quinta-feira, agosto 16, 2007

Puxando a orelha da mineirada...


E cada vez que Gaaki volta a Belo Horizonte tem mais certeza de que é mesmo de Manaus.
Não há lixeira nos ônibus, e não se vê um papel de bala jogado no veículo ou na rua.
Se tiver lixo no chão, principalmente plástico, pode ter certeza de que foi um belo-horizontino queimar o filme de Minas lá no norte.
Há belíssimas cavernas em Presidente Figueiredo, a 107km de Manaus. Não há uma gravação sequer. Aliás, há uma. Se você procurar bem, pode ver que nessa gravação de "nome de casal com coração" vai estar um MG ao lado.
Andando pela mata fechada, nas trilhas, não se vê uma ponta de cigarro no chão, um papelzinho, nenhum copo descartável, nada.
Navegando pelo rio Amazonas, chamei a atenção de uma garota que jogou um copo descartável dentro do rio. A mãe dela ficou muito sem graça e disse à criança que eu tinha razão. Se isso ocorresse em Minas, o mínimo que iria acontecer era eu ouvir um "o que você tem a ver com isso?", e em seguida viria o pai da criança e me daria um tiro na testa.
Os mineiros que me perdoem, mas só posso pensar isso ao ver boa parte das igrejas de Ouro Preto com as paredes todas destruídas pelas gravações de "nome de casal com coração". A cidade é um depósito de guimbas de cigarro a céu aberto.
Mineirada, cuidem das cidades. Gosto muito de vocês, mas jogar lixo no chão só "porque todo mundo faz" é coisa de gente sem cultura, que confunde democracia com libertinagem.
E, amazonenses, parabéns pelo zelo para com seu patrimônio. ;-)
(Foto: pôr-do-sol no Rio Amazonas, próximo a Itacoatiara-AM)

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