segunda-feira, fevereiro 25, 2013


Por quem eu falo de dignidade?

1) A mulher: O primeiro indivíduo injustiçado da sociedade. Quem tem sempre o pior e o mais difícil.
2) O homossexual: A válvula de escape, o invisível, o incômodo e o tolerável.
3) O estrangeiro: O novo-escravo, o descartável, o sem-direitos, o homem-bicho.
4) O da-outra-cor: Seja preto, amarelo ou vermelho (às vezes até branco, mais quase sempre o preto) pois não é a cor da capota que define a qualidade do motor.
5) O transgênero: Seja o travesti ou o transsexual, o duas vezes invisível, o duas vezes insuportável, o doente mental absoluto mas que é o grande fantasma de maridos e esposas bem comportados...
6) A puta: A mulher-de-verdade-, a "rapariga", a "piranha", a "que abre as pernas" e que "sabe que tem algo ali no meio".
7) O jovem: O banana, o futuro atendente da McDonalds, o não-herdeiro, o que não vai fazer medicina nem direito.
8) O pobre: Porque existe o rico. Sem o rico era melhor.

Se esses oito grupos de pessoas pudessem ser considerados gente digna de ser olhada e respeitada pelo 1) homem, 2) branco, 3) rico, 4) cristão/muçulmano/judeu, 5) americano/europeu/árabe/chinês/russo, eu estaria quem sabe mais tranquilo sabendo que o mundo, longe de uma utopia, seria pelo menos um lugar de mais portas abertas e menos grades pra fechar...

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