Zerthimon"
"Can you do something more than just talk, Morte?"

Que saudades desse jogo cara! Planescape: Torment uma coisa super interessante que desbravei com meu inglês arranhado na época de 2000, mais ou menos. De repente eu me deparo com este jogo de novo e percebo que, de fato, eu nem joguei isso. Eu não entendi a história. Não só por causa do inglês, mas coisas remetentes a conceitos que eu só tenho hoje em dia, como "adulto" (um'2' no dígito esquerdo da minha idade.)

O lance desse jogo é um tanto bizarro... Você joga com um cara hiper feioso e sarado que acorda no Mortuário da cidade-planar de Sigil (o 'Grande-Anel' em apologia à New York.) Uma cidade que, diz-se, situa-se no centro dos planos exteriores, e é um centro de convivência de extremos e onde tudo pode acontecer. Sigil também é a cidade das Portas... Existem portas e portais pra praticamente qualquer lugar. É só saber onde achá-las, quando...

Daí o sujeito acorda no Mortuário, prontinho pra ser cremado, e encontra logo de cara uma caveira flutuante sabichona que fala a ele sobre umas tatuagens em suas costas que o pedem pra procurar um sujeito. O problema é que o fulano não lemba de nada. Nome, idade, preferência sexual. Nada. Uma página em branco.

O jogo consiste basicamente em descobrir como se foi parar nesse Mortuário, quem colocou o fulano lá e quem ele foi no passado. Além disso você tem que construir uma nova pessoa, tomando decisões, interagindo com o cenário e os personagens deste (e que personagens. Putaquepariu...) O jogo é extremamente complexo e surpreendente. Cada vez que se se joga, toma-se um rumo novo, e as coisas se desenvolvem pra conclusões bizarras e inexperadas.

Eu consegui fazer o meu esquecido inominável leal e bom. E pretendo manter até o final do jogo só pra ver. Se você cansou dos repetitivos RPGs de pc só no porradão e quer uma coisa mais expressionista (!), lírica, praticamente uma revistinha da Vertigo, conheça esta pérola da Black Isle. Mas antes disso hear the chant, berk:

What can change the nature of a man?

quinta-feira, outubro 05, 2006

Apesar dos pesares... até que esse mês parece que vai ser bom!
9,5 em solfejo! Hahahaha!

domingo, outubro 01, 2006

Merope! Poliforte...

Enquanto ouço a exótica voz de Vivica Genaux, (e há quem escreva Vivika Genaux) me lembro das coisas bonitas deste mundo... E o engraçado e que isso ainda existe... Ou existia. Não sei o porquê dessa minha insistência por arte antiga - mas a sensação de estar em casa é com elas, no passado. Realmente nunca me senti em casa "nos dias atuais", não por vivermos em uma era de caos ou maldade como muitos protestantes gostam de vender. Mas simplesmente... Não é a minha, (como se isso fosse uma opção.)

Mas esta é minha linguagem: tonal, de métrica simples, previsível. Com muitas pausas e momentos de urros e berros súbitos, e obviamente os excessos de velocidade. Porém não sou telepático, alienígena, indescritível... Na realidade algo extremamente comum. Praticamente "aquele ali".

Antes eu queria me ver mais complexo, mais sombrio... E confesso que os assuntos infernais me tomam bastante a atenção pela sua requintada e macabra beleza politicamente incorreta. Mas isto não me descreve, só me fascina, assumo! Bem que eu queria ser malvado, vingativo, sempre com uma palavra pronta na ponta da língua... Mas não sou contínuo, não sou constante. Apenas previsível.

Eu ainda me recupero do que é me deparar com o mundo dos valores, dos adultos, do bem e do mal... Gostaria que tudo fosse mais simples, sem julgamentos. Apenas acontecimentos em sucessão, seus efeitos, causas e desdobramentos; sem que quaisquer conceitos se debrucem sobre estes e manchem a existência dos tais.

Esta linguagem, estas regras... Os momentos certos... Isto não existe pra mim. Existe a eficiência, existem os modos, mas não existe a leitura do ilegível ou do capricho aleatório. E eu não sei mesmo como acontece a telepatia. Infelizmente meu mundo, (inclusive o lúdico), é extremamente concreto. E quando não é visual, é aromático ou palativo!

Pode-se pensar nas minhas decisões como as de um animal pensante, no mais sentido da expressão: Ele pensa, mede, espera, reflete e finalmente age. Mas ainda é um animal. Nada divino, nada inexplicável. Apenas o bicho, a coisa viva e respirando ali dentro de si.

Eu poderia pensar em fazer um grande rebuliço sobre esse assunto, coisas sobre a razão da minha vida, ou qualquer falatório retórico e ordenado; mas eu não acredito nos leões de Judá, na serpente do deserto, na deusa cobra-cabeça-de-minhoca... Isso tudo é complicado demais pra mim. Tudo é complicado demais pra mim. Eu acredito na esperança e na qualidade. Acredito na harmonia entre animais que pensam demais, assim como acredito em um certo poder que a arte tem de nos fazer acreditar mais no que quer que nós acreditemos.

Gosto muito disso... Dos acordes tonais, daqueles trinados e mordentes sucessivos... Tudo tão complicadinho, mas tão simples, tão humilde... Este é meu mundo: Lá com suas regras, mas no final das contas eu sou um Ferdinando mesmo - Tudo é lindo, tudo é simples e verde e vivo. O problema é a maldita abelha...