quinta-feira, maio 03, 2007

Dungeon & Dragonsmania!

Joga o d20 logo!
Em tardes como a de hoje, há quatro ou seis anos, eu e meus companheiros de jogo estaríamos enfiando a cara em papéis com coisas engraçadas escritas, e jogando provavelmente até a madrugada.

Lembro de ter me desentendido com o jogo por muito tempo. Essa coisa de toda de "AD&D obsoleto", dificuldade pra encontrar jogadores, toda essa balela. Daí, um dia, por acaso, eu conheci um pessoal em um shopping de Fortaleza e retornei aos bons dias com a jogatina.

O engraçado do RPG é que não interessa se você adora as pessoas com quem você joga: Uma hora você começa a entender o papel de cada um, e inclusive aprende a gostar dos aparentes inúteis. É bem legal.

Dependendo do ritmo, as pessoas te surpreendem rapidinho, desfazendo seus terríveis truques de mestre e mostrando que mesmo sem roubar dá pra ter várias cartas na manga.

Apesar do jogo em si, uma coisa que ainda me irrita é o fato de muita gente ainda considerar o RPG uma coisa perigosa, desaconselhável . É chato saber disso, mas eis minha impressão sobre o assunto:

Que porra de jogo é esse?
Provavelmente muitos papais e mamães devem ter-se feito esta pergunta quando seus moleques chegavam em casa com livros grossos sobre vampiros e monstros mitológicos, e muitas pessoas ficam assustadas com a falta de pudor que a molecada trata isso tudo.

Ficam apavoradas daquele troço todo ser uma forma subliminar de 'contrato diabólico' ou 'bíblia satãnica'. Gente, não sejam burros: Assim como se jogava 'Escravos de Jó', ou 'Amarelinha', o RPG é um jogo que explora lá os seus politicamente incorretos. Mas não é uma tentativa de subversão.

É só uma forma pouco convencional de lidar com temas não-convencionais. Outra comparação aqui é a literatura, os filmes, todo este universo que é composto pela mente humana. Portanto não há nenhum mal em inventar histórias de caçadores de vampiros, ou montadores de dragões. É tudo ficção.

Sinceramente devo muitíssimo ao RPG a minha capacidade de inventar coisas do nada, de pensar criativamente, e num nível mais profundo, a capacidade de me colocar no lugar de outras pessoas, de imaginar como seria se... É isto que um jogador de RPG mais faz: Pensa criativamente.

Todo pai e mãe tem obviamente o direito de selecionar quais conteúdos seus filhos devem ter acesso, óbvio. Mas pensem nisso: Se meu filho convive com as cenas despudoradas das novelas das oito, convive com a morte e a miséria que a televisão propaga, e está inteiro, então ele sabe lidar com isso. O que o impediria de lidar com capas, espadas e a própria criatividade?

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