quarta-feira, abril 09, 2014

Eu sempre me impressionei muito com gente, sempre tinha como que "paixões cerebrais" por alguns tipos de pessoas, e isso me acompanhou durante vários anos. Porém, mais recentemente, percebi que me encantei com pessoas desprezíveis. Não desprezíveis no sentido "novela das 8", mas é que eu sempre gostei dessas pessoas cheias de "fé", cheias de "certeza", que falavam cheias de imperativos... Simplesmente me deixava levar por aquela torrente psíquica.


Quando me deparei, sem querer, várias vezes com essas coisas que a idade, as experiências e a própria internet vão ensinando... Meu Deus, como eu perdi tempo com bezerros de ouro. Como eu admirei totens de cera, como eu respeitei quem não respeitava quem quer que fosse. A inefabilidade da moral, da palavra, a incondicionalidade do respeito, da fraternidade, da vontade de ver o outro crescer, se conhecer e prosperar... Não encontro isso nessas ex-musas ("musa" como forma de dizer, não estou falando exclusivamente de fêmeas).


Fé nas pessoas? Vou continuar sempre o cara motivador de sempre, gosto de ver as pessoas felizes e bem. Mas além dos dedos na minha mão, os dentes na minha boca e alguns indivíduos excepcionais que não superam um por signo do zodíaco, não acho que vou conseguir cair de amores por mais ninguém não.


Estou muito triste por ter percebido que caí das nuvens, mas feliz por ter finalmente visto as pessoas mais como elas são e menos como eu fantasiava.


Minha crise dos 28 está sendo muito iniciática.

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