domingo, novembro 19, 2006

Boring sunday...
Sunday is boring, my hours are emotionless
freakest the things I do, are pointless
soon there'll be tvs and radio, I know
but let me not watch
let them know
that I'm glad to, oh...

Dreaming, I'm not dreaming
I get up and I find that I'm really
In a boring sunday!
Boooooooooooooooooooooooooooooooring sunday!

SERVIÇO MUSICAL DOS MALDITOS KOBOLDS

KOBOLD COMPANY S.A (TRADEMARK FAERÛNIANA CONFIRMA)
Tendo em base 'Lá 3' (440 Hertz)

Os campeões em afinação são, (maior incidência de 'luz verde' durante todas as regiões do registro vocal):
Gundula Janowitz
Marília Vargas
Fritz Wunderlich

(Descobri isso com o afinador eletrônico dele)
Hehehehehe!
Parabéns aos vencedores!!!

sábado, novembro 18, 2006

Acordar antes das cinco da tarde, fazer serviços de casa, ficar amigo das velhinhas da vizinhança, cuidar de dois gatos, uma cachorra e um peixe(?) não sair mais todo dia, pesar oitenta quilos... Nossa, como eu mudei. Tô até ficando bem de barba.

mais um sobre 'pessoas'

Destinando-se às pessoas, insisto em escrever sobre elas mesmas. Queria ter mais do que falar, porém talvez seja natural que se desenvolva o que nos chama atenção. E o que anda me chamando atenção são elas, as pessoas. Na realidade eu estou mais interessado em discutir um perfil específico de pessoa. O 'poser'. Cara, como eu odeio gente 'poser'... (Daqui pra frente vou tirar as aspas).

Existe muito p'ra se falar desses tipos, e eu não tenho muito interesse em passar o dia nisso. Só registrar a minha tristeza por isso... Pessoas que se vestem com algum arquétipo (ou como sempre um anti-arquétipo) e vivem em busca de aprimorar o personagem para deixar mais pessoas frustradas, diminuídas, e isso, e aquilo lá...

Hoje aconteceu uma coisa interessante: Estava no meu ritual de limpeza kármica (tirando um monte de gente da minha lista do Orkut), e antes de remover os sujeitos, lia seus perfis para confirmar o motivo da exclusão. Então vi quantas vezes aquilo se repetia, coisas phodasticas e altamente cult escritas nos perfis, vários depoimentos cult e in e um monte de comunidades herméticas para definir o grau de qualidade dessas pessoas. Então o relógio parou e tive um pensamento tosco.

Eu devo ser muito sem graça. Sério, sem graça mesmo. Meu perfil é simples e cheio de frases fáceis (só uma temporária em inglês), meus amigos não pintam o cabelo de azul, nem viajam todo ano pra Londres (a maioria nunca saiu da cidade onde mora) e muito menos eu posso ser descrito como especialista em alguma coisa. Então pensei que tinha removido da minha lista as pessoas que me causam despeito, consequentemente mal-estar por não ser tão bom como elas.

Então a lucidês voltou e eu me toquei que isso tudo era balela mesmo. Fiz a coisa certa: Não gostei do que li, então não tenho razões pra ler de novo. Eu não gosto de gente metida. A verdade é essa. Tenho um histórico terrível (e bota macabro nisso) com gente assim, e as coisas só parecem piorar. Levo pro pessoal, fico magoado, não deixo passar...

Recentemente houve uma discussão em uma comunidade de música que participo sobre erros comuns que pessoas desinformadas comentem, e fazem afirmações absurdas sobre técnica e estética musical. E os membros da comunidade (automaticamente revestindo-se do álibi do conhecimento) se viram no direito de citar e xacotar em cima dessas pessoas - como se nunca tivessem errado! E, usando de sua cooltíssma línguagem que só eles conhecem, desceram o pau nos mazelados. Até eu participei do rito macabro, vejam só.

Depois de ter me tocado daquilo, pensei, repensei, e dei uma bagunçada nos meus hábitos. De agora em diante vou fingir que não tenho júpiter em sextil com marte e calar a bôca mesmo que estejam prestes a pisar em uma cobra, e só vou responder quando me perguntarem. Eu realmente tendo a falar besteira, e depois me arrepender do que disse. É tão difícil pensar antes de falar!

Voltando ao assunto, senti extrema vergonha em ter me metido a cult, e logo percebi onde isso poderia me levar: Às amizades vazias ou puramente profissionais que tanto abomino. Eu não quero que as pessoas me admirem por um bom trabalho, ou boa voz, vivo dizendo isso. Quero ser sempre um palhaço imbecil e repetitivo cheio de amigos out e noncult que me/se adoram. Isso é que é bom.

Então à vocês (ex)cults e in's que deram adeus à minha lista de contatos: A morte. Odeio vocês.

quinta-feira, novembro 16, 2006

No planeta terra é assim

Eu estava saindo de casa pela segunda vez hoje de tarde, quando, em uma das seguras esquinas de Icaraí vi um camarada falando alto com alguém dentro de um carro. O sujeito era nervoso e segurava insistentemente uma pochete.

Passei por eles sem entender o conetúdo da conversa, até que, quando olhei na direção do carro, quando estava ao lado do mesmo, percebi que a conversa não tinha NADA de amigável. Era um assalto à mão armada, famoooso... Fiquei em choque. Era uma dessas pistolas usadas pela polícia. Uma beretta, quem sabe um calibre mais grosso, mas era uma senhora arma de punho. E onde quer que ele tenha conseguido aquilo, ele sabia muito bem porquê e como usar.

Pensei mil vezes em um segundo sobre ajudar aquele homem. Fiz o que qualquer pessoa faria, e dei um jeito de falar com segurança de super mercado, pra depois falar pra polícia... Não deu em nada. Tudo foi tarde demais e eu perdi o dia quase todo em estado catatônico com a memória da arma. Lamento pelo cara que perdeu o carro, celular, e o dinheiro que tinha sacado no banco (foi seguido pelos bem-intencionados.)

E lembro: Provavelmente todos envolvidos, vítima e algozes, tem filhos, filhas, esposas... Isso é de se lamentar. Como a vida no planeta terra é esquisita. E não são os dias atuais não. Na idade média todos estariam mortos no assalto, eu inclusive.

Fiquei me lembrando do cara que foi assaltado, e me pergunto como ele vai recuperar o prejuízo do carro, do dinheiro, do celular... Pra quem não é ladrão-de-terno é tudo tão difícil de consertar, sabe?

É foda, é foda...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Comfort ye my peocat...

Quem conseguiu esta foto realmente é alguém muito sensível às crenças felinas! Hehehehe!

domingo, novembro 05, 2006

4,11

Aniversário do D&D!
Êêê!!!
Não sabia que meu RPG preferido era de escorpião, hahahaha!!!

Horário de verão

Pronto. Então começa-se a palhaçada de acordar uma hora mais cedo e mais puto da vida... Tudo bem que o horário de verão faz sentido aqui no Sudeste do Brasil (até parece que eu conheço outro sudeste, fala sério) mas que é chatinho, é.

Em Fortaleza eles até que tentaram instaurar isso. Mas lá é ridículo: Amanhece e anoitece religiosamente no mesmo horário TODO ANO! Às cinco e meia da manhã, e ao mesmo horário na tarde o dia avança e regressa... Não faz sentido um horário como esse lá. É quase equatorial, é tudo a mesma coisa. Mania de imitar Rio e São Paulo pra ficar chic. Fortaleza é uma capital que ainda precisa perder o hábito de filha mais nova...

Então vamos dormir, né? Tchau, tchau... Gostaram do modelo novo? Eu gostei! Queria criar outro, mas tô sem saco de procurar o Dreamweaver na internet. Ou em algum CD perdido aqui.

sábado, novembro 04, 2006

Mais saudades

Que saudades do meu cachorro - o Flash.
Ele era legal: Pulava a janela do quintal pro quarto do meu irmão, e, em menos de quinze segundos já estava na rua. Além disso gostava de roubar picolé, ruffles, tudo. Ele pulava em cima do pessoal, mordia o pertence e saía correndo. Um babacão pai de uma menina muito babaca ameaçou meu cachorro de morte depois que o cachorro roubou um sorvete da filha dele, e lambeu aquilo tudo na rua mesmo. Esta família era composta de evangélicos praticantes que davam aula em escola dominicial, mas faziam questão de dizer que o céu está repleto de anjos loiros. Racistas? Imagina.

Flash também era um cachorro viril. Tinha muitos filhos pelo bairro, inclusive com cadelas de raça (os donos dessas também diziam que iam matar meu cachorro.) E isso me dava orgulho dele: Como meu cachorro era malvado.

Um dia ele simplesmente sumiu. As jornadas dele foram ficando longas, eu também não passeava mais com ele... Foda. Acho que mataram ele, ou simplesmente morreu atropelado. Esteja onde estiver, roube picolés, querido Flash!

sexta-feira, novembro 03, 2006


Quicker than a Ray of Light she's flying...

Ode ao ego musical

Ái, é tão bom... É tão bom quando a voz aquece e chega inteira, e quente em qualquer lugar. É tão bom quanto as quartas aumentadas parecem tão fáceis como segundas maiores. É tão bom quando os limites se quebram e você sente que tinha mais um pouco ali dentro. É tão bom quando você se cala e ouve um restinho de eco da própria voz passeando pelo ambiente. É tão bom saber que a sua voz é melhor do que aquele cara nojento que te esnobou, (e é tão bom quando a própria mestra confirma isto - mwahahahaha!)

Ah, mas é uma maravilha mesmo... Quando vemos um trabalho árduo começar a tomar cor e profundidade reais. É bom ver que o preço que se paga por algo tem retorno, e que belo retorno, e que longo caminho a frente, ao invés da especulação. É tão bom ser tenor lírico-ligeiro, tão bom ter a voz ágil, leve, quente, aberta, clara... É tão bom entender do que diabos se fala, e o que, raios, se faz. É tão bom exigir de si, saber quem se é, de onde vem, e saber que se pode ir adiante.

Além de tudo é bom surpreender, e se impressionar. Como os métodos inovadores de alguém não tão conhecido podem mostrar muito mais resultado e responsabilidade que o trabalho de muitas 'estrelas' do céu.

Fala sério, eu tô metido. Mas uma vez na vida a gente merece, só uma...
Bom, já sei cantar barrôco, agora vamos para os salões cheios de pompa em Viena e Paris! :P
"Dein ist mein Schönstest Lied..."

O potó

Ah, ele mijou em mim!
Muito conhecido por quem mora no interior, ou trabalha em plataformas de petróleo, o potó é um bicho safado que tem o estranho hábito de pousar nos ombros e te surpreender com aquele fedorzinho cáustico. A primeira reação de qualquer pessoa é esmagar o potó com a mão, mas não se atreva! Existe um líquido dentro do bicho que é extremamente tóxico e fedido, causa necrose cutânea. Uma coisa que vai deixar sua pele com bolhas, irritada, e depois vermelhona. Dois meses sem tomar sol ou usar bronzeador pra não ficar com mancha.

Pra fugir do potó: Dá-lhe um peteleco. (Ou use uma mangueira d'água.)

Logo a gente dá azar.
Um aroma semelhante ao do potó é o de uma porcaria chamada pistache, que tem a inhaca acentuada na forma de sorvete. Aquele sorvete verde, bizarro, praticamente saído de um filme de ficção científica, onde a Tnt. Ripley toma o dito sorvete e diz: Nada pior na terra, nada melhor no vazio do espaço. Nem adianta tentar ser chic - abaixo ao potó; chega de sorvete de pistache!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Em momento de reconciliação com a música brasileira e romântica.
Eu me apaixonei - por um ninja - porque eu quis!

sábado, outubro 21, 2006

Carioca é tudo otário! (Apenas leia)

Recebi por e-mail. Lê.

CARIOCA É TUDO OTÁÁÁRIO (???)
>> > > "Suponham que vocês vivam com um salário mensal de R$
>>12.000,00.
>> > >
>> > > Desafio a vocês a sustentar 2 mulheres (uma esposa e uma
>>ex-esposa) e
>> >a
>> > >sustentar 5 filhos.
>> > >
>> > > Frequentar anualmente Nova Iorque, se hospedando nos hotéis
>>mais caros
>> > >do mundo, com diárias individuais de US$500,00 de vista para o
>>Central
>> > > Park.
>> > >
>> > > E ainda comprar sapatos de US$ 500,00 e ternos de
>>US$2.000,00
>> > >
>> > > E além de morar no Leblon, adquirir uma mansão no condomínio
>>de alto
>> > >luxo Portobello, de 12 suítes estimada em 2 milhões de reais.
>> > >
>> > > Pois é.
>> > >
>> > > O candidato que você irá votar, Sérgio Cabral conseguiu tudo
>>isso
>> >sendo
>> > >deputado federal e recebendo salário mensal de R$12.000,00."
>> > >
>> > > Fontes do Jornal do Brasil e Folha de São Paulo.
>> > >
>> > > REPASEM para toda sua lista, pois este candidato é a
>>continuação do
>> > >governo Rosinha-Garotinho e está com mais de 60% das intenções
>>de votos
>> > > para o Governo do Rio !
>> > >
>> > > NÃO DEIXEM ESSES LADRÕES FAZEREM DE NÓS CARIOCAS OTÁRIOS
>>MAIS UMA
>> >VEZ!!!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Bem feito!

Algumas vezes lamenta-se, outras diz-se 'bem feito'. Ainda que a misericórdia seja uma virtude louvável e indispensável em qualquer convivência, as coisas tem limites, por mais que as partes tenham suas parcelas de (ir)responsabilidade ou merecimento.

Simplesmente às vezes algumas coisas não tem solução, algumas vezes as pessoas realmente agem de formas obtusas. E tudo o que se tem a dizer é 'bem feito'. Cada um cava sua cova onde quer, e normalmente não é a morte que nos procura. Nos que a puxamos o robe negro e dizemos 'tia, eu adoro sua atitude, me dá um autógrafo?' (que o digam os emos e góticos de plantão. Afinal - o que é aquilo tudo?)

É sabido que a vida moderna não é das mais fáceis de se entender, e que todos querem ser especiais (únicos) em alguma maneira. Todos vestem seus personagens e vão acontecendo. O problema é que muitas vezes a falta de senso crítico das pessoas, a sua necessidade de sustentar sua faceta dramática e artificial, faz com que atitudes idiotas aconteçam, grosseirias sem muito nexo...

Ser o que se pensa. Isso é o problema. Ser, por si só, é um verbo muito simples, pouquíssimo dependente de outros adjuntos. Ser é simplesmente acontecer, existir, estar em sua própria consciência. O pensar é capaz de uma gama de artificios ilimitada, e quando a consciência se reduz à criação de si mesma, então os problemas começam. O humano se destrói, e os personagens começam.

Daí vem os 'in', 'out', 'hype', 'cool', 'cult'... E aquele monte de palavra esquisita (preferencialmente em alguma língua diferente da que se usa no país em que se vive.) Todos estes arquétipos existem em principio como argumentos do comércio em prol dos interesses de seus beneficiários - e não como criação de uma nova cultura em profundidade e consistência. Infelizmente o comércio, a necessidade do acúmulo de cash é que é o grande determinante filosófico para as massas hoje.

Até Deus vem sendo um problema desde que há a necessidade de se manter alguém sob controle. Então temos todas as castas (e seus respectivos anti-) de hoje em dia. Tendo suas origens profundamente enraizadas neste eixo: Comércio e necessidade de coerção em prol do comércio (e dos que já foram citados, os 'beneficiários', que não são 'a humanidade', ou qualquer ideal utópico platônico... marxista, ou frescura assim.)

É isso aí, senhor gótico - você é produto da cultura cristã, que sofreu uma série perda de moral dos valores, uma influência da música pop, e voilà, temos um usuário aficcionado de roupas pretas e estéticas ocidentalistas distorcidas, como numa maneira de forçar a própria existência a um foco (anti)luminoso de atenção e respeito.

Uma pena que as coisas tenham chegado a este nível, e Buffy, Lost, Charmed, Lain, e tantos outros produtos da mídia consumista definam os novos personagens da vida real. Que tristemente vivem desolados por não serem constantemente bonitos e sensuais como os da lenda (televisiva). Ninguém está maquiado o tempo todo e sob efeito das lentes e iluminações tratadas da Fox e Warner.

E eu poderia dizer um monte de coisas, e conselhos, e sei-lás. Mas não. Vou dizer a estes burgueses ricos e pobres que se fodam. E também vou dizer aos religiosos bons e maus que se fodam. Enquanto eu não ver esperança de uma real humanidade em todas estas caricaturas, vou dizer 'dane-se' e 'bem feito' por todas as frustrações e suicídios éticos que tenho que assistir. E não é problema de hoje em dia, desistam carolas de plantão!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
É fácil ser cético num lugar assim.

domingo, outubro 08, 2006

Voltando às origens!

"I want to ask a few questions..."
"I don't know who I am, really"
"You must *know* the way of the Zerthimon"
"Can you do something more than just talk, Morte?"

Que saudades desse jogo cara! Planescape: Torment uma coisa super interessante que desbravei com meu inglês arranhado na época de 2000, mais ou menos. De repente eu me deparo com este jogo de novo e percebo que, de fato, eu nem joguei isso. Eu não entendi a história. Não só por causa do inglês, mas coisas remetentes a conceitos que eu só tenho hoje em dia, como "adulto" (um'2' no dígito esquerdo da minha idade.)

O lance desse jogo é um tanto bizarro... Você joga com um cara hiper feioso e sarado que acorda no Mortuário da cidade-planar de Sigil (o 'Grande-Anel' em apologia à New York.) Uma cidade que, diz-se, situa-se no centro dos planos exteriores, e é um centro de convivência de extremos e onde tudo pode acontecer. Sigil também é a cidade das Portas... Existem portas e portais pra praticamente qualquer lugar. É só saber onde achá-las, quando...

Daí o sujeito acorda no Mortuário, prontinho pra ser cremado, e encontra logo de cara uma caveira flutuante sabichona que fala a ele sobre umas tatuagens em suas costas que o pedem pra procurar um sujeito. O problema é que o fulano não lemba de nada. Nome, idade, preferência sexual. Nada. Uma página em branco.

O jogo consiste basicamente em descobrir como se foi parar nesse Mortuário, quem colocou o fulano lá e quem ele foi no passado. Além disso você tem que construir uma nova pessoa, tomando decisões, interagindo com o cenário e os personagens deste (e que personagens. Putaquepariu...) O jogo é extremamente complexo e surpreendente. Cada vez que se se joga, toma-se um rumo novo, e as coisas se desenvolvem pra conclusões bizarras e inexperadas.

Eu consegui fazer o meu esquecido inominável leal e bom. E pretendo manter até o final do jogo só pra ver. Se você cansou dos repetitivos RPGs de pc só no porradão e quer uma coisa mais expressionista (!), lírica, praticamente uma revistinha da Vertigo, conheça esta pérola da Black Isle. Mas antes disso hear the chant, berk:

What can change the nature of a man?

quinta-feira, outubro 05, 2006

Apesar dos pesares... até que esse mês parece que vai ser bom!
9,5 em solfejo! Hahahaha!

domingo, outubro 01, 2006

Merope! Poliforte...

Enquanto ouço a exótica voz de Vivica Genaux, (e há quem escreva Vivika Genaux) me lembro das coisas bonitas deste mundo... E o engraçado e que isso ainda existe... Ou existia. Não sei o porquê dessa minha insistência por arte antiga - mas a sensação de estar em casa é com elas, no passado. Realmente nunca me senti em casa "nos dias atuais", não por vivermos em uma era de caos ou maldade como muitos protestantes gostam de vender. Mas simplesmente... Não é a minha, (como se isso fosse uma opção.)

Mas esta é minha linguagem: tonal, de métrica simples, previsível. Com muitas pausas e momentos de urros e berros súbitos, e obviamente os excessos de velocidade. Porém não sou telepático, alienígena, indescritível... Na realidade algo extremamente comum. Praticamente "aquele ali".

Antes eu queria me ver mais complexo, mais sombrio... E confesso que os assuntos infernais me tomam bastante a atenção pela sua requintada e macabra beleza politicamente incorreta. Mas isto não me descreve, só me fascina, assumo! Bem que eu queria ser malvado, vingativo, sempre com uma palavra pronta na ponta da língua... Mas não sou contínuo, não sou constante. Apenas previsível.

Eu ainda me recupero do que é me deparar com o mundo dos valores, dos adultos, do bem e do mal... Gostaria que tudo fosse mais simples, sem julgamentos. Apenas acontecimentos em sucessão, seus efeitos, causas e desdobramentos; sem que quaisquer conceitos se debrucem sobre estes e manchem a existência dos tais.

Esta linguagem, estas regras... Os momentos certos... Isto não existe pra mim. Existe a eficiência, existem os modos, mas não existe a leitura do ilegível ou do capricho aleatório. E eu não sei mesmo como acontece a telepatia. Infelizmente meu mundo, (inclusive o lúdico), é extremamente concreto. E quando não é visual, é aromático ou palativo!

Pode-se pensar nas minhas decisões como as de um animal pensante, no mais sentido da expressão: Ele pensa, mede, espera, reflete e finalmente age. Mas ainda é um animal. Nada divino, nada inexplicável. Apenas o bicho, a coisa viva e respirando ali dentro de si.

Eu poderia pensar em fazer um grande rebuliço sobre esse assunto, coisas sobre a razão da minha vida, ou qualquer falatório retórico e ordenado; mas eu não acredito nos leões de Judá, na serpente do deserto, na deusa cobra-cabeça-de-minhoca... Isso tudo é complicado demais pra mim. Tudo é complicado demais pra mim. Eu acredito na esperança e na qualidade. Acredito na harmonia entre animais que pensam demais, assim como acredito em um certo poder que a arte tem de nos fazer acreditar mais no que quer que nós acreditemos.

Gosto muito disso... Dos acordes tonais, daqueles trinados e mordentes sucessivos... Tudo tão complicadinho, mas tão simples, tão humilde... Este é meu mundo: Lá com suas regras, mas no final das contas eu sou um Ferdinando mesmo - Tudo é lindo, tudo é simples e verde e vivo. O problema é a maldita abelha...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Pois é, as provas já são semana que vem, e ainda tenho aula hoje. E é porque nem tô tão ocupado assim... Cara, quem diria que estudar solfejo em casa fosse tão, mas tão chato! O pior é quando a sua professora de canto é a pessoa mais perfeccionista, e te pede pra contar os tempinhos dos repertórios que você estuda bem direitinho. Ela tá certa eu sei... Mas é chato pa caraiuuu!

Ái, ái... Acorda pra vida... Vai estudar e sái do PC!

domingo, setembro 24, 2006

Muros aos lados, asfalto abaixo e...

A noite esfregava-se em todos os lugares com sua côr vermelha e seu jeito de coisa sangrenta, sensual e perigosa. E então uma figura preta caminha como se esquivando-se das luzes pelo caminho. Aquele é um momento de solidão.

Enquanto vagueia ali, como caminharia alguém séculos atrás; a figura questiona-se sobre várias coisas de uma vida banal, enquanto inspira o ar fatal de uma noite com vento quente e céu alaranjado. Este céu que só os centros urbanos tem, mas não tinham.

As estrelas fazem falta quando se quer viajar, inclusive às figuras escuras. E as cidades com suas vermelhas noites não permitem a quem quer que seja observar nada mais que portas fechadas acima, e o escarlate emanado dos postes.

Então o frio da madrugada faz-se presente, e a escura criatura mete as mãos nos bolsos, com o coração temeroso e cheio de ansiedade, pensando sobre o que a próxima esquina pode-lhe reservar. Que tipo de sensação, que tipo de odor ou memória.

Cada rua é única... Cada rua tem suas próprias casas, suas próprias latinhas de lixo... E tem ruas que, à noite, ficam especialmente bonitas. Algumas árvores projetam sombras unicamente complexas sobre as calçadas, e outras fazem com que as calçadas fiquem escuras o suficiente para que várias pessoas se escondam lá. Mas nunca se sabe, afinal a curiosidade de ver a próxima rua é muita, e as esquinas à frente são muitas e o tempo da madrugada é curto.

E existem flores que só se abrem à noite... Algumas roseiras escolhem madrugadas especialmente úmidas e vermelhas para manifestarem aquele cheiro adocicado e meigo de suas pequeninas rosas. E isto é um deleite para a escura figura, que encontra um mundo totalmente individual e ilimitado naqueles momentos perigosos de peregrinação solitária.

O melhor das madrugadas, no entanto, são as cartas... Nunca se soube porque se acham tantas cartas à noite. Talvez os outros resolvam se livrar delas neste horário. Afinal a noite é a casa dos pesadelos, e não existe nada mais doloroso que um amor não correspondido. Mas não existe nada mais lindo que as cartas de amor... Estas sim fazem parte de um mundo perfeito. Onde Deus e as almas-gêmeas existem, todos emoldurados por perfumes caros, imagens de gatinhos, e coraçõezinhos tortos desenhados com caneta esferográfica.

Quem a escreveu? Quem a receberia? Por que uma coisa tão delicada está em uma das calçadas na madrugada, suja e pisoteada pelo esquecimento? Será que a figura escura deveria encontrá-la? Será que a própria noite não a havia escrito para o amor de sua vida que a encontrasse? Afinal uma noite sem estrelas ou lua deve ser alguém muito solitário... E pessoas solitárias tendem a escrever como se alguém estivesse lendo, ou de fato o quisesse.

E a noite, como creêm Deus, escreve coisas estranhas. Escritos em uma língua comum demais, quase perturbadora de tão visceral. Mas apesar disso, a noite, e a figura escura são mudas.
Às vezes me dá um branco...
E eu esqueço o que ia falar. Às vezes tenho a impressão que acabei de esquecer algo... E sobras de uma imagem se desfazem na minha cabeça, como se eu tentasse me lembrar de um sonho muito esquisito que acabei de ter.
Inclusive esqueço o nome das coisas, das pessoas (inclusive as mais próximas)... As vezes o mundo parece totalmente distante, e eu não sei o que falar, o que fazer, como tratar o que está ao meu redor. Sei lá... De ve em quando eu penso que vou ter Alzheimer, ou que tenho perda de memória recente...
Essa é uma das coisas que mais me incomodam.

terça-feira, setembro 19, 2006

segunda-feira, setembro 18, 2006

Em homenagem ao amigo

Hoje foi um dia bem especial, coincidiu de eu sair de casa e respirar um pouco de ar com cheiro de cigarro e gelo sêco, e ver coisas que eu não via há tempo. Interação humana, pessoas fúteis e úteis, e toda aquela coisa de sair de casa, e sair de casa com ele, (sabe, ele, o cara.)

Excepcionalmente me lembrei de uma grande pessoa, que fez aniversário há uns dias e está fazendo uma tremenda falta. E este é o grande Dennis! Um cara muito especial que conheço desde meus 6 ou 7 anos de idade, e que se formou em História com mamãe. Hoje ele já deve ter feito o Mestrado e tomando rumo pra India como ele sempre quis.

Bem, o Dennis é uma figura. Desde que o conheço, ele tem como hábito conversar incessantemente sobre tudo. Um assunto puxa o outro, e de repente já são sete da manhã do dia seguinte, e você está falando sobre Lemúria, e as implicações dos Cavaleiros do Zodíaco no cotidiano. Nunca vi uma pessoa pra gostar TANTO de falar. E pra falar bem sobre o que quer que seja.

Agora o que realmente impressiona nessa pessoa, é a perspicácia que tem de ver o que cada pessoa tem de melhor, de nobre. Acho que essa foi a "lição" (se é que eu posso usar essa palavra, acho que não é exatamente isso) mais forte que tive dele. Qualquer pessoa, por mais miserável ou dispensável que pareça, tem algo de muito bom, algo de valioso que faz com que ela mereça ser o "melhor amigo" ou inspiração pra alguém.

Isso se incrustou na minha personalidade desde que o conheço, e desde então venho refinando a minha "temperança" e tentando enxergar as pessoas por uma perspectiva mais amena. "Ver as pessoas por cima". E é muito legal... De repente você vê o efeito que isso tem ao seu redor, e perceber o bem que isso causa em você e nas pessoas. E mesmo que ele negue, eu devo isso ao Dennis!

O cara foi meio que meu pai, irmão mais velho, herói de infância... O fodão.
Toda espiritualidade, retórica, interesse por literatura, música... Tudo isso passou pelo Dennis, tudo foi tocado pela opinião gigante, quase infinita daquele manezão vestido de calça de moleton, e sempre orando em silêncio enquanto caminha à noite em algum lugar de lá, a Beira-Mar.

Um dia eu quero reencontrar esse cara e mostrar pra ele o que aconteceu por aqui. E é claro, conversar sobre tudo que duas pessoas podem durante 24 horas. (Literalmente, claro!!!)

É isso aí Dennis, feliz aniversário! E esteja onde estiver, continue sempre isso aí - infinito! Incansável!
Apesar da insônia... Que noite mais feliz, :)
O céu vermelho, brilhante, acolhedor... Ái ái, como eu gosto disso!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Falando em coisas...

Assim estava escrito nas propagandas do Municipal ali do Rio:

Outubro:
(...)
A flauta mágica - dias 6 e 13 às 20 horas e dias 8 e 15 às 14 horas (domingo no Municipal).

Alguém pode deixar de assistir isso!? Até a Tatty Quebra-Barraco vai!

Menos é mais.

Descomplicar é a alma do negócio.
Sempre pensa-se demais, sempre preocupa-se demais, sempre prepara-se demais. E aí? Qual é a boa que sobra?

Você feito um idiota no ponto de ônibus, e o dito-cujo fugindo de você a 50km/h.

À noite.

Cara noite,
últimas doze horas do dia... Sei que não nos conhecemos muito bem, e que provavelmente você faça mal juízo de minhas impressões sobre você, afinal nunca fui muito fã dos mistérios, muito menos dos que se escondem nas sombras. Mas ultimamente temos convivido bastante.

Espero que seja paciente comigo ao perceber que eu corro e ligo a luz do quarto com medo que algo possa estar se escondendo em você, ou também suba na laje de casa pra ver a lua cheia e me brindar com um momento de luz no escuro. E espero que não fique louca quando afirmo que detesto luas novas. Sou um grande fã da iluminação, principalmente a pálida e tímida luz da lua cheia.

Ora, eu nasci na terra da luz, já acordei e dormi às 6 horas, e apesar da meia noite, permanecer acordado durante todo seu percurso não é um hábito. Então é isso. Boa noite, dona noite!

Razão ou pura eletricidade, estática, tanto faz

Há muito tempo, na época em que o preto com riscas de giz era o máximo e a beira-mar era toda amarela-alaranjada, um certo papagaio me disse uma coisa que me pôs pra pensar em um assunto. E neste permaneço até hoje.

Existem as pessoas passionais, intuitivas, "automáticas"; e por outro lado existem as calculistas, passivas, cerebrais... Quando eu era mais jovenzinho (porra, eu ainda sou jovenzinho!) eu me sentia extremamente yang, excessivamente 'na lata'. Minha família me descrevia assim, então essa deveria ser a verdade.

Aí a porra do papagaio vem e diz: "Nossa, poucas as pessoas que conseguem ser metódicas como você." Foi uma frase. E nunca mais vi essa ave.

Desde lá eu tenho me observado, e frustrado meus conceitos. Eu sou um poeta! (Jura...) Eu pretendo ser um artista! Passional! Explosivo! Ilimitado! Mas aí retorno à minha condição, à meu espaço invisível. E lá vejo um conjunto de sensações tentando se organizar. Um esboço de razão tentando se definir, algumas vezes sem sucesso. Mas os impulsos raramente são mantidos no estado selvagem. E talvez o que se vê é uma morna feição coberta pela barba mal feita e a sempre presente acne. (Sério, já me acostumei.)

Yin. Escuro. Ordenado como em uma valsa sem quiálteras... Este parece ser o verdadeiro eu. O sorriso confortante está lá, mas por uma razão. Tudo está perfeitamente ordenado e planejado, não existem surpresas. Eu simplesmente sei o que vai se dizer, quem o disse, quem o fez... Inclusive já tenho a reação esboçada. Apesar de tudo me sinto tão feliz quando digo uma besteira, faço algo de errado, sou indelicado, sem modos, sem pudores... É ótimo ser selvagem, egoísta...

Eu vou me lembrar pra sempre de um certo evento que se deu em um lugar não muito distante daqui com pessoas que eu não conheço e não vou conhecer. Pessoas que por orgulho e razão de causa posso dizer que odeio. De forma literal, é claro.

Em um momento de tantos desacertos eu resolvi nadar contra a maré, e tive uma das mais encantadoras lições da vida: Você nunca deve estar sem cartas na manga. Nunca deve estar de braços abertos sem os pés equilibrados. Nunca deve confiar totalmente em algo que não confia em si. E então assim várias portas se fecharam, e muita amargura e indiferença se instalou. E eu não chuto cachorro morto. Só os mortos-vivos.

Mas daí eu abandonei completamente o que seria meu irracional, instintivo, colérico... Não costumo dar os primeiros passos, sempre preciso que algo acenda o fogo. Eu nunca vou, as coisas que vem. E isto não é totalmente eu. Ou será que é?

Experimente contar até dez com um dedo na tomada.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Santa Maria,
Strela do dia,
mostra-nos via
pera Deus e nos guia.

Ca veer faze-los errados
que perder foran per pecados
entender de que mui culpados
son; mais per ti son perdõados
da ousadia
que lles fazia
fazer folia
mais que non deveria.

Santa Maria...

Amostrar-nos deves carreira
por gãar en toda maneira
a sen par luz e verdadeira
que tu dar-nos podes senlleira;
ca Deus a ti a
outorgaria
e a querria
por ti dar e daria.

Santa Maria...

Guiar ben nos pod' o teu siso
mais ca ren pera Parayso
u Deus ten senpre goy' e riso
pora quen en el creer quiso;
e prazer-m-ia
se te prazia
que foss' a mia
alm' en tal compannia.

Santa Maria...

segunda-feira, setembro 11, 2006

sábado, setembro 09, 2006

Ô comédia!!!

Você é o He-Man pastorando o castelo de Greysscow.
>Você é um balaio chei de côco babão.
>Você é um caminhão chei de eleitor comprado.
>Você é um caminhão chei de pinto de granja.
>Você é um carnê quitado...
>Você é um celular que bate foto.
>Você é um clipe do Maikou Jekisson.
>Você é um din din de coco queimado.
>Você é um foto sensor da Washington Soares.
>Você é um kichute amarrado nas canelas.
>Você é um LP dos Menudos.
>Você é um maratonista sendo agarrado por um doido!!!
>Você é um menino comendo barro.
>Você é um muro branco chei de calango.
>Você é um ovo estrelado com farofa.
>Você é um cartucho de atari.
>Você é um sapato de bico fino.
>Você é um ar-condicionado em Sobral.
>Você é um ventilador no três.
>Você é uma kombi cheia de xilitos.
>Você é uma panelada bem limpinha.
>Você é uma topic bem vaguinha.
Espero q tenha colocado aqui pelo menos a metade do q vc é.


Quem entender, entendeu!

tá legal, eu assumo

Ah... Eu gostei de Harry Potter.
Sério. Antes eu dizia que odiava só porque a irmã de uma amigona minha insistia em dizer que eu "me achava o Harry Potter" na época em que eu era mais wiccano. Acho que ela devia ter inveja do que eu falava, ou coisa assim. Não era uma pessoa muito bem da cabeça não, mal sabia ela que eu nunca tinha lido Harry Potter. E inclusive nunca usei ecstasy ou coisa assim. Pois é.

Ainda me sinto uma pessoa inteligente apesar disso.

Só não gostei daquele sotaque capial deles 'falando' latim. É tão difícil assim falar sem aquele 'r' retroflexo maldito? Como é que eles conseguem aprender francês? Sério! Como?!

Um

Da paz que se morre,
do momento que é relembrado,
restam vagas e eternas cores na memória.

A lembrança nunca é perfeita,
e o caminho não tem um retorno,
porém é sempre o mesmo.

Mas um momento é sempre limitado,
e nossos olhares tendem à frente,
por mais que estejamos no passado.

Pelo escorrer de mais um dia,
espero que haja um fim,
e então um momento será eterno.

Sono

Eu gosto muito de dormir, mas ultimamente venho enfrentando um problema que parecia ter desaparecido: A insônia. Então eu te digo... Sabe que horas são? Exatamente 03:34h da manhã, do dia 9 de setembro de 2006. E eu deveria estar dormindo. Mas eu não estou.

Enquanto ele, (de quem eu já lhes falei), e ela, (o querido quadrúpede), estão sob o encanto do João-Pestana (foi mau Sandman) eu estou escrevendo este texto sem sentido.

Hoje pensei mais uma vez sobre temas gerais como "por que as pessoas são tão medrosas?" É. Tipo... Não ter medo de barata ou de ladrão, mas ter medo das outras pessoas em um sentido menos bélico e visceral. Mas sim, o medo de conviver, coexistir.

Não estou nem falando de tolerância naquele sentido comum de "deixa que eu deixo", mas sim, no nervo da coisa. Coexistir sabendo que se coexiste. Consciosamente, (se é que essa palavra existe, eu tô com sono, avisei.) Me causa um desconforto muito maçante perceber o desdém que as pessoas trocam ao se observarem nas ruas por aqui e lá.

Era como se a única coisa capaz de aproximar as pessoas desconhecidas fosse o sexo ou o dinheiro, ou um ancestral em comum. E se nada de realmente 'valoroso' (no sentido consensual desta afirmação) consegue conectar uns dois caminhos, tudo o que resta é a indiferença, e em seguida o nojo. É isso aí, nojo.

De vez em quando eu quero chorar quando vejo pinturas, fotos, ou simplesmente olho por uma janela e vejo uma multidão caminhando pra onde quer que seja... Eu penso sobre aquele encrespado de bípedes... Tão diferentes em seus rostos, expressões, aparelhos celulares, cigarros, seios, pobreza, luxo... Mas todos com dois olhos distantes pensando em algum lugar ou alguém. Mas eles nunca se abraçariam espontâneamente, ou trocariam sinceras juras de 'bom dia' sem uma forte razão (das que eu já discuti acima.)

É... Eu posso estar pensando no lindo mundo da Fada Bella ou querer que coisas absurdas sejam reais. Afinal, este é o mundo. Existem os nossos e os 'outros'. E nós sempre estamos sendo usurpados por um presente mais significativo que o nosso. Sempre somos as vítimas de invasões bárbaras ao nosso sagrado meio comum cheio de coisas que conhecemos ou que se repetem.

Isso me dói. Além de não existirmos com nosso mundo, não existimos com a nossa própria espécie. E sim, sempre abaixo ou acima, nunca ao lado. A não ser da mãe, do amigo, do marido, do irmão...

Eu só queria dormir, sabe?

quinta-feira, setembro 07, 2006

Aways a hurry, aways a catch...

Que linda criaturinha...

Praticamente um sõim* gigante com cara de morcego e rabo de gato. Meu sonho é conhecer um lêmure de fraque e com sotaque inglês.


* = Para vocês que falam do jeito errado, sõim significa "sagüi".

quarta-feira, setembro 06, 2006

Coisas que eu odeio

Eu poderia falar durante anos sobre o ódio. Na minha cabeça é um tópico que rende bastante, já que eu sou do tipo de pessoa que trinca os dentes e imagina raios de desintegração partindo na direção das pessoas que me despertam a raiva. O negócio é que eu ainda sou sincero sobre isso. Eu sei que tem bem mais gente solta por aí que pensa coisas bem piores.
(Minhas machadinhas voadoras são passado. Tem gente que viaja em coisa bem mais diabólica que serras elétricas.)

Mas eu odeio privadas e pias entupidas. Me sinto obsoleto vendo que minha casa está constipada.

Odeio minhas unhas sujas e pretas, é pior do que sentir bosta na cara. É sentir bosta na boca! Eu costumo comer muitas coisas com as mãos. Adoro pastel.

E também detesto cravos no nariz. Eu não consigo tirá-los. Até que dá, mas é sempre um trabalhão. E dói.

Odeio as minhas amigdalas. Elas são gigantescas, e me impedem de emitir meus agudos direito. Meu fá3 já é apertado. Imagina se eu penso em dar um dó4. É praticamente um piado!

Dôres de cabeça são o que existe de pior nas enfermidades humanas. São a confirmação lógica e metafísica (!) da mazela. Quando se está com dôr de cabeça, tenha certeza: Você tem um problema sério.

Pêlos encravados - tem coisa pior? Não é uma espinha, não é um furúnculo (que nome mais feio), e você não pode tirá-lo sem uma pinça. E quando você o tira, ainda tem que lidar com o pus. Spooky...

Porém, além destes pequenos 'ódios bobos', existe aquilo que eu chamo de 'ódios maiores'. Estes são os que me trincam os dentes e me dão sede de sangue. Já que eu não consigo desprezar uma situação ou pessoa, o que me resta é a imaginação de vísceras a mostra e um corpo físico em colapso enquanto uma consciência agoniza em seus momentos finais...

Gente que promete e não cumpre: Eu já detesto promessas! "Claro, te ligo avisando amanhã!" Por antecipação já fico irritado quando alguém me promete alguma cois, (ao invés de prometer. Adivinhe, surpreenda, sonde... Faça qualquer coisa. Mas não crie expectativas!!!) E tem gente solta nesse mundo que, além de te deixar com um reloginho ansioso na mão, te faz passar papel de panaca. Eu sou um poço infinito de misericórdia e compreensão. Mas é fácil ficar com o filme queimado pro meu lado sob essa circunstância.

Gente que te pede pra falar algo e não escuta: O tipo de pessoa que, de fato, merece a morte por sanguessugas vampiros das trevas. Eu gosto muito de falar, (todo mundo sabe.) Mas como é de conhecimento 'geral', eu não gosto sempre de falar de graça, (falar miolo de pote, ou simplesmente puxar assuntos que normalmente não renderiam), e quando alguém me pede pra falar sobre alguma coisa, é melhor escutar, ou rapidinho vai perder o crédito comigo.

Também DETESTO gente que ignora o que eu falo. Aquela pessoa que, quando você fala, olha pra você, e vira o rosto como se tivesse ouvido um latido de cachorro. Eu sou extremamente irritável quando ignoram a minha voz.

Gente que sorri demais: Não tomem isto por uma paranóia anti-social. Eu adoro gente feliz. Sério. Meu problema é com aquela pessoa que sorri sem querer sorrir pra te agradar, ou pra fingir que não foi ela quem peidou. Ou pior - sorri pra não deixar claro que te detesta e/ou não te suporta. Eu respeito as pessoas falsas, e admiro as pessoas calculistas. Porém eu desprezo esses inexperientes que acham que todo mundo cái nessa pegadinha de ursinho carinhoso.

Melhor amigo instantâneo: Nossa! Esse realmente merece tomar uma cólera do dragão no saco. O pior tipo de zé-mané do mundo. Aquela pessoa que, nos cinco primeiros minutos de conversa já age com toda intimidade e carinho que só grandes amigos teriam. Se duvidar, nos dez minutos desta possível conversa ele já te pede o celular emprestado pra ligar pra alguém. Ou meros cinco reais pra completar o dinheiro do rango. Também existe o variante - É o seu melhor amigo até que um verdadeiro amigo dele, ou seu, apareça na cena. Daí tudo volta ao normal.
Algumas pessoas não entendem que ser simpático não significa forçar intimidade. Intimidade é íntimo! Pessoal... E isso não vale cinco minutos, uma pizza, um conhecido em comum, ancestrais em comum... Nada disso, sério.

"Não estou te vendo": Normalmente este caso acontece quando você tem uma vendetta sobre alguém. E então você se depara com o ser odiado em uma situação que Black Mamba não pode baixar em você, então você tem que sorrir e acenar... Mas fala sério - isso é o cúmulo da coisa ridícula! Eu sou do tipo de pessoa que acredita que rixas idiotas podem ser perfeitamente resolvidas com conversas idiotas, (e aí, a família vai bem?) Acredito piamente que as pessoas, (as más inclusive) são boas até que tentem te matar. Então nada de ficar ignorando quem pisa nos seus calos se, de repente, você tropeça no sapato do fulano, ou coisa do tipo. Engula o orgulho e desfaça um inimigo. (Ter inimigos não é bom. Isso é coisa de gente tola.)

"Não fale comigo aqui e/ou agora": Digno dos ódios de Medéia e Carmen, esta é uma sensação que normalmente acontece sob o contexto dos casos românticos mal resolvidos, ou coisas de família, profissão... Você tem alguma pessoa conhecida que se acha mais que você por qualquer razão que seja, e acredita que, em uma determinada circunstância você é inconveniente ou capaz de causar vexames. Não precisaria dizer que uma pessoa covarde assim merece ser esfaqueada com um garfo (!!!) até a agonia, e depois ser atirada a piranhas em um rio de álcool fervente.

"Eu não te suporto mesmo, mas te trato super bem": Parece contraditório com um dos tópicos acima. Mas não é. Eu sou a favor de resolver as rixas, seja como for. Não ignorá-las ao ponto da loucura. Isso é o cúmulo... Engolir seco uma coisa que incomoda alguém, por seja lá o motivo que for... Ái, ninguém merece, putaqueopariu... Sempre é possível inventar uma maneira de não odiar mais alguém. Pense nisso: Que razões uma pessoa teria pra chamar o ser odiado de 'meu melhor amigo'?

"Eu te odeio porque ele pediu": Sem comentários. Sério.

Além disso eu odeio muitas coisas, como dormir demais e não relaxar, assim como odeio crianças me pedindo dinheiro na rua. The world is full of hatred...

E nunca me peça pra ficar calmo!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Eu estive lá!


A seta azul indica a minha imprescindível, e inesquecível presença no elenco corista dessa ópera. Jura! Hehehehe... Cara, essa ópera vai deixar saudades, ah se vai... Que o Zé-do-Burro esteja bem, onde quer que ele esteja agora! E Nicolau... Bem, o Nicolau se vira!

"Oiá de Ariou,
Iansã oroujangolô..."

sexta-feira, setembro 01, 2006

Adeus Lenin!

Tudo bem que este filme tenha sido lançado faz um tempinho, mas só agora eu fui assistir...
Nossa, nunca tinha visto nada do cinema alemão (como aqueles que me conhecem sabem, eu não sou cinéfilo. Só gosto de filmes.) E realmente é bem diferente dos blockbusters de lá (daquele lugar.)

E esse foi um dos filmes que mais me deixou triste. A situação dos dois protagonistas na infância, esperando pelo pai, e depois o piripaque da mãe quando o Alex é capturado... Depois o longo coma dela que força os filhos a evitarem dizer a verdade sobre a Alemanha depois da queda do muro (e principalmente o episódio do muro...)

O que me deixou triste foi o lance de ver o que as pessoas do socialismo imaginavam de mundo, e o que este foi se tornando pra elas depois. Tudo bem - a gente sabe que o socialismo não funciona, nem funcionava tão bem... E várias coisas dele eram tremendamente questionáveis. Assim como hoje em dia amaldiçoamos o capitalismo neo-liberalista por todos os problemas de nossas vidas. Mas parece que estamos fadados a ataques morais seja de qual sistema social que for.

É uma pena que tenha chegado a isso. Mas o melhor a fazer é seguir adiante, e adiante...

segunda-feira, agosto 28, 2006

"O Pagador de Promessas"

A ópera está indo muito bem, tudo muito legal.
Felizmente encontrei um tempo pra falar sobre isso... A sensação de participar de uma coisa assim é muito legal: Estréia mundial de um trabalho desses. Nossa, é incrível! Apesar dos "apesares" a sensação é muito boa mesmo. Infelizmente eu ainda tenho essa amigdalite, principio de febre, isso aquilo... O velho Murphy atentando contra mim. Mas o bom foi o primeiro passo.

Eu nunca tinha cantado em nada parecido. Na realidade eu achava que não gostava de música contemporânea. Achava bisonho. Mas o trabalho do Escarlate foi incrível mesmo. Sem babação de ovo, sei lá... A ópera soa muito brasileira, muito gostosa. É lindo. O mais lindo era ver aquele senhor bem de idade pulando de alegria ao ver o trabalho dele gerando euforia nas pessoas que batiam palmas.

Espero que vocês vão assistir "O Pagador de Promessas" assim que outras montagens venham se mostrando. Também espero que vocês me vejam como solista. Finalmente eu descobri que cantar ópera é legal :)

quarta-feira, agosto 23, 2006

Olhe onde pisa senhor, o caminho está cheio de vidro!
Mas é um belo caminho, brilhante, claro, não temerei andar por aqui.
Mas senhor, não importa quão vistoso: Ponta é ponta, e a carne não tem olhos.
(E então ele foi, e cortou os pés. Pobre homem.)

terça-feira, agosto 22, 2006

Nostalgia...

Trilha sonora de midi podrão, bidimensional, chapado, sem cromatismo, sombreamento, péssimo script de I.A. De que eu estou falando? Nintendo 8 bits! Que saudade de jogar jogos que a gente nunca fecha!!!

Era frustrante, era maçante, mas, mas... Era minha infância. Eu me lembro do primeiro jogo que eu fechei sozinho. Foi o Yoshi Island no Super Nintendo. Já 32 bits, uma I.A menos primitiva, gráficos melhores... Depois veio o Playstation, e nunca mais precisei usar minha imaginação pra saber o que era um certo inimigo aqui ou ali. Tudo ficou real demais!

Real ao ponto de dar medo como em Resident Evil e posteriormente no meu amado, idolatrado, venerado Silent Hill. Tudo bem que os jogos mais antigos pudessem provocar esses sentimentos por sugestão. Tal coisa sugere um monstro, você o imagina e fica com medo. Na nova geração eles não sugerem nada. Eles são os bichos medonhos. Em 3D, perfeitamente desenhados e idealizados por uma equipe de profissionais especializada... e tal e tal.

Isso roubou um pouco a magia dos velhos jogos eletrônicos. Tão toscos, tão fictícios!

Noticiários e jornais - mídia!

Sabe porque eu não gosto deles? Moda, mortes, carros, novelas, pornografia, política, dinheiro...
Por mais que a gente tente, sempre temos que conviver em excesso com isso tudo. E não são coisas agradáveis não.

A moda agora é das meninas usarem shortinho com botas três quartos e camisas frouxas. Não é nada bonito. Mas elas e seus cabelos artificialmente lisos (nada contra) usam e se acham.

Morre dançarino Frank Viana da banda Calypso caindo (?) de sacada de hotel. Lamento pela morte dessa pessoa, assim como das pessoas que dependiam e gostavam dele. Ética a parte, eu não gosto da banda Calypso, e não me interessa saber quem de famoso morre. Eu não conhecia essas pessoas.

Novo super modelo de Porsche chega a mais de 300 quilômetros por hora e vai ter menos de 50 unidades lançadas. E d-a-í? Vão me dar um desses? Alguém aqui na vizinhança vai comprar?

Leona dá a xana pra não sei quem na novela "Cobras e Lagartos". Ela e aquele cabelo de boneca de milho mudaram a minha vida pra sempre. Sério, era tudo o que eu precisava pra odiar novelas mais ainda. Uma péssima "atriz", uma péssima novela (mais uma mostrando pro povão como é bom ser rico e como é ruim ser pobre.) Teledramaturgia brasileira? Melhor do mundo? Estados Unidos da América, por favor, dominem o Brasil! Mas só no território do Projac (percebem a semelhança gritante com PROZAC?) e nos contagiem com seus seriados idiotas com humor físico e atores menos ruins, por favor!

Gatinha 19. 1,75m (!); 40kg (!!!); morena, olhos azuis (!), pernas grossas (praticamente um peru de natal), cabelos ondulados (sei, sei, ondulado, onduoutro); para atender casais (atender? Hehehehe) e homens bem-sucedidos (hahahaha) que querem realizar todas suas fantasias com a mais bela gatinha. O que um homem bem sucedido iria buscar numa mulher com 1,75m e 40kg? Um palito de dente? Gente... Fala sério. Melhorem esses anúncios. Magra desse jeito e com essa altura você se denuncia!

Heloísa Helena: Radical ou a promessa de um novo Brasil? TRE ameaça proibir candidatura de sanguessugas...
Não sei se a Heloísa Helena de fato é uma boa política. Mas eu sei que muito antes do pessoal fazer o festim do mensalão em cima de Lula Babacão, essa mulher já tava doida da vida e ninguém "sabia" o porquê. Nós nunca tivemos uma presidentA! Vamos votar nela! Se não der certo, aí a gente sabe que homem, mulher, analfabeto, PhD em ciências políticas, cirque de Soleil... Nada salva o Brasil!
A política e suas gírias. Sanguessugas, laranjas, pizzas... É tudo muito culinário! O Brasil é tão um banquete assim pessoal?

Novo negócio promete dar dinheiro na estação.
Quer ganhar dinheiro mesmo, cara? A moda é concurso público, vender bala e administrar jogo online.

Simples assim. Portanto não ligue a TV. Você já sabe o que vai sair dela. Desista!

Comentários de anônimos

Eu tinha proibido comentários de anônimos por receio da sociedade secreta dos protestantes ninja virem implodir meu blog, mas vou permitir e ver no que dá. Depois de uma reclamação a gente resolvemos mudar as casa todas, né?

Reflexões musicais

Por que o Lá que a orquestra faz toda junta é tão bonito?
Eu sei que uníssonos são coisas lindas, mas ver uma orquestra emitindo aquele som, aquela concórdia entre tantos tímbres diferentes é simplesmente surreal... Eu me lembro que na Cartoon Network tem um programinha que abre justamente com o som de uma orquestra no Lá, eu sempre achei o máximo ver aquele programa só por causa disso.

Talvez seja só a harmonia perfeita que me agrade... Na realidade eu podia ficar ouvindo aquilo por horas e me daria por satisfeito. Com certeza aquele Lá, em suas oitavas quase que perfeitamente afinado, é melhor que MUITA "música" que anda solta por aí. E não me tomem por defensor ferrenho da música erudita não. Tem muitos violinos e tenores que não entendem do que se trata exatamente o que eu acho que é música.

É muita pretensão expôr esse meu sentimento assim, mas a música pra mim é um bem sagrado. Na realidade a arte em geral me passa isso. Era como se realmente os anjos, as musas, estivessem por trás disso tudo. Da poesia, da dança, da pintura... Tudo isso tem a capacidade de nos transportar pro que há de mais perfeito no nosso mundo, subjulgar nossas impressões mais baixas e nos sugerir a beleza, a harmonia que existe nas coisas, e dar-lhes uma proporção às vezes surreal.

A morte, por exemplo, pode ser explicada artisticamente como uma passagem profunda, silenciosa, invernal e cheia de questionamentos e cores profundas e essenciais. E nós, através do hipnotismo da arte, podemos nos ver submetidos a um desejo avalassador de morrer e mergulhar em toda aquela harmonia e contentamento que esta morte bela e divina nos oferece.

Ouça o Lá... É lindo. É perfeito.

segunda-feira, agosto 21, 2006

A canção do nariz entupido

(Ritmo e melodia de "Ensaboa mulata, ensaboa" )

Escorre nariz, vai escorre!
escorre
"Tô me escorrendo!"
Escorre nariz, vai escorre!
escorre
"Tô me escorrendo"
"Vou sujando a tua roupa
e tu vai passando vexame
a coisinha amarela escorre
e tu ficando verdeeee..."

Porra! Já não basta a minha amígdala esquerda estar se parecendo com A Coisa e a natural alergia aos pelos de Burundanga-Furiosa, meu nariz resolve escorrer em um dia que eu tenho que:
* Cantar direitinho na aula com a Flávia
* Cantar legal no ensaio do coro
* Estudar a porra do Vaccaj quando chegar em casa
Reflexões sobre Murphy e a onsciência-que-controla-o-sistema-de-trânsito:
Além de deter o poder sobre as fatias de pão, o ônibus que precisamos pegar, e a nossa vez no caixa de supermercado (a pessoa que está a nossa frente tenta pagar com cartão de crédito sem limite, com cinquenta moedinhas trocadas, ou é simplesmente troca de turno de caixa), Murphy e a O.Q.C.O.S.D.T também pode nos entupir o nariz em dias que precisamos respirar.

"Ti berda", hein?

sábado, agosto 19, 2006

Amigos...
Como vocês fazem falta. Meus verdadeiros amigos... Os ácidos, os sábios, os burros, os doidos, os feios, os bossais. Ah, como vocês fazem falta! As noites na Beira Mar, as tardes de caminhada, as madrugadas de gargalhadas, ah como vocês fazem falta...

A "ditadura gay"

Bem, antes nós eramos visitantes de "Ur-anus", simples "sodomitas" e um monte de outras atrocidades nos eram atribuidas. Agora que passamos a nos manifestar, nossos algozes criaram um novo termo, uma nova forma desprezível de nos atacar. E está é a tal da "ditadura gay".

Protestantes, neo-nazistas, e todo o grupo de pessoas que pretende nos atacar, vendo que o resultado de seus esforços ilegais está minguando, agora se valem da figura de vítima para tentar suas ofensivas "morais" e "em favor da natureza" para encontrar argumentos nessa batalha do Velho Testamento.

Os argumentos são simples e ridículos: Reclamam das novelas da globo estarem colocando um monte de personagens homossexuais (aonde?) nas novelas. Reclamam das centenas de propagandas e mídias a nosso favor... Como se os gays e lésbicas fossem a Yakuza. Como se a gente quisesse dominar o mundo e matar todo mundo que não seja gay. É muito esquisito...

Se nós vivessemos em uma ditadura gay, eu acho que nos daríamos o direito de casar, tantos gays não seriam agredidos por aí, e tantas travestis não estariam mais tendo que se prostituir pra ganhar o pão-de-cada-dia. Ora, vocês acham que elas fazem isso porque acham bonito? Porque acham legal? Me responda - você contrataria uma travesti pra ser atendente na sua empresa? Chamaria uma dessas meninas pra ser sua secretária? Existe espaço pra elas no seu mundo além das horas em que você quer transar barato com alguém que realize TODOS os seus sonhos, (até aqueles que seu deus condena?) Cadê a ditadura gay?

Há um tempo soube-se da iniciativa tomada pela psicóloga protestante Rozangela Justino, de criar um tal "Movimento de apoio", propondo assim a "reversão da homossexualidade". Leia-se bem: Ela não teve coragem de dizer "cura para a homossexualidade", pois ela sabe que isso é impossível. E a dita "terapia" não passava de um embuste vestido de psicanálise. O método anticonvencional da "doutora" consiste em usar as informações contidas na Bíblia Sagrada e outros textos cristãos (extraidos dos livros protestantes) para convencer a pessoa de que ela teria abandonado o desejo homoafetivo. Em outras palavras: Ela usa a bíblia pra fazer lavagem cerebral em gays que tem problemas pra se aceitarem.

O engraçado é que o que causa nas pessoas esta crise de rejeição da sexualidade, não é nenhum fator relevante, e sim a própria "cura" é a causa do problema: Quem afirma, e cria no homoerotismo a idéia do mal, é a "moral" cristã. Ao lado dela, não existe nada no estilo de vida humano, no estilo de vida de duas pessoas do mesmo sexo que verdadeiramente se amam, que torne esta condição repulsiva. Estas pessoas fazem compras, se alimentam, caminham, pegam ônibus... Tudo igual a todo mundo. Porém, assim que a presença da "moral" cristã se mostra, os problemas começam: As pessoas tem o pânico do inferno, se sentem sujas, pecadoras... E o circo está armado.

Nota aos protestantes: Sim, eu hostilizo vocês. Não basta o dinheiro que vocês usurpam de pessoas pobres, o espaço cada vez maior que vocês compram na televisão, as insistentes censuras que membros de outras religiões sofrem aqui no Brasil por culpa de vocês; os ataques que os membros da Umbanda e Candomblém também tem que aturar (inclusive agressões físicas), vocês na política, vocês no vestuário, vocês até em marca de shampoo (acham que eu já não vi?) Eu tenho que aturar vocês me dizendo que MAIS isso é errado, e MAIS pessoas vão pro inferno porque vocês assim o leram, o dizem, ou o acham?

Se de fato há uma ditadura gay, então vamos direto ao ponto - quanto mais vocês tentarem nos esmagar usando seus argumentos nazistas, mais nós vamos resistir. E sim, o número de queixas na polícia à "doutura" Rozângela vai só aumentar. E não pensem que vamos desistir antes de vê-la sendo punida legalmente por charlatanismo e exercício ilegal da medicina. Uma cartomance consegue ser mais sincera! Nossa, mil vezes!

Contentem-se com isso, vocês não vão conseguir mudar a ordem das coisas e o funcionamento da vida. Se nós, os malditos e ditatoriais gays, vamos pro inferno; então nós vamos pra lá. Pro bem que vocês querem aos alvarás que permitem a instalação e legalização das quantas igrejas vocês quiserem, até o dia do juízo final calem a boca e parem de encher o saco de quem quer ser feliz. Se Deus condena os homossexuais, e se de fato este "Paraíso" nos é negado, eu lhes dou CERTEZA de que não são exatamente os gays que são os ditadores.

Afinal, quem foi parar na fogueira depois que vocês subiram ao poder na Alemanha e nos Estados Unidos? Não fomos nós, os sodomitas ditadores?

Me poupem, me poupem...

CASO VOCÊ, OU ALGUÉM QUE VOCÊ CONHEÇA TENHA SOFRIDO TAIS ABUSOS DA PSICÓLOGA ROZÂNGELA JUSTINO, ESTEJA CIENTE DE QUE A PRÁTICA EXERCIDA POR ELA É ILEGAL. E EXISTE UMA FORTE LEGISLAÇÃO DIRECIONADA PARA PUNIR TAL ATO, DEIXE SUA QUEIXA:

Ministério Público do Rio de Janeiro:
postar sua denuncia através da página do MP-RJ
http://www.mp.rj.gov.br/
1.entrar no link: "utilidade pública" (na barra superior à direita)
2.entrar no link: "ouvidoria" (na barra lateral à esquerda)
3.entrar em "fale com o MP" e postar a denúncia.
OBS: é possível acompanhar o trâmite da denúncia.

Conselho Regional de Psicologia - Rio de Janeiro
Mandar e-mail com denúncia para:
crprj@crprj.org.br
com cópia para:
etica@crprj.org.br
cof@crprj.org.br

VAMOS FAZER UM BRASIL MELHOR, NOS LIVRANDO DO QUE AINDA SOBRA DE FASCISMO EM NOSSO BELO PAÍS!

sexta-feira, agosto 18, 2006

post idiota II

Por que a gente sempre tem mais preguiça de arrumar a nossa casa? E por que quando vamos arrumar a casa dos outros nos sentimos as pessoas mais dispostas do mundo? Grrr...

post idiota I

Tornami a vagheggiar,
te solo vuol' amar
quest' anima fedel,
caro, mio bene, caro!

Già ti donai il mio cor :
fido sarà il mio amor;
mai ti sarò crudel,
cara mia spene.

E essa música toca o dia todo na minha cabeça, aaah!!!
Socorro!!!
Tudo bem, eu gosto de Händel!
Mas eu não aguento mais a Emma Kirkby na minha cabeça!

Gloomy sexta-feira

Finalmente um dia de clima ameno dá as caras no estado da Guanabara. Eu não agüentava mais dormir e ter a sensação de eu estava sendo torradinho em um forno gigante.

Apesar disso, (da comédia de sempre), hoje eu tive sonhos desconexos... Primeiro sonhei com a senhora que mora aqui em baixo (de quem eu teimo em não gostar por passar o dia fumando e se queixando da vida), também com a minha mãe, e com uma versão fictícia da namorada do meu irmão. O que elas tem a ver entre si?

Todos os sonhos eram pautados por um clima meio bíblico de "julga teu caminho e tuas escolhas" e agora que eu fui entender o que era a sensação ruim que me acompanhou quando eu acordei. E era uma baita de uma saudade de casa, dos amigos, de mamãe... Daquele calor seco e cheio de vento lá de Fortaleza. E então eu acordei, tendo uma tremenda sensação de desgosto... Uma saudade do conforto e bem-estar que me tirou a fala.

Eu penso sobre isso, normalmente, de uma maneira meio hiper-racional: Você está fazendo o melhor. E todos os outros "isso" e "aquilo" que uma pessoa pode inventar pra se manter calma.

Mas a verdade é que não existe mais "aquele" aqui. Aqui é aqui, e as coisas tem sua própria norma. Talvez eu tenha vindo cavar a minha cova - às vezes essa é a única coisa que me parece verdade. Mas sempre me lembro d'ele (sim, ele) do meu lado me mostrando doces coisas... E eu sinto que o mundo é bom... Apesar dos meus amigos, e daquela pessoa que existia em Fortaleza, não estarem aqui.

Talvez eu esteja evitando me aproximar das pessoas aqui pra não "manchar" a memória dos meus amigos. Ou não queira "me contaminar" com os hábitos que eu abomino. Mas esses são comportamentos meio idiotas de se tomar - afinal aqui ainda é Brasil. E no final das contas somos todos a mesma porcaria: Um monte de gente que tenta, e tenta a vida toda. Então o que há de tão diferente entre o "aqui" e o "lá"? Como pode uma coisa me incomodar mais do que a própria memória da morte? A sensação de que é aqui que a verdadeira trilha começa? Os verdadeiros passos difíceis?

Isso me faz chegar a conclusão que o meu problema não é estar onde eu estou. E sim, não estar onde eu estava - ou seja - estar em qualquer lugar onde eu não seja quem eu sempre fui, e não faça o que sempre fiz.

E esta sexta-feira permanece nostálgica que nem fotografia amarelada, que nem sorvete de morango com gosto de corante, que nem grupos de pardais cantando de manhã cedinho... Que nem reencontrar com um velho conhecido na frente do espelho...

quarta-feira, agosto 16, 2006

Nota Aos...

Derrama teu olhar furioso sobre o altar dos hereges
e esmaga tudo aquilo, antigo e mudo sob teu julgamento
queima-lhes as vísceras, toma-lhes o orgulho
e faz deste mundo o teu hárem.

Não há outra verdade se não a da tua lâmina
tua língua é o aço bastardo da cólera
que bebe de uma nobreza feita de sangue, ouro e podridão
eis que tu és o arauto do vazio, do marasmo vão.

Em teu rosto um sorriso é veneno
a beleza que carregas cega a virtude
e transforma sabor em desespero
e sendo assim, não há lugar para ti na noite.

O repouso dos injustos, dos pecáveis.
O recanto do comum, do sujo e do sem-valor.
O lugar que para aqueles todos sem-nome dá abrigo
Para ti, um dia estará selado
quando tu terminares.

terça-feira, agosto 15, 2006

Se eu fosse uma avestruz eu correria por aí... (Eu também, eu também...)

Pra quem não sabe do que se trata, confira este link e aprecie um tipo extremamente brasileiro e nerd de humor virtual.

"Por que choras estrelinha?"
"Porque sou uma estrelinha anã branca, e vocês gostaram de mim"
(...)

De luto

Em nome da finada comunidade orkuteira Cantores Líricos do Brasil eu fico de luto virtual por hoje. A comunidade foi desfeita recentemente pela moderadora Dani, que sofreu uma série de ataques de desenhos animados pernambucanos reclamando da sua "cruél" e "covarde" atitude de banir da comunidade "pessoas que além de entender de música e de canto, compreendiam psicologia e muitas outras coisas."

Tinha um filósofo grego (e eu adoro aqueles caras) que dizia: "Tudo o que sei é que nada sei." Se não me engano, a figura era Sócrates. E quem leu um pouco sobre o período dele, e as realizações desses sujeitos, sabe que ele sim entendia de um bocado de coisas (música incluída no pacote de filósofo helênico). Mas superando a mediocredade de muitos sabichões, o cara percebeu com todo conhecimento dele que nada seria capaz de sanar sua curiosidade de saber sempre mais. E o saber seria infinito! Logo, nesse pensamento conclui-se que, não importa quanto se saiba (tecnicamente) nós nunca sabemos é de porra nenhuma.

Uma pessoa que entende de música, tem um vasto material sobre o assunto, discussando e expondo seus pontos com profundidade, dominando o assunto com maestria. E uma pessoa que entende de psicologia sabe como os processos humanos se formam, que tipos de afirmações perturbam o ego das pessoas, e como se dirigir às pessoas da forma mais eficiente possível.

Os "catedráticos" em questão foram verdadeiros spammers ou eu poderia dizer até n00bs que, além de não saberem se expressar num português objetivo (pareciam personagens de novela de época escrevendo. Era a maior rebimboca da parafuseta sofismática platônica sheakesperiana) eram grosseiros, e faziam afirmações sobre o caráter pessoal e outras coisas ainda mais estúpidas com as pessoas no fórum que só queriam mesmo se expressar - estivessem consensualmente erradas ou certas no que diziam.

Um dos exemplos mais ridículos foi um certo desenho da Disney com sangue de smiligüido criticando a retórica de um senhor na comunidade que por acaso, além de músico (o foco da comunidade CANTORES líricos do Brasil. Não ADVOGADOS líricos e retóricos do Brasil) é advogado. Ela disse "para um advogado a sua retórica é muito ruim." Lendo aquilo eu me senti vendo personagens de dungeons & dragons enquanto um jogador criticava o personagem do outro: Pra ter a classe de prestígio "advogado" você tem que ter Diplomacia +12. Onde está a sua diplomacia? Ou seja, um bafafá determinista, ela querendo dizer ao cara que ele tinha que jogar todas as fichas dele enquanto escrevia ali.

E se o cara só queria se expressar, na boa, sem queimar muitos neurônios? Ser objetivo, sincero, claro e SIMPLES? Eu me lembro bem que ele escrevia de forma simples, que até uma tartaruga cega poderia entender. Já a nossa Pocahontas, não contente com as cores do vento, foi malhar todo mundo com seu arco aborígene +1, +5 contra a paciência alheia enquanto usava termos e expressões da época da minha bisavó (e a própria já achava falar daquele jeito um desacato ao tempo e à sanidade.)

O que será que está acontecendo nas igrejas evangélicas de Pernambuco? O que colocam na cabeça desse povo? Que conhecimento é sinônimo de soberba? Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que pentecostalismo e conhecimento são duas coisas que não combinam. O conhecimento pode ser herético, perturbador, inclusive infernal. E uma pessoa que o busca deve ter a vista clara, e permanecer na trilha do meio, o caminho cinza do dicernimento que bane a superstição. E a base do protestantismo/pentecostalismo brasileiro é o terror sobrenatural d'O Inimigo de Deus. . Uma entidade onisciente que é responsável por todo mal da terra. "Ora senhor Constantine. Pessoas! As pessoas são más, não o demônio!"

Então vestindo-se do dom profético e sagrado, essas pessoas humilharam, incomodaram, falaram o que deviam e não podiam... E foram expulsas da comunidade! Algumas nem falaram tanto... Mas a moderadora (mulher de carne e osso, com obrigações pós-PC) teve que tomar uma decisão. E foi saraivada de insultos em sua página de recados PESSOAL. Esse é o meu luto: A falta de noção de limites de algumas pessoas "boas." Que ainda tem a coragem de entrar em um templo, erguer as mãos pro céu, e se sentir abençoadas por Deus propagando a verdade também na música.

Hoje eu posso dizer: Odeio os protestantes mais do que nunca. Principalmente aqueles que passam do ensino básico!

A natureza do resfriado

Resfriado, gripe, brônquite.

Doênças extremamente comuns, mas que seguem um certo padrão de acontecimento. Por exemplo, você nunca gripa, se resfria ou tem brônquite no mês de maio. Sempre em julho, ou quando você marcou as suas férias. E a doênça tende a insistir por todas suas férias, terminanando assim que se passar o último dia do mês e deixando você novinho em folha pra trabalhar no mês seguinte.

Assim como você fica com a voz horrível graças a uma faringite logo quando você precisa cantar em um certo importante coro que precisa de tenores, e você tem febre exatamente nos dias de ensaio, tornando a possibilidade de participação quase nula.

Será que a mesma superconsciência que governa os sistemas de transporte (fazendo com que o ônibus que você precisa passe cinco minutos antes de você chegar ao ponto) e que também comanda as fatias amanteigadas de pão que cáem no chão (com a manteiga no lado de baixo) também exerce sua macabra influência sobre a nossa saúde?

Eu voltei a pensar em fazer uma mandinga pra evitar isso. Sério, tem a maior cara de macumba mesmo, né não? Você PRECISA fazer algo... Então você gripa, tem febre, delira, fica mudo, sem fome, sem sono... Só pode ser macumba cara. Eu tenho toda certeza do mundo que muita gente pensa sobre isso.

Lançando um olhar mais esotérico pra coisa (lá vem o sofisma? Eu jogo tarô sim, mas nunca ganhei um centavo por isso!) parece que, além da ansiedade natural que acompanha os grandes feitos, algo nos testa a integridade e noção de propósito sempre que mais precisamos estar "100%" pra alguma coisa. Alguns chamam de diabo, outros de saturno, outros de lua... Eu chamo de Murphy. Murphy é um saco de egrégora chata! Convencionou-se que "tudo o que poderá dar errado dará." E parece que é isso mesmo.

Pé de coelho, cristal branco, banho de sal grosso...

domingo, agosto 13, 2006

Humanidade

Qual o valor de um sorriso? Quanto custa uma relação duradoura e feliz?

Na época em que eu era um menino, eu entendia a palavra "humanidade" como algo brilhante, suntuoso e mágico --- ser humano era ser além de homo era ser omni. E este tudo era perfeito. Impecável e divino como os ideais renascentistas acerca de nossa condição.

De acordo com que eu fui crescendo, no entanto, a minha ingênuidade se mostrou uma inimiga perigosa pra mim. As pessoas não eram tão míticas e maravilhosas quanto eu imaginava, e isso não era culpa de ninguém (o pior de tudo.) Meus primeiros contatos extra-familiares foram os piores possíveis. Ou eu era sincero demais, ou medroso demais. Não interessa. O resultado era sempre catastrófico.

Nitroglicerica. Ácido. Veneno. Essas eram as substâncias que eu podia usar pra analogicamente representar a nova raça que eu tinha encontrado fora dos portões seguros da minha infância. O primeiro momento dessa revelação foi marcado por um nojo e horro fora de qualquer descrição. Eu destetava essa condição, e desejava dia e noite a possibilidade de existir em outro lugar, como outra coisa. "Ser legal", ser especial pra alguém, estabelecer os benditos laços fraternos parecia impossível ou simplesmente surreal demais pra se perder tempo tentando fazer a coisa dar certo. Simplesmente não daria.

Com o advento da espiritualidade na minha vida (digo - da forma que isto me chegou) as perspectivas mudaram. E eu percebi uma coisa muito bizarra: Eu não era a única pessoa que pensava alto e sonhava doces coisas. Isto era um bem comum dos devaneios humanos.

Porém, algo fazia com que as pessoas abandonassem aqueles altos ideais de comportamento e expressão pessoal, e simplesmente mergulhassem na ciclicidade entrópica do comportamento folhetinista - digo: A imitação dos dramas da mídia e dos estereótipos ali sugeridos.

Talvez a diferença entre eu, e aquele certo percentual que me criava mágoas e me colocava na lista dos "cachorros por chutar", era que eu ainda lutava contra o marasmo, tentava manter aquilo de pé, por mais que me custasse o bom convívio e os estreitamentos afetivos. Eu era infexível - Aquilo era o certo e ponto final. Obviamente isso não era a melhor verdade. Mas também não foi uma escolha totalmente errada...

Hoje em dia eu já consigo ter uma estreita percepção do que seria um "ideal" de convivência humana. Os códigos, esta matemática profana que faz com que uma palavra proferida seja compreendida no seu sentid original, não sofrendo perversões.

Porém ainda tenho muitas perguntas sem resposta sobre isso.

E provavelmente muitas pessoas (e SE 'muito' for o contingente desse blog...) desprezarão esse texto como 'mais um achismo de uma pessoa comum'. Mas aos que lerem esse texto, eu faço uma proposta.

Antes de condenar alguém por um erro, antes de lançar alguém no passado e riscar um nome do livro da sua vida; pense no porquê da sua decisão. Esqueça o glamour, esqueça a arte, esqueça a beleza, a vendetta, esqueça tudo. Apenas pense no que será de um laço amigável se tornando um chicote de mágoas e orgulhos feridos. É isto que você quer? Uma vida de desatinos? Uma vida de "não perdôo", "não esqueço" ou "não permito"? Será que o seu julgamento é tão valioso pra não dar uma segunda chance a alguém que erra, mas ainda pode ser um bom amigo?

Cada um tem suas prioridades. E infelizmente o humano ideal, a perfeita humanidade é mais uma utopia sem solução. Pelo menos enquanto a arte for usada pelo mercado pra criar subversão e insegurança.

Virtude não é ser o melhor, é saber o que se é.

terça-feira, agosto 08, 2006

Uma linda oração

Kreutz des heiligen Vater Benedikt
Das heilige Kreutz mein Licht sein
Das der Teufel nicht mein Anführer sei.
Weich weg, Satan
Überzeuge mich nicht mit deiner Boshaftkigkeit
Das was mir gegenwertig ist, ist Böse
Trink selbst deine eigenem Gifte.

terça-feira, agosto 01, 2006

a parada GLBT...

...como sempre é aquela palhaçada. Que decepção!

Uns políticos patrocinam alguns dos carros, daí outros ficam cheios de pessoas saradas sacudindo suas genitálias, e alguém vem querer me convencer de que isto são "atos cívicos" ou "uma luta por igualdade de direitos". Nunca vi uma forma mais obtusa de se fazer política.

Agora o que será que os gays acham da parada gay?

Durante a parada do orgulho glbt 2006 do Rio de Janeiro, eu pude ver bem qual é a adotada por nossos irmãos e irmãs gays. Não há nada de evolutivo nesse evento. É só um carnaval. É triste dizer... Mas a única coisa que eu vejo preocupar e motivar os gays durante este dia, não é a presença da canditada Heloiza Helena. Muito menos aquele cara gritando "pelo direito de amar! Pela criminalização da homofobia!" Não. Não, não... Eles estavam mais preocupados em procurar se algum ator ou atriz famosa aparecia em um dos trios elétricos. Ou se alguém de físico e rosto perfeito estava dando bola pra eles. Esta é a parada do orgulho gay no Brasil, (quiçá no mundo): Uma grande boite a céu aberto!

Assumindo-se então o insistente caráter fútil e festivo do evento, vamos falar do que, nestes termos interessa: Em comparação à última parada, essa tava bem mais calma. Com menos trios, menos gente (800 mil, chega-se a conclusão de que lugar de viado é São Paulo mesmo) e talvez a chuva tenha "espantado" uma parte do pessoal. Mas eu e ele (sim, há ele) conseguimos nos divertir e tirar fotos com algumas das ilustres estrelas que povoaram o evento. Inclusive uma sósia da Rita Lee (muito simpática), a Mulher-Maravilha (não tão simpática, pelo menos não até encontrar o Super-Homem), e uma figura caricatíssima que carregava um exótico bichinho de estimação (um enorme pênis de tecido puxado por uma coleira.) Assim que descobrir os nomes del@s, ponho as fotos aqui.

É isso aí. Dêem pinta, e votem em quem quiserem. Depois não reclamem.

quarta-feira, julho 26, 2006

preciso dizer a origem desse nome!

Grupo de aventureiros caminha pela floresta sinistra. Os aventureiros (um guerreiro humano, e um mago/ladrão elfo) sentem-se cansados e resolvem dormir. Na manhã seguinte, o guerreiro sente-se mais leve que o normal, e o mago sente que seus bolsos "respiram" aliviados de uma certa carga amarela e preciosa.

Christelsen: Que porra má, roubaram foi tudo!
Ravi: Mó paia, quero mais jogar não.
Guerreiro humano puto-da-vida: MALDITOS KOBOLDS!

(Baseado em fatos ficto-reais de uma certa mesa de AD&D. A mesma em que o guerreiro em questão foi devorado pela destruição rastejante de uma certa múmia com armadura e tudo. Também foi a mesma campanha em que dragões morriam engasgados com discos flutuantes de Tenser e necromantes mantinhas eles, sim, os malditos kobolds como bravos companheiros de viagem).
Saudosos tempos de primeiro-grau e ócio em grupo...

isto é útil e relevante

Obra social:
Visando colaborar com a saúde pública (e particular, se é que vocês me entendem) vou colocar aqui uma matéria que surgiu no site mixbrasil, sobre um certo hábito, que pode tomar proporções patológicas. Sendo hétero, gay ou celibatário, você já deve ter ouvido falar sobre o estranho hábito pagão (hehe) da pegação. Isto consiste de um indivíduo ir se aventurar nos braços (ou outras partes do corpo) de outro indivíduo (do mesmo sexo ou não, ou mesmo vários) totalmente desconhecido. O problema é que isto também pode ser uma doênça, um vício semelhante ao do alcoolismo ou adicção. É o D.A.S.A (parece nome de grupo de extermínio, ou mesmo algo dos Power Rangers. Mas isto significa "Dependentes de Amor ou Sexo Anônimos".)

Tudo bem que uma "pegaçãozinha" ou um xaveco mais safado, de vez em quando, faz até bem p'ro ego. Mas o excesso desta prática pode demonstrar que você pode estar é com um baita problema de auto-estima, (ou a síndrome do "meu pinto é muito pequeno - preciso de um carro grande"), assim como outras patologias associadas ao mal direcionamento sexual. Algumas pessoas fazem isso porque não se aceitam totalmente como gays, outras porque não conseguem se ver namorando ou casando, e outras porque simplesmente não acreditam que possam ser felizes por um prazo maior que cinco segundos e dedos colados. Aí vai o link, e cuidado ao se desejar "bon-apetít".

Au revoir! (No mais estilo francês. É cliché, eu sei. Opa! De novo!)

O guia (resumido) do ouvinte de música medieval

Hã?

E eles faziam alguma coisa além de jogar pessoas em fogueiras naquela época?
Parece que sim!
De fato existe um complexo e característico universo musical na idade média. Porém, não espere aqueles new-ages desgraçados que se compra em loja de incenso, ou incessantes cânticos gregorianos interpretados pelos monges mancos da Patagônia.
Por enquanto o que eu tenho a falar sobre a música medieval, e música antiga em geral, é um tópico bem resumido e introdutório, já que eu ainda não fiz o meu bendito mestrado nisso como queria (p'ra falar sério, nem na graduação eu cheguei!)

A princípio o universo da música erudita, ou antiga, sugere que música antiga trata "mais" do período barrôco e do neoclassicismo. E fala-se muito pouco do que houve antes. Tudo bem que, falando-se de arte em geral, o período barrôco foi uma certa febre, já que muito dessa época sobevive escrito, desenhado ou esculpido. E ainda hoje, certos lampejos daquele período de luz e trevas, amor e ódio ainda são refletidos nas nossas inspirações e complicações morais. (E bota complicado nisso... Já que é um hábito barrôco, o de rebuscar e enfeitar.)

E antes? O que diabos tinha antes do barrôco?

Sim, havia música na Europa. Um direcionamento religioso muito forte cercava a música medieval, e infelizmente pouco daquele período sobreviveu p'ra ser executado hoje em dia. Mas ainda há aqueles que tentam. O grupo de musicistas Hespérion XX, (de cujo a soprano Montserrát Filgueiras e o maestro Jordi Savall fazem parte), possui várias interpretações de música realmente antiga, como as cantigas de Santa Maria, (conhecidas dos estudiosos de língua portuguesa no nível superior), e outros versos e prosas da época que Camões era ficção científica. Outro grupo, (infelizmente), não tão conhecido como o Hespérion XX, mas com um trabalho igualmente valioso na pesquisa e execução de música antiga e folclórica, é o grupo cearence Syntagma, de cujo já saíram artistas que integram o quadro internacional de musicistas antigos. Syntagma é um grupo único, pois além da música européia daqueeeles tempos, esse pessoal também executa canções e melodias populares do nordeste em uma leitura mais erudita, porém sofisticada.

Temos também o indivíduo Emma Kirkby, que fez parte de um projeto chamado One feather over the Breast of God, onde ela, e outros cantores interpretaram canções e hinos da mística medieval Hildegarde von Bingen, quem eu considero uma pérola da música e da literatura místico-religiosa de todos os tempos. Vale a pena conferir.

A princípio é isto. Depois, quando eu souber de mais alguma coisa eu posto aqui.
Ouça música antiga. Faz bem à saúde e não incomoda os vizinhos.

História comovente

P'ra você que lê alguma coisa de inglês, aqui segue o link da comovente história de um "simpático" e enfezado gatinho. Semelhante a antológica "o que aconteceu com o pintinho sem c*?" O problema é que esta história é real. (E de certa forma o felino explode mesmo!)

Eis o link da historinha.
E o link da página! (Tem muito mais que esse gato lá.)

Vocês viram esse gato por aí?
Até mais!!!
E então um suave aroma surgiu do dourado mar matinal, enquanto as mais belas aves faziam repouso às margens daquela infinita e plácida voragem. Meus olhos perdiam-se na imensidão daquilo dourado, daquilo profundo, fulgaz e ao mesmo tempo essencial e infinito. Eis o meu silêncio em homenagem à linguagem esquecida da inspiração e do amor. Cujo caminhava em companhia da Vênus, e trazia-nos os mais ardentes pensamentos de beleza e perfeição...

Na frente do mar lembrei-me da beleza, ao som das ondas quis viajar, e lançar-me na copiosa incerteza sob a dança das ondas. Porém, neste escuro momento de macabras sensações, vejo as belas aves lançando fortemente suas delicadas asas sob a quietude do vento, que tornava-se tenso e inquisitivo. E meu momento sob o ouro de tamanho deslumbre e beleza se desfez, até que meus pés sentiram o vidro que emantava o solo, onde meu sangue já estava repousando.

O momento infinito daquela fascinação se desfez, e meu coração, ainda desejando o ouro e as belas aves, batia pesado e aflito em meu peito, enquanto lamentava em silêncio a escuridão do mar, a frieza do vento, e o escuro do céu que fazia negro meu sangue, bem tão rubro e tão valioso. Então, ali, sentava-me sobre o belicoso cristal, enquanto a doce voragem do mar tornava-se um furor doloroso e escuro. Então houve, e há o silêncio. Aquilo que emudece a música, torna cinza o sol, e faz com que a lua seja sempre e sempre escura...

terça-feira, julho 25, 2006

isso sim é elasticidade!


Que cheirinho de limpeza!!!

estou feliz feito pinto-no-lixo

Murphy, perdôe-me. Mas acho que não tenho mais medo daquela lei que obriga a manteiga sobre os pães de irem de encontro instantâneo ao chão. É verdade, eu não tenho mesmo! Pela primeira vez eu sinto como se minha vida tivesse começado a funcionar como em um daqueles romances escritos por aquelas senhoras do countryside americano descrevendo o impossível prazer de uma vida que dá certo.

Ou talvez a vida dê certo. E esta minha cabeça de geração-emo, ex-cristão que me obrigue a pensar que tudo são ordálias, e a alegria reside no momento da morte. Ora, alegria é isto:




















Nada melhor que a Burundanga molhada e puta da vida, pra nos lembrar de que sim! A vida faz sentido (com ou sem pulgas!)
Ái, eu estou tão feliz...

sexta-feira, julho 14, 2006

Primeiro post da p* nenhuma

Que maravilha! Um blog no grandioso blogger.com!

Há um tempo atrás eu tentei criar um blog aqui sem sucesso. Devia ser moda na época, vai saber. O negócio é que era até uma boa moda. As pessoas escreviam-se nesses espacetes virtuais, e por mais que falassem em português errado, ou pusessem um inglês ainda mais torpe, elas escreviam! Se foi moda, desta eu gostei. Todos emos e emas escrevendo suas goticices, todos putos e putas contando suas gozadinhas... Hoje a coisa está mais calma. E nada de goticozinhos, (e cozinhas), por aqui.

A pergunta sobre este blog deve ser "sobre o que esse cara vai escrever? Será que vai ter receita de bolo? Alguma foto pornográfica? Algum conto erótico? (Seus tarados!) Será que ele vai falar mal do Lula? Ou é mais um blog cult?" Eu mesmo não sei sobre o que vou escrever aqui... Mas
eu acho que não vai ser sobre o Lula!

No entanto, gostaria de salientar os grupos que odeio, e as pessoas que não recomendo a leitura deste blog, pois certamente conterá afirmações e perspectivas desagradáveis sobre os mesmos:
* Protestantes (que protestam contra tudo que não seja o pastor), evangélicos (e música gospel), católicos praticantes (os piores), e afins.
* Patricinhas (porque eu me visto mal, e sou desagradável.)
* Ornitorrincos (uma lontra com bico? Me poupe!)
* Políticos (ainda mais em ano de eleição... Meu blog NÃO é cabo eleitoral de ninguém)
* Violonistas (instrumentinho sacal do inferno... Vocês e as rodas de violão!)
* Heterossexuais (entre por sua própria conta e risco!)
* Crustáceos (adicionado recentemente. Os motivos são os mais escrotos.)
E é só... :-) Enjoy your reading and don't panic!