quarta-feira, dezembro 28, 2011

Votos para 2012

Eu queria que meus conhecidos entendessem - eu aceito tudo. Só não consigo respeitar muito a perda de oportunidade, o medo de sofrer. Ninguém vive sem sofrimento, sem angústia, sem ansiedade... Nós não fomos criados pra existirmos numa bolha de satisfação e proteção durante vinte quarto horas, mas sim pra respirar todos os ares, conhecer todos os lugares...

Que doa, e doa muito! Amor, ódio, dor, prazer, frustração... Pra que cada momento, cada pequeno segundo que desfrutemos de uma real satisfação seja o que ele é: Digno da nossa mais doce e feliz memória. Esse é o meu voto pra 2012 - que cada um de vocês sofra o que tiver que sofrer, e que a partir do sofrimento venha uma felicidade derradeira - a felicidade de se viver neste planeta, nesta vida humana, cheia de altos e baixos. Vivam... Cada um de vocês... Vivam!

(...)
Isso me incomoda muito, precisava registrar mais esse tormento - nao se vive sem sofrer, e nao se pode existir nesse mundo sem viver. O sofrimento eh tudo que eh a luta, a frustracao, a espera, a dificuldade... Que sejamos herois, cada um em nossa propria historia, nosso proprio Gotterdammerung, que vençamos a cada dia o tédio, e o ciclo dos nossos vícios... Que aceitemos com a vontade de uma criança cada desafio... que paremos de sentir pena de nós mesmos e nos explicarmos e justificarmos por tudo.

Nos sentimos sozinhos, sonhamos, queremos, desejamos... Mas sem o sofrimento tudo isso vira banal. Entao que sejamos gratos pelo nosso sofrimento diario. Que seja bento!

(...)
De repente eu penso assim pq as vezes eu vejo a vida como um "jogo" de acumulo de experiencia. Tudo o que for experiencia, memoria, eu quero. Doa, incomode, de vergonha, irrite... Nao gosto de me proteger, o meu verbo eh 'conhecer', 'experimentar'. A cada dia eu tento romper mais uma barreira de medo e preconceito e vejo como estou colhendo os frutos de nao ter sido mimado e querido uma vida previsivel...

(...)

Pra concluir - que venham todas as dores... viver é perturbar o ócio da realidade.

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