sexta-feira, novembro 03, 2006

Ode ao ego musical

Ái, é tão bom... É tão bom quando a voz aquece e chega inteira, e quente em qualquer lugar. É tão bom quanto as quartas aumentadas parecem tão fáceis como segundas maiores. É tão bom quando os limites se quebram e você sente que tinha mais um pouco ali dentro. É tão bom quando você se cala e ouve um restinho de eco da própria voz passeando pelo ambiente. É tão bom saber que a sua voz é melhor do que aquele cara nojento que te esnobou, (e é tão bom quando a própria mestra confirma isto - mwahahahaha!)

Ah, mas é uma maravilha mesmo... Quando vemos um trabalho árduo começar a tomar cor e profundidade reais. É bom ver que o preço que se paga por algo tem retorno, e que belo retorno, e que longo caminho a frente, ao invés da especulação. É tão bom ser tenor lírico-ligeiro, tão bom ter a voz ágil, leve, quente, aberta, clara... É tão bom entender do que diabos se fala, e o que, raios, se faz. É tão bom exigir de si, saber quem se é, de onde vem, e saber que se pode ir adiante.

Além de tudo é bom surpreender, e se impressionar. Como os métodos inovadores de alguém não tão conhecido podem mostrar muito mais resultado e responsabilidade que o trabalho de muitas 'estrelas' do céu.

Fala sério, eu tô metido. Mas uma vez na vida a gente merece, só uma...
Bom, já sei cantar barrôco, agora vamos para os salões cheios de pompa em Viena e Paris! :P
"Dein ist mein Schönstest Lied..."

Nenhum comentário: