Quem vai pegar avião nos dias de hoje já está preparado psicologicamente para os atrasos.
A estratégia do instrumento de sopro não deu muito certo em Manaus. Era mais fácil Gaakinha levar uma pedrada que conseguir ser alocada num avião. Tive a sorte de ter um funcionário conhecido por lá, que me telefonou assim que a aeronave pousou em solo manauara. Deu até tempo de voltar em casa para dormir.
Em Brasília, desembarquei quase na hora do almoço. A aeronave deveria estar em algum lugar do Brasil bem longe, pois o vôo para Belo Horizonte ia se atrasar em pelo menos 3 horas.
Hora do almoço, povo com fome. Povo com fome, povo estressado. E povo estressado esgotou o estoque de palavras cruzadas da parte destinada ao embarque. Chegou um momento em que começou a faltar comida. A lanchonete não deu conta da quantidade de gente com vôo atrasado na hora do rango... nem para a Gol oferecer uma barrinha de cereal naquela hora, poxa! Um estressadinho começou a brigar com a atendente: "você está me atendendo mal! É um absurdo isso! Eu não agüento mais esse caos aéreo!" - pondo no carteiro a culpa pelo preço do selo. Logo ele ouviu de um outro passageiro que estava com tanta fome quanto ele: "Não agüenta? Vai de ônibus!"
Depois de ter sido submetida a essa sessão de inanição, pretendo seguir o exemplo de um casal de argentinos: munidos de hambúrgueres, preparados em casa, abriram suas bolsinhas dentro do avião e fizeram "a farofa", com o suquinho oferecido pela companhia.
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