segunda-feira, maio 14, 2007

Impressão

Noite e dia...

Há uma insistência por repetições e coisas girando na vida. Inclusive a cervejinha, a tal da Skol. Tudo gira. Nada é novo na natureza, tudo se reinventa...

Em algum momento do dia assisti a uma daquelas entrevistas sobre pessoas que eu não conheço, era um tal de Doutor Beleza, não lembro do canal.

O caso é que o sujeitinho era brasileiro, morou vinte e tantos anos nos Estados Unidos, e ficou com um sotaque dos diabos. Imaginem sotaque do interior de São Paulo com algo americano. Úi.

A entrevista era o cúmulo do tédio, até o sujeito começar a falar sobre como se sentia ao voltar pra casa. Algo como "foi aqui que fui mais feliz", e não sei o que lá.

Me deu um estalo quando o assunto foi pra esse lado, e a bendita caixinha ainda me fez o favor de passar documentários no nordeste sobre a morte (ontem), alguma coisa sobre o rio São Francisco... Um show de referências.

Então logo minha cabeça foi parar lá, na cidade-forte. No reino do vazio e da saudade...

Lá eu não era ninguém - só o caçula de uma caçula, e um afortunado vivendo no tédio mais divertido que se pode ter. Baladas, amigos, issos, aquilos... Mas algo faltava.

Ei, você também já sentiu isso, não? "Está perfeito demais. Que saco!" Então você junta esperança com cara-de-pau e um pouco de loucura e vai. Seja lá pra onde for, e você vai.

Daí as mudanças começam... Você bebe daquelas águas, você faz e diz aquelas coisas, e em pouco tempo deixa de se reconhecer. As velhas fraquezas não existem, as velhas dúvidas também não.

Então o seu passado torna-se utopia emoldurada e distante... Um sonho de perfeição estacionária. O mais alto ideal de paz, de virtude.

Me parece que, sempre quando nos encontramos longe do meio comum, passamos a nos sentir menores, porém mais capazes. O mundo se torna uma besta a ser enfrentada. E o próprio ego se apresenta com outras cores.

Tudo é novo - tudo é extremamente humano, e o tempo pássa mais devagar. A sensação é viciante como montanha russa ou big jump. Você tem a sensação de que o mundo todo cái ao alcance, a curiosidade beira o infinito.

Porém a velha segurança, a cerquinha de madeira se desfaz... E percebemos o nosso tamanho (ou pior, nos vemos bem menores do que realmente somos). Mas algo é fato: O tamanho do horizonte visível faz tudo parecer menor.

Então perdoar os velhos inimigos já não é tão difícil, relevante. Vencer os eternos medos é banal, tornar-se outra pessoa é como trocar de roupa - uma coisa de estação.

A pergunta, apesar de toda esta beleza monstruosa, ainda insiste: O que muda? O que fica? O que deve mudar? O que deve ficar?

Talvez nós nunca mudemos de fato... Existe sempre uma coisa luminosa bem no firmamento de cada pessoa que está lá - intacta, haja o que houver. O que têm-se mudado é apenas a relação do indivíduo consigo mesmo...

Como diria um certo personagem de RPG: "What can change the nature of a man?"

E eu respondo: Apenas seus olhos.

2 comentários:

Aline Maya disse...

hummmmmmmmm
coisas muito complexas pressa hora da tarde!!!
entao... eu vi esse tal cirurgiao das celebridades, vi e mudei de canal!!
entaum tchau


ps. vago nem um pouco!!

Aline Maya disse...

Obiserveixon

comentei em "O que você faria?"
caso vc nao veja :P


jaaaaa


ps2. escrever isso é um saco
glqcus