Destinando-se às pessoas, insisto em escrever sobre elas mesmas. Queria ter mais do que falar, porém talvez seja natural que se desenvolva o que nos chama atenção. E o que anda me chamando atenção são elas, as pessoas. Na realidade eu estou mais interessado em discutir um perfil específico de pessoa. O 'poser'. Cara, como eu odeio gente 'poser'... (Daqui pra frente vou tirar as aspas).
Existe muito p'ra se falar desses tipos, e eu não tenho muito interesse em passar o dia nisso. Só registrar a minha tristeza por isso... Pessoas que se vestem com algum arquétipo (ou como sempre um anti-arquétipo) e vivem em busca de aprimorar o personagem para deixar mais pessoas frustradas, diminuídas, e isso, e aquilo lá...
Hoje aconteceu uma coisa interessante: Estava no meu ritual de limpeza kármica (tirando um monte de gente da minha lista do Orkut), e antes de remover os sujeitos, lia seus perfis para confirmar o motivo da exclusão. Então vi quantas vezes aquilo se repetia, coisas phodasticas e altamente cult escritas nos perfis, vários depoimentos cult e in e um monte de comunidades herméticas para definir o grau de qualidade dessas pessoas. Então o relógio parou e tive um pensamento tosco.
Eu devo ser muito sem graça. Sério, sem graça mesmo. Meu perfil é simples e cheio de frases fáceis (só uma temporária em inglês), meus amigos não pintam o cabelo de azul, nem viajam todo ano pra Londres (a maioria nunca saiu da cidade onde mora) e muito menos eu posso ser descrito como especialista em alguma coisa. Então pensei que tinha removido da minha lista as pessoas que me causam despeito, consequentemente mal-estar por não ser tão bom como elas.
Então a lucidês voltou e eu me toquei que isso tudo era balela mesmo. Fiz a coisa certa: Não gostei do que li, então não tenho razões pra ler de novo. Eu não gosto de gente metida. A verdade é essa. Tenho um histórico terrível (e bota macabro nisso) com gente assim, e as coisas só parecem piorar. Levo pro pessoal, fico magoado, não deixo passar...
Recentemente houve uma discussão em uma comunidade de música que participo sobre erros comuns que pessoas desinformadas comentem, e fazem afirmações absurdas sobre técnica e estética musical. E os membros da comunidade (automaticamente revestindo-se do álibi do conhecimento) se viram no direito de citar e xacotar em cima dessas pessoas - como se nunca tivessem errado! E, usando de sua cooltíssma línguagem que só eles conhecem, desceram o pau nos mazelados. Até eu participei do rito macabro, vejam só.
Depois de ter me tocado daquilo, pensei, repensei, e dei uma bagunçada nos meus hábitos. De agora em diante vou fingir que não tenho júpiter em sextil com marte e calar a bôca mesmo que estejam prestes a pisar em uma cobra, e só vou responder quando me perguntarem. Eu realmente tendo a falar besteira, e depois me arrepender do que disse. É tão difícil pensar antes de falar!
Voltando ao assunto, senti extrema vergonha em ter me metido a cult, e logo percebi onde isso poderia me levar: Às amizades vazias ou puramente profissionais que tanto abomino. Eu não quero que as pessoas me admirem por um bom trabalho, ou boa voz, vivo dizendo isso. Quero ser sempre um palhaço imbecil e repetitivo cheio de amigos out e noncult que me/se adoram. Isso é que é bom.
Então à vocês (ex)cults e in's que deram adeus à minha lista de contatos: A morte. Odeio vocês.
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