sexta-feira, dezembro 21, 2007
Recados do coração: de "Miguel" para "CPMF"
quarta-feira, dezembro 19, 2007
Frase da semana
Crédito: Renato e Rosiane, comunidade Hoje acordei meio totalitário.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Novela aérea II
O caos não é aéreo, é terrestre... Abrem por engano o portão para os pobres belo-horizontinos voltarem para suas casas; dizem que a aeronave está aguardando autorização para pouso; depois era o ônibus que não havia para levar os passageiros até o avião; depois não tinha gente para dirigir o busão; por fim, aguardando autorização para decolagem. Passei 4 horas dentro de um avião no chão. Com 5 horas dentro de um carro eu teria conseguido chegar a Belo Horizonte.
O pior nem foi isso... foi dar de cara com a mesma tripulação que me trouxe de Curitiba. Fazer conexão no MESMO avião é sacanagem!
Mais uma coisa que aprendi sobre aviação: jamais fazer conexão no Galeão.
domingo, dezembro 09, 2007
Curitiba sem reais - parte III
sábado, dezembro 08, 2007
Curitiba sem reais - parte II
Se um tal de Ademir Lopes aparecer na minha frente, eu caceto ele! Sujeito despacha a mala e não entra no avião...
Aí chego no Galeão, uma chuuuuuuva danada, o avião deu umas duzentas voltas em torno da cidade para poder pousar. Na hora em que recebeu autorização, ele foi de uma só vez, cara doido... eu acho que ele deve ter pensado: "é agora ou nunca!" E vuuuuuccchhhhh!!
Nenhum dos meus amigos (Nikki Saint, Maître D'Or e Bibi) estava lá para me receber, magoei! :´-(
Oh aeroporto desorganizado aquele... ninguém sabe dar informação de nada... mas deu tudo certo, e eu cheguei a Curitiba às 23:20.
A chegada
Dona Antônia, que tem uma república de moças, foi lá me buscar. A hospedagem? 60 reais pelos 4 dias.
Hoje de manhã, dia 8, tive que ligar para a mamãe. Adiantou muito eu comprar crédito para o celular, ele só funciona para receber mensagens aqui... que ódio. Comprei um cartão e o total com comunicações até agora está em R$ 25,80.
Estou procurando a Universidade Federal desde as 9 da manhã. Uma senhora me disse que era "logo ali, no final da avenida". Das duas uma: ou a senhora era mineira ou o ali do paranaense é igual ao ali do mineiro!
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Curitiba sem reais - parte I
Para variar, mais uma vez estava eu navegando de madrugada.
Era 21 de novembro quando entro no site da Gol para ver se a passagem para Curitiba ainda estava 100 reais, o que já me animava bastante em relação a conhecer pessoalmente o meu fornecedor. Coincidentemente, esse foi o dia em que a promoção “Cinqüentinha, Cinqüentão” entrou no ar e, qual não foi minha surpresa quando, ao procurar a o mesmo trecho novamente, descubro que ele estava R$ 0,50 ida e R$ 0,50 a volta!
Sim, era problema do sistema da Gol, mas, como eu não tenho nada a ver com isso, cara-de-pauzíssima que sou, comprei assim mesmo. Total: taxa de embarque + tarifa + taxa de envio: R$ 42,24. Liguei para lá e eles confirmaram minha reserva, ou seja, eu vou!
O executivo que vai até o aeroporto de Confins custa R$ 6,45 + R$ 0,30 de taxa de embarque na rodoviária de Belo Horizonte. Como eu sou uma pessoa a pé, o coletivo que me deixa na porta de casa custa R$ 2,40; contando ida e volta, só de passagem ficou tudo em R$ 60,54.
Execução do plano
É manhã de 6 de dezembro.
Acabei de voltar do supermercado. Comprei pão integral, suco light, presunto de peru e mozarela de búfala. O total deu R$ 5,74, o que dá para fazer uns 13 mistos.
Uma garrafinha de água mineral custa R$ 1,00, dissolvo o suco dentro dela e pronto. Acabou a água? Não tem problema, no bebedouro do aeroporto tem mais.
Brasileiro que não viaja acha que tem que fazer um banquete quando entra no avião. Foi-se o tempo em que se serviam faisões ao molho de alcaparras a bordo; hoje em dia o que as companhias fazem é cortar custos, mas, Gol, pelo amor de Deus, um saquinho de amendoim de Manaus a Brasília vocês estão de sacanagem com o pobre passageiro! Ainda mais depois de tanto atraso! [mode hungry blue=on]
Como eu ia dizendo, quem já acompanha as postagens de Gaakinha vai se lembrar de quando citei o caso dos argentinos que lancharam no vôo sem a menor cerimônia (http://especulante.blogspot.com/2007/08/novela-area.html). Pois então, farei o mesmo, já até preparei o pote no qual levarei os sanduíches. Vou fazer conexão no Galeão ainda, ficar 4 horas no aeroporto e, com fome, não dá certo. Sem contar que R$ 5,70 é o preço de um expresso com um misto num aeroporto. Ninguém merece.
Total de lanche: R$ 6,74 (ida)
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Futebol: a vergonha nacional
Torcedores do Cruzeiro iam cantando felizes da vida no ônibus em que eu estava. Atleticanos na rua não gostaram e mandaram pedras no pessoal, sem dó nem piedade. Vidros estilhaçados, duas pessoas feridas, crianças e senhoras apavoradas. Isso definitivamente não é costume de gente civilizada, e quando digo aos nortistas, especialmente os manauaras, para não copiarem o sudeste, eu tenho razão.
Graças a Deus o motorista avançou o sinal vermelho para fugir dos atleticanos, senão a tragédia seria completa. Até havia um que queria descer do ônibus para matar o sujeito que jogou a pedra, mas eu, quase querendo apanhar numa hora dessas, mandei-o ficar "na dele", que não valia a pena esse tipo de baixaria. Conferi se estava todo mundo bem, ajudei os feridos, e, passado o susto, o motorista parou no pronto-socorro, a galera desceu, e então eu comecei a falar sem parar, sem ponto, sem vírgula, sem nexo, de tão nervosa.
É, pessoal, está na hora de pensarmos num projeto de lei que retira pontos dos times cujas torcidas venham a cometer atos de vandalismo, violência e desrespeito. Só resta saber se uma lei dessas pegaria no Brasil sem quebra-pau.
Aliás, que lindo o rebaixamento do Corinthians! Realizou o sonho de uma nação inteira!
quinta-feira, novembro 15, 2007
Lavagem de dinheiro
segunda-feira, novembro 12, 2007
Doping
- Doutor, depois que comecei a tomar os comprimidos, estão acontecendo coisas estranhas...
- O quê, por exemplo?
- Estão nascendo pêlos em lugar que eu nunca tive antes!
- Pêlos?? Mas onde??
- No SACO!
sábado, outubro 06, 2007
Misericórdia divina
"Misericórdia Divina"
Vamos ver nessas contas quem afinal é que matou mais gente, Deus ou Satã?
Elas não serão totalmente precisas, pois serão drasticamente sub-faturadas, já que não se pode contabilizar quantos morreram no dilúvio, ou em Sodoma e Gomorra, e em outros incontáveis massacres.
Vamos considerar apenas os números explícitos na bíblia.
A mulher de Ló, por olhar para trás (gen. 19,26) 1 morto - Total: 1
Er, por ser mau aos olhos do Senhor (gen. 38,7) 1 morto - Total: 2
Onan, por derramar sua semente (gen. 38,10) 1 morto - Total: 3
Por adorarem o bezerro de ouro (ex. 32, 27-28) 3.000 mortos - Total: 3003
Por blasfemar (lev. 24, 10-23) 1 morto - Total: 3.004
Por recolher lenha no sábado (num. 15, 32-36) 1 morto - Total: 3.005
Corá, Datã e Abirão, e todas as suas famílias (num. 16, 27) 12 mortos - Total: 3.019
Queimados vivos por oferecer incenso (num. 16,35) 250 mortos - Total: 3.269
Por reclamar (num. 16, 49) 14.700 mortos - Total: 17.969
Por se prostituir com as filhas de Moabe (num. 25,9) 24.000 mortos - Total: 41.969
Massacre midianita (num. 31, 1-35) 90.000 mortos - Total: 131.969
Acã e sua família (josué 7, 24-26) 5 mortos - Total: 131.974
Ataque a Ai (josué 8, 1-25) 12.000 mortos - Total: 143.974
Cananeus e farizeus (jz. 1,4) 10.000 mortos - Total: 153.974
Eúde mata em nome de deus (jz. 3, 15-22) 1 morto - Total: 153.975
Moabitas (jz.3, 28-29) 10.000 mortos - Total: 163.975
Midianitas forçados a matar uns aos outros (jz. 7, 2-22) 120.000 mortos - Total: 283.975
O espírito do Senhor vem até Sansão (jz. 14, 19) 30 mortos - Total: 284.005
Mais uma vez o Sansão se enche de espírito santo (jz. 15, 14-15) 1.000 mortos - Total: 285.005
Deus ajuda Sansão a matar (jz. 16, 27-30) 3.000 mortos - Total: 288.005
Mais benjamitas (jz. 20, 44-46) 25.000 mortos - Total: 338.105
Por olhar dentro da arca do Senhor (1sam. 6, 19) 50.070 mortos - Total: 388.175
Filisteus (1sam. 14, 12) 20 mortos - Total: 388.195
Samuel mata Agague (por ordem de Deus) (1sam 15, 32-337) 1 morto - Total: 388.196
Deus feriu Nabal (1sam. 35, 28) 1 morto - Total: 388.197
Uzá, por tentar impedir a arca de cair ( 2 Sam.6:6-7) 1 morto - Total: 388.198
O filho de Davi, ainda neném ( 2 Sam.12:14-18) 1 morto - Total: 388.199
Sete filhos de Saul enforcados diante do Senhor ( 2 Sam.21:6-9) 7 mortos - Total: 388.206
Punição pelo censo de Davi ( 2 Sam.24:13) 70.000 mortos - Total: 458.206
Um profeta por acreditar na mentira de outro profeta ( 1rs.13:1-24) 1 morto - Total: 458.207
Deus entrega os sírios ( 1rs. 20:28-29) 100.000 mortos - Total: 558.207
Deus faz uma parede cair nos soldados sírios ( 1rs. 20:30) 27.000 mortos - Total: 585.207
Deus envia um leão matar um homem por não matar um profeta ( 1rs. 20:35-36) 1 morto - Total: 585.208
Queimados vivos por Deus (2rs. 1:9-12) 102 mortos - Total: 585.311
Deus envia dois ursos para matar 42 crianças (2rs. 2:23-24) 42 mortos - Total: 585.343
Morreu por não crer em Elias (2rs. 7:17-20) 1 morto - Total: 585.344
Jezebel (2rs. 9:33-37) 1 morto - Total: 585.355
Deus mandou leões matar alguns estrangeiros (2rs. 17:25-26) 3 mortos - Total: 585.358
Assírios (2rs. 19:35,) 185.000 mortos - Total: 770.358
Saul (1cr. 10, 14) 1 mortos - Total: 770.359
Deus entrega Israel nas mãos de Judá (2cr. 13:15-17) 500.000 mortos - Total: 1.270.359
Jeroboão (2cr. 13:20) 10 mortos - Total: 1.270.360
O Senhor entregou os etíopes (2cr. 14:9-14) 1.000.000 mortos - Total: 2.270.360
Jeroão (2cr. 21:14-19) 1 morto - Total: 2.270.361
A mulher de Ezequiel (ez. 24:15-18 ) 1 morto - Total: 2.270.362
Ananias e sua esposa ( Atos 5:1-10) 2 mortos - Total: 2.270.364
7 Mar Herodes ( Atos 12:23) 1 morto - Total: 2.270.365
Então é isso, a contagem nesse momento está em dois milhões, duzentos e setenta mil, trezentos e sessenta e cinco mortes, todas provocadas ou ordenadas por deus.
Vale lembrar novamente que esse número, apesar de grande, é apenas uma pequena parcela das mortes supostamente cometidas por Deus, já que não há como calcular quantos morreram no dilúvio, em Sodoma, ou em outros vários massacres a povos cujos números não foram divulgados na bíblia.
E quanto a Satã? Quantas pessoas ele matou? Vamos ver:
Jó 1,1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó. Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e se desviava do mal.
Jó 1,12 Ao que disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo o que ele tem está no teu poder; somente contra ele não estendas a tua mão.
Ou seja, Satã matou os dez filhos de Jó, mas reparem, com a permissão de deus! Logo, o correto seria ambos seres responsabilizados pelas mortes.
Mas enfim, vamos dar essa colher de chá. Temos então o seguinte placar:
Jeová: 2.270.365 mortes.
Satã: 10 mortes.
Ah, não resisti em pôr este "não-autoria própria" aqui. Esse povo fala tanto em biblia, tanto em Deus. E o camarada pegou a calculadora e me escancarou o queixo. Tá tudo lá!!! Gostei, gostei mesmo. Matemática complicada.
O matadouro
Ouvi todo tipo de absurdos sobre o terrível T.H.E; o bicho papão, a grande peneira de quem sonha num canudinho recheado com o mero título de musicista. Queria dizer que vale mais que isso, porém não me atrevo, a citação não vem de mim, e sim de um músico graduado.
A parte mais desgastante do teste, na realidade, é a semana anterior e a semana seguinte. Os dois dias do teste propriamente dito são chatinhos. Pelo menos pra mim foram, meu nome começa com "R" e eram nada menos que trezentos e tantos inscritos pra todos os cursos, e nada menos que cinquenta e quatro inscritos pra bacharelado em canto.
Foram quatro horas esperando a p* daquela gente toda ir cantar pra chegar a minha vez. Me pergunto se realmente haviam 54 pessoas conscientes do que é estudar música e trabalhar com isso. Gosto da sensação de estar fazendo parte de um contingente que talvez venha a consquistar mercado fixo no Brasil, e fazer parte definitiva do nosso quadro artístico.
Apesar disto contrastar com o que eu vi por lá, na espera pela prova.
Vi muita gente achando que ia cantar no Fama, achando que romântico é Djavan, e que clássico é aquela Ave Maria que a Sarah Brightman canta. Também vi muita displicência durante as provas de teoria e certas atrocidades em técnica vocal (repertório erudito, técnica belter. Como diz o Malafaia "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa"...)
E ainda assim eu me sinto ameaçado. O resultado não saiu, estou na expectativa de passar ou não... E fico conjecturando - será que algum desses caras que foi tentar pra bacharel, sem nem ter pianista correpetidor, passou no teste e eu não vou passar?
Não gosto de me colocar como estudante de música exemplar --- na realidade eu me considero bem subversivo em comparação ao perfil "nascido para Puccini" ou "reencarnação tupiniquim de Mozart". Eu tenho nojo desse povinho que se leva muito a sério. Mas alguma coisa de sério a gente tem que ter (menos essa parte mitológica ultraromantizada de ter nascido com um dom especial, e de que a música é divina. Isso é tão humano quanto vontade de ir ao banheiro. O que não faz da música uma ciência menos bela que qualquer outra).
Se tem um dom que eu acho que qualquer candidato a musicista deve ter, é o dom da paciência. A música é como uma mulher frígida - demora pra dar alguma coisa. E muito. Então há pessoas que se iludem e convencem a todos que conseguiram muito com ela - quando não é verdade.
Tenho alguns conhecidos músicos, e não poucos entre eles desistem da carreia por não saberem estimular a musa a um bom retorno financeiro.
Então penso se entre aqueles 54 candidatos pra bacharelado em canto, haviam alguns que estavam prontos pra aula em período integral, faculdades defasadas, mercado difícil, grandes exigências, muito trabalho... Muito esforço pra pouco retorno.
Até hoje me pergunto se esta foi uma boa escolha. E tenho a impressão de que se eu não estiver matriculado em um curso superior de música vou continuar cuspindo lixo e dúvidas por um bom tempo. Ou mesmo se estiver cursando.
Mas aí vai uma verdade: Queridos amigos estudantes - não deixem suas cidades natais para cursar música. Se for medicina, até vale a pena. Mas música sái mais caro que sustentar puta.
terça-feira, setembro 04, 2007
segunda-feira, setembro 03, 2007
Frase do dia
- Dedicada ao meu amigo Edinho -
Crédito: "Filosofia de Boteco" por Mário Brito, da coluna "Bola Murcha", Jornal SuperNotícia, 03/09/07.
terça-feira, agosto 21, 2007
Manual da vida fácil
Depois da notícia de vários falsos mendigos apreendidos nas ruas de Uberlândia-MG (veja em http://noticias.br.msn.com/brasil/artigo.aspx?cp-documentid=5318925), eu estou pensando seriamente em partir para a mendicância profissional. Apesar de ser contravenção penal, que prevê pena de 15 dias a 3 meses, os caras estão tirando cerca de dois mil reais por mês! Saem de suas cidades, pedem no horário comercial e depois voltam.
Viver no Brasil é muito bom mesmo...
domingo, agosto 19, 2007
sexta-feira, agosto 17, 2007
Novela aérea
A estratégia do instrumento de sopro não deu muito certo em Manaus. Era mais fácil Gaakinha levar uma pedrada que conseguir ser alocada num avião. Tive a sorte de ter um funcionário conhecido por lá, que me telefonou assim que a aeronave pousou em solo manauara. Deu até tempo de voltar em casa para dormir.
Em Brasília, desembarquei quase na hora do almoço. A aeronave deveria estar em algum lugar do Brasil bem longe, pois o vôo para Belo Horizonte ia se atrasar em pelo menos 3 horas.
Hora do almoço, povo com fome. Povo com fome, povo estressado. E povo estressado esgotou o estoque de palavras cruzadas da parte destinada ao embarque. Chegou um momento em que começou a faltar comida. A lanchonete não deu conta da quantidade de gente com vôo atrasado na hora do rango... nem para a Gol oferecer uma barrinha de cereal naquela hora, poxa! Um estressadinho começou a brigar com a atendente: "você está me atendendo mal! É um absurdo isso! Eu não agüento mais esse caos aéreo!" - pondo no carteiro a culpa pelo preço do selo. Logo ele ouviu de um outro passageiro que estava com tanta fome quanto ele: "Não agüenta? Vai de ônibus!"
Depois de ter sido submetida a essa sessão de inanição, pretendo seguir o exemplo de um casal de argentinos: munidos de hambúrgueres, preparados em casa, abriram suas bolsinhas dentro do avião e fizeram "a farofa", com o suquinho oferecido pela companhia.
quinta-feira, agosto 16, 2007
Será?
É triste como a gente vale o que ganha ou faz. Raramente o mero fato de ser quem se é já é o bastante para que se tenha alguma atenção especial. Me lembrei que tinha uma doida que dizia assim:
That I would be good even if I did nothing
That I would be good even if I got the thumbs down
That I would be good if I got and stayed sick
That I would be good even if I gained ten pounds
That I would be fine even if I went bankrupt
That I would be good if I lost my hair and my youth
That I would be great if I was no longer queen
That I would be grand if I was not all knowing
That I would be loved even when I numb myself
That I would be good even when I am overwhelmed
That I would be loved even when I was fuming
That I would be good even if I was clingy
That I would be good even if I lost sanity
That I would be good
whether with or without you
Será que eu seria bom se eu fosse apenas... eu? Irresponsável, desligado, confuso... Só isso e aquelas coisas, e nada mais?
Puxando a orelha da mineirada...
Não há lixeira nos ônibus, e não se vê um papel de bala jogado no veículo ou na rua.
Se tiver lixo no chão, principalmente plástico, pode ter certeza de que foi um belo-horizontino queimar o filme de Minas lá no norte.
Há belíssimas cavernas em Presidente Figueiredo, a 107km de Manaus. Não há uma gravação sequer. Aliás, há uma. Se você procurar bem, pode ver que nessa gravação de "nome de casal com coração" vai estar um MG ao lado.
Andando pela mata fechada, nas trilhas, não se vê uma ponta de cigarro no chão, um papelzinho, nenhum copo descartável, nada.
Navegando pelo rio Amazonas, chamei a atenção de uma garota que jogou um copo descartável dentro do rio. A mãe dela ficou muito sem graça e disse à criança que eu tinha razão. Se isso ocorresse em Minas, o mínimo que iria acontecer era eu ouvir um "o que você tem a ver com isso?", e em seguida viria o pai da criança e me daria um tiro na testa.
Os mineiros que me perdoem, mas só posso pensar isso ao ver boa parte das igrejas de Ouro Preto com as paredes todas destruídas pelas gravações de "nome de casal com coração". A cidade é um depósito de guimbas de cigarro a céu aberto.
Mineirada, cuidem das cidades. Gosto muito de vocês, mas jogar lixo no chão só "porque todo mundo faz" é coisa de gente sem cultura, que confunde democracia com libertinagem.
E, amazonenses, parabéns pelo zelo para com seu patrimônio. ;-)
quarta-feira, agosto 15, 2007
Caso Richarlyson
Não interpretem o meu comentário como homofóbico, entendam que estou dissociando sexualidade de cultura, educação e bom senso. Confundiram as coisas em relação ao Richarlyson, só porque o cara é bem educado e sabe conversar.
A finesse está longe de ter algo a ver com sexualidade. Conheço homossexuais que são uns amores, e outros que são verdadeiras porteiras, assim como conheço heterossexuais que são uns amores, e outros que são verdadeiras porteiras. É questão de cultura... de berço!
sábado, agosto 04, 2007
É isso que dá colocar cavalo pra falar
Como todos sabem, eu faço parte de uma leva de pessoas revoltadinhas com religião. Entre estas pessoas, a maioria viadinhos e outros marginais que tentam apelar para o inexistente senso do ridículo sobre as ainda vivas práticas de certos cultos aê, pô.
E hoje enquanto eu e ele estávamos num triste momento de morgação televisiva (a falência do livre arbítrio cultural, marca da condição geral no terceiro mundo) nos encontramos com um desses macabros programas evangélicos que varrem a televisão brasileira hoje em dia mais que nunca.
Foi quando percebi que o gritante (porque pastor pra mim é um cara caladinho com um pau na mão tangendo ovelha) era nada menos que Silas Malafaia (ou Silas Maracutaia, como alguns gostam).
O discurso, a princípio, parecia se tratar de um daqueles convencionais sobre "como o demônio rouba seu dinheiro"ou "agradeça a Deus o dinheiro que você tem dando-nos um dízimo¹" - mas não! De repente ele soltou aquela palavra mágica, que vinda da boca de um cristão já me gela a espinha. É como uma maldição... Então ele disse homossexualidade.
Pensei que depois de alguma insistência de nós, as bichas, para abafar o caso Rozângela Justino (vulgo Rozângela Desajuste) alguma coisa boa ia acontecer, e esse pessoal se tocar de que as bichas também são um bom mercado dizimista. Ou não, bicha só gasta no Ponto e no shopping. Não deve ter dado certo.
Foi uma luta pra manter a programação naquele canal, de tão desagradável que era a falação.
O homem era como um predador: O tímbre gutural, sempre imperativo, gritava comandos e morais, dizia, desdizia... Era um horror. No final das contas a reflexão espiritual sobre o homossexualismo (retornando a linguagem da patologia) era de que "o homossexualismo é comportamental. Não é uma coisa genética² como os gays querem dizer - é como o vício em cocaína ou álcool, é algo que se aprende ou se imita." E aquele desenvolvimento Velho-Testamento de sempre seguido por "amém" dos fiéis; naquele climinha mórbido dos templos deles.
Depois de bem mais de sete anos que o homoerotismo não é mais considerado patológico, depois de não-sei-quantas paradas e manifestos, e issos e aquilos ainda temos que conviver com esse fascismo. É triste, é triste...
O que eu me pergunto é: Isso só incomoda a mim? Estou há duas horas procurando a forma mais adequada de xingar esse homem, e algum mecanismo legal para queimá-lo em praça pública.
Não, eu não sou contra a liberdade de expressão. Não faço parte da sociedade secreta e conspiratória das bichas riquíssimas que dominam a mídia em uma realidade alternativa. Sou um cara normal, que é gay, e se incomoda ao extremo com as leis de Moisés interferindo no meu direito de ir e vir na esquina.
ISSO DEVIA SER PROIBIDO! As afirmações altamente especulativas feitas pelo religioso em questão tem caráter subversivo e fascista. Uma pessoa não pode se vestir de ciência em um ponto (para afirmar com razão limitada que o homoerotismo não é encontrado em nenhuma cadeia genética específica) e esquecer-se de outro fundamental (que há vários anos a sociedade psiquiátrica mundial aboliu o termo homossexualismo do quadro de patologias e para todas implicações legais, psíquicas e físicas, homoerotismo NÃO é classificado como doença).
Então chega! Aqui vai uma sugestão, quem quiser vir no bonde que venha: Assim como as ovelhas seguidores da Maior Farsa da História subvertem o real significado da política e criam seus partidos de superstição e subversão; nós, os viados e sapatões deste Brasil também devíamos tomar uma boa dose de vergonha na cara, arregaçar as mangas e mandar umas dúzias pro Palácio do Planalto ir votar umas certas leis.
Vamos sair do armário do poder político e mostrar que a opção ou condição que nos relega ao getto também pode nos levar ao palanque e mostrar nesse país, de uma vez por todas, que gostar de macho sendo macho, ou de cocota sendo mulher é problema nosso, e nosso apenas.
Seja por influência do Cão, por genética, poderes mutantes, oposição de vênus e urano, ser filho desse ou daquele santo; ter sido estuprado na infância, ter nascido no corpo errado ou simplesmente ser quem somos e por acaso sermos gays. E repito: Não há nada de feliz em ser gay. Tem que ser muito, mas muito macho!
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¹: Não se engane, a matemática dos dízimos hoje em dia está longe de 10%. Alguém aí falou em Thiffany's?
²: Como se todos os gays do mundo argumentassem isso. Especulação por especulação, prefiro a conjectura sobre vênus e urano.
sábado, julho 28, 2007
O admirável mundo novo do 'eu já sabia...'
Aí diz-se: Tá, daí?
Me lembro que, quando comecei a estudar, com meus, sei lá, quinze anos, eu cantava árias de tenorzão na entoca e de brincadeira. Coisas como 'Nessun Dorma' e 'Ah! Leve-toi', mas não me levava a sério. E quando ia pras aulas de canto, entendia "cantar leve" com apertar a voz... Daí as atrocidades começaram.
Muito tempo se passou, e casualmente, cantei uma certa música mais pesada pro meu professor, e o cara soltou: "Acho que a sua voz é mais pesada do que você tava imaginando." - E em outra ocasião foi um "acredito que a sua voz é feita pra isso" (referindo-se ao Calaf de Turandot).
Finalmente eu entendi porque não conseguia nem de jeito nenhum emitir aquelas notas leves e tão ágeis que outras pessoas com meu possível tímbre conseguem tão fácil. Mas lá no fundo eu me dizia "já sabia, já sabia..." De repente eu me vesti dessa coisa de tenor leve, muita ressonância, música antiga (como uma frustração) porque gostava mesmo.
Mas hoje não - hoje assumi o esporreiro, o bicho, o monstrengo que parece um barítono. E CHEGA DESSA PORRA DE CLASSIFICAR O XIXI DO MONGE! É spinto, é spinto mesmo porra.
(Aguardem! Um dia vocês me ouvirão cantando 'Erlkönig', vai ser babado).
Definitivamente o Rio não combina com essa coisa de dia frio - por mais que as pessoas aqui tenham-se adaptado ao gênio incontrolável da mudança de estações, a cidade parece que entra de luto. Não é como São Paulo ou outros lugares - onde tudo fica gelado, e o pessoal sai de casa amarradão.
Aqui é realmente engraçado: Você sai de casa, digamos, com uma camiseta qualquer. O dia está aberto, céu azul, e tal... Trinta minutos depois começam a voar facas, uma chuva desgraçada banha a cidade e você passa frio!
Daí conclui-se que as mochilas cariocas devem ter de tudo, além dos eventuais e conhecidos livros, cadernos, camisinhas, rolinhos de erva, pistolas (peguei pesado mesmo, fazer o quê) o pessoal tem que andar com muda de roupa, guarda-chuva e patuá (um pra não ser assaltado, e outro pra não errar o caminho de casa). Cidade grande é isso mesmo.
quarta-feira, julho 25, 2007
terça-feira, julho 24, 2007
Homenagem...
Não fosse por um convite torto do Agamenon para que eu ficasse aqui, jamais teria descoberto possibilidade de vida fora de Fortaleza, e não teria conhecido os amigos que fiz aqui, nem aprendido o que aprendi... A trancos e barrancos fiquei um tempo na feira de São Cristóvão, e Agamenon fez o possível para que eu ficasse, e fiquei. Sou muito grato ao Rio de Janeiro pelo que consegui, e muitíssimo grato ao presidente da feira, ao líder, ao político, ao meu familiar, o mais próximo que eu tive da presença do meu também falecido pai, aqui no Rio de Janeiro.
Que Deus o tenha Agamenon.
sexta-feira, julho 20, 2007
Um belíssimo poema
O pássaro do rico é canário
o pássaro do pobre é urubu
o rabo do rico é ânus
e rabo de pobre é cú.
a moça rica é bacana
a moça pobre é xereta
a periquita da rica é vagina
a da pobre é buceta.
o rico correndo é atleta
o pobre correndo é ladrão
o ovo do rico é testículo
o do pobre é culhão.
a esperança do rico vem
a do pobre já se foi
a filha do rico menstrua
a do pobre fica de boi.
o rico usa bengala
o pobre usa muleta
o rico se masturba
o pobre bate punheta.
mas a vida é assim mesmo
seja no norte ou no sul
o rico toma champanhe
e pobre toma no cú.
quinta-feira, julho 19, 2007
Gente fresca
Tenho as minhas neuras, os meus tiques, mas se tem um tipinho que não desce é gentinha louca pra esfregar a fuça em cocô de porco e não se mete na lambança. Detesto os "caraca" ao invés de "caralho", detesto os "p" em vez de "puta"... O português é uma língua linda, mesmo em suas formas mais obscenas.
Sinceridade no falar traduz a sinceridade do pensar.
(E não confundir educação com falta de liberdade de expressão - afinal até o Imperador, finado Dom Pedro, falava seus "caralhos"...)
Acidente aéreo da TAM
O que me irritou foi uma notícia que vi no jornal hoje: "Galã da TV Globo escapa de tragédia em avião da TAM".
COMO SE ISSO FOSSE FAZER A COISA MENOS TRÁGICA.
FODA-SE GALÃ DA GLOBO!
sexta-feira, julho 06, 2007
Can YOU tell?
Can you tell?
quinta-feira, julho 05, 2007
It was an English ladye bright,
(The sun shines fair on Carlisle wall,)
And she would marry a Scottish knight,
For Love will still be lord of all.
Blithely they saw the rising sun
When he shone fair on Carlisle wall;
But they were sad ere day was done,
Though Love was still the lord of all.
Her sire gave brooch and jewel fine,
Where the sun shines fair on Carlisle wall;
Her brother gave but a flask of wine,
For ire that Love was lord of all.
For she had lands both meadow and lea,
Where the sun shines fair on Carlisle wall,
For he swore her death, ere he would see
A Scottish knight the lord of all.
That wine she had not tasted well
(The sun shines fair on Carlisle wall)
When dead, in her true love's arms, she fell,
For Love was still the lord of all!
He pierced her brother to the heart,
Where the sun shines fair on Carlisle wall –
So perish all would true love part
That Love may still be lord of all!
And then he took the cross divine,
Where the sun shines fair on Carlisle wall,
And died for her sake in Palestine;
So Love was still the lord of all.
Now all ye lovers, that faithful prove,
(The sun shines fair on Carlisle wall)
Pray for their souls who died for love,
For Love shall still be lord of all!
terça-feira, julho 03, 2007
Nunca segure um peido!
sábado, junho 30, 2007
Sirlei e Galdino, vítimas dos pais bonzinhos
Desculpem a sinceridade, mas seria "tudo bem" em outras circunstâncias. O problema foi que não houve motivo nenhum (briga de casal, assalto a mão armada com reação da vítima, nada disso); ela simplesmente estava parada, e um grupo de jovens moradores da Barra da Tijuca (o que se pode dizer por bairro nobre do Rio) a espancou e levou-lhe a bolsa.
Lembram do Galdino? Deitadinho na parada de ônibus e foi queimado vivo por um grupo de, novamente, playboys? Pois é... Complicado! Os caras não cumpriram nem um terço na pena, já tem condicional e mesmo antes disso já saíam de dia do presídio pra assistir aulinha na faculdade (mentira - saíam pra beber com os amiguinhos, também playboys de vida fácil).
Nada contra pais e mães funcionários públicos, bem casados, nascidos e vividos que querem dar uma boa vida aos filhos. O problema é que, com ou sem violência física e/ou verbal pra dar umas lições nos filhos, isso não tá dando certo.
Sabemos que a vida no Brasil é muito difícil, e que nenhum pai ou mãe quer pros filhos o sofrimento da ditadura ou do período anterior à globalização (onde falar inglês era o cúmulo de chique), mas é importante lembrar que todo mundo precisa sofrer e ser privado de alguma coisa pra saber sobre valores. E isto não está acontecendo.
O pai de um dos marginais disse "são crianças, não podem ser julgados como adultos".
Crianças jogam cocô, areia, dão choquinhos com brinquedos de palhaço... Não espancam uma mulher por qualquer razão fajuta gratuitamente.
SÃO MARGINAIS E DEVEM SER PUNIDOS COMO TAIS.
Torno a falar: Para o preto, pobre, ladrão de galinha sem QI ou assassino de boca de favela, é cadeia a vida toda, é bala na cabeça e falta de respeito. São tão marginais e "imprestáveis" como qualquer um. Mas pagam pelo que devem e pelo que não devem.
Minha sugestão a qualquer Brasil VERDADEIRAMENTE indignado com isto é a seguinte:
Vamos ficar de olho nesse caso! Vamos fazer o possível para mantê-los na prisão, pagando por isso e servindo de exemplo! O Brasil não é casa-da-mãe-joana! Existe SIM direito humano aqui! Nós já passamos pela revolução francesa, chega desta inversão de valores! Ou lhes cortamos as cabeças (literalmente ou na bala, como é moda carioca).
E minha crítica a este Brasil, "indignado":
Deputado, empresário, funcionário público - você aí de vida estável! O Brasil está a merda que está porque sobra nos seus bolsos, e falta no da Sirlei. Porque a Sirlei TRABALHA, e mal se sustenta, e você, "trabalha" suas 4 por dia e se aposenta com salário completo.
Nenhum diploma vale mais que a vida humana. Este país está erradíssimo... Estes espancamentos surgem da falta de senso de nós, brasileiros, e do cinismo de quem está no topo. Se fosse por mim já seria uma segunda revolução, sendo que desta vez BRASILEIRA.
NA BALA, NA PORRADA E NO SANGUE! E AÍ, QUEM TOPA?!
(Parece que a "moral" nesse país só funciona na base da surra mesmo).
quinta-feira, junho 28, 2007
Esposa dedicada
E cá estamos nós, brasileiros, esposas dedicadas, limpando o vômito que os senadores fazem dentro da nossa casa.
segunda-feira, junho 25, 2007
Vocês lembram do que vai ter dia 27?
Eu já falei sobre isto aqui.
domingo, junho 24, 2007
Utilidade pública para os dias de caos aéreo
Da série "Soluções práticas para um mundo moderno".
Elementos da técnica vocal, por Patrizia Morandini, parte II
A base da técnica vocal está na respiração, que deve ser costo-diafragmática, isto é, como aquela de um bebê recém-nascido que, quando nasce, é imune ao estresse e aos maus hábitos, e respira da maneira mais correta para a vida, e que depois deve-se reapropriar dessa natureza... então: dilatar a parte baixa do abdome e as costelas inferiores na direção das costas, uma expansão da cintura para emitir o sopro, deve-se somente voltar à posição original e então “apoiando-se” sobre a parte de baixo, este movimento faz, sim, com que o diafragma aja como músculo de sustentação da pressão aérea que se cria dentro dos pulmões.
Da emissão
Este ar ganha vida na traquéia e põe em vibração as pregas vocais que estão unidas (aduzidas) como a palheta de um instrumento de sopro, por exemplo, um oboé.
A esta altura entra em atividade a segunda parte do mecanismo de emissão da voz, isto é, a ressonância: as pregas vocais emitem um som que naturalmente têm um volume muito baixo. Para aumentar esse volume, deve-se encontrar um ponto de amplificação que está entre a columela (base do nariz) e a úvula.
Para encontrar esse ponto, nos utilizamos da musculatura orofacial, da língua e da pronúncia dos sons. Encontrado o ponto focal da emissão, a voz adquire timbre, espessura, pureza e facilidade. O ouvinte assim não percebe toda a infinidade de movimentos internos que o cantor deve fazer, pois tudo parece fácil e seguro, porque o som se amplifica naquela a que chamamos “máscara” e que é diferente de pessoa para pessoa (a máscara é constituída das cavidades ósseas que se encontram na nossa face, e, pela lei da física, um som se amplifica quando encontra um corpo duro), e isso faz com que cada um de nós tenha um timbre de voz pessoal e característico.
Conclusão
Uma vez adquirido um certo padrão de técnica e de estudo da música propriamente dita, deve-se encarar o estudo das interpretações, que variam de compositores, de estilos, de épocas, e, enfim, de personagens. Um estudo de longos anos, feito de um amor infinito, tenacidade, constância, paciência, cultura, determinação, liberdade de pensamento e, para mim, também a pureza interior.
É inútil dizer que, para encarar esse estudo, servem os professores que o(a) acompanham e seguem, porque o cantor (ao menos no início) não é absolutamente maduro para diferenciar um som corretamente executado de um errado. Tem que ser um professor que o(a) ensine a construir o seu instrumento e a sua pessoa, que tenha sensibilidade para compreender qual é a cor da sua voz e, sobretudo, tenha a polidez de deixar que o aluno siga sozinho no momento certo.
Aproveito esta ocasião para agradecer a pessoa à qual devo inteiramente a minha carreira, Margherita, obrigada. Não fique com muita raiva se aquele anjinho não ligava para a sua maneira rígida, mas afetuosa de colocá-lo na linha. Você estará sempre no meu coração.
Tradução do original em italiano por Glaucia Piazzi.
sábado, junho 23, 2007
Elementos da técnica vocal, por Patrizia Morandini, parte I
Muitos de vocês sabem que sou cantora lírica, e hoje pensei em escrever um pouco sobre a voz humana.
Muitos me perguntam como nasce a voz lírica, quantas horas de estudo por dia são suficientes para ditarem o repertório... e se eu sou um tenor.
Agora decidi deixar claras as coisas para os leigos (para os experts, se quiserem, posso passar outras...).
A voz humana é, ao meu ver, o instrumento mais completo e fascinante que existe, somo nós com todo o nosso ser, nossos medos e nossos tabus. Em suma, somos nós na nossa essência de seres humanos. A Bíblia diz que o verbo foi a vibração como origem da vida, o que acham? Esta é a primeira grande diferença que há entre um instrumentista e um cantor: o canto é algo muito mais profundo e igualmente difícil.
O instrumento está do lado de fora, você pode vê-lo, tocá-lo, ter o controle visual das mãos, pode escondê-lo também, mas cantando, não. Você está nu diante da platéia, as suas pregas vocais... você não as vê, não as sente (você somente as sente com o seu ouvido interno).
Os sentidos do cantor estão completamente projetados dentro de si, e isto comporta um muito profundo conhecimento do próprio corpo, uma aceitação muito profunda e relaxada e um amor ao próprio instrumento que você leva por toda a vida no bem e no mal, com suas alegrias e suas dores.
Das diferentes vozes
As vozes se diferenciam em: vozes masculinas e femininas. As masculinas em: tenor (a voz mais aguda masculina), barítono (voz média), baixo; as femininas em: soprano (voz aguda feminina), mezzo-soprano, contralto. Tanto os tenores como as sopranos se dividem por sua vez em soprano (tenor) ligeiro; soprano (tenor) lírico; soprano (tenor) dramático, isto pela diversidade do repertório, isto é, os papéis (ou personagens) da ópera que são interpretados.
Tosca, por exemplo, é um soprano dramático, Mimì um soprano lírico (mais doce), Lucia di Lammermoor, soprano ligeiro, etc. e assim explicado, o que quer dizer repertório e diferenciação vocal? (Um pouco como no boxe - peso pluma, ligeiro, etc.; só que o que pesa aqui é o timbre, sendo o mesmo mais ou menos escuro).
Depois lhes dou uma explicação rápida sobre a técnica propriamente dita.
sexta-feira, junho 22, 2007
Nota de rodapé
Que triste.
quarta-feira, junho 13, 2007
segunda-feira, junho 11, 2007
Deveria ser vendida assim
Adorei!!!
(Vi isto em algum perfil no Orkut, não tiro o crédito, mas precisava pôr aqui!!!)
Wicca, como muda...
Ah, me lembrando...
Vamos ver no que esse tipo de campanha dá.
domingo, junho 10, 2007
sábado, junho 09, 2007
Uma demonstração da minha inteligência
proxima 4a rola?
Ramir "Rio 18 graus, cidade geladeira sem beleza e no caos" diz:
Quarta é qual dia da semana?
Felipe M. diz:
depois de 3a
Ramir "Rio 18 graus, cidade geladeira sem beleza e no caos" diz:
foi mau, pergunta errada
Ramir "Rio 18 graus, cidade geladeira sem beleza e no caos" diz:
hahahahahahahahahaha
Ramir "Rio 18 graus, cidade geladeira sem beleza e no caos" diz:
Que dia do mês?
Pode dizer: ÁI UMA JAULA!!!
sexta-feira, junho 08, 2007
O ataque do macabro pingüim assassino do Catete
A primeira, no Catete, foi Karen, que tentando salvar o animal de um suposto atropelamento, sofreu uma terrível contusão na pata enquanto a besta desaparecia na confusão da metrópole. A segunda fui eu: Corri atrás do pingüim e fui surpreendido pelo poder da lama. Me sinto uma batata depois de conhecer o ralador, e além disso levei uma surra - até meu celular ficou magoado.
Portanto, se eu não estiver no melhor dos meus humores é pelo simples motivo de - ái minha perna! -...
Caso encontrem o descrito animal vagando pelo Rio de Janeiro (ou qualquer outro lugar - relatos informam que a ave anda promovendo contusões e desavenças em todos os lugares) evite-o e não o confunda com o Happy Feet. Este pingüim vai fazer uma coisa com seu feet, mas não é deixá-lo happy...
terça-feira, junho 05, 2007
Eu sou o Diabo!
You are The Devil
Materiality. Material Force. Material temptation; sometimes obsession
Perhaps the most misunderstood of all the major arcana, the Devil is not really "Satan" at all, but Pan the half-goat nature god and/or Dionysius. These are gods of pleasure and abandon, of wild behavior and unbridled desires. This is a card about ambitions; it is also synonymous with temptation and addiction. On the flip side, however, the card can be a warning to someone who is too restrained, someone who never allows themselves to get passionate or messy or wild - or ambitious. This, too, is a form of enslavement.
As a person, the Devil can stand for a man of money or erotic power, aggressive, controlling, or just persuasive. This is not to say a bad man, but certainly a powerful man who is hard to resist. The important thing is to remember that any chain is freely worn. In most cases, you are enslaved only because you allow it.
quinta-feira, maio 31, 2007
Mozart, Rachmaninoff, Ronaldo Miranda e Villa-Lobos
Dia: 27/06/2007
Horário: 20h
Local: Igreja de São Judas Tadeu
Preço: Entrada franca
Em mais um projeto da maravilhosa iniciativa do Música na São Judas Tadeu, organizado pela Compasso Produções, os pianistas Ana Maria Brandão e Marcílio Meira apresentam um distinto e complexo repertório no novo espaço que surgiu na Igreja de São Judas Tadeu.
O curriculum dos dois os precede, e o evento é gratuito. Se tem uma coisa que vale a pena conferir, é esta!
terça-feira, maio 29, 2007
Teste grafológico
Fleumático (N/Emotivo Ativo Secundário)
Sou um cara frio, introspectivo, racional e cheio das éticas. Se for mentira, eu não sei. Mas minha letra escrita diz que é isto! (Pena que ninguém tá pra ver meus belíssimos desenhos em forma de alfabeto!)
É só comigo?
Gostaria de ter o super-poder (de uma certa Ana Clara) de dormir 01:00h da manhã e acordar as 06:00hs com toda disposição do mundo. Mas não consigo! Alguém me explica como dá pra fazer isso?
Acordo congelado, tonto, puto da vida. Se me levanto logo tenho dor de cabeça. Ainda mais com esse firo desgraçado que tá fazendo no Rio agora.
Blah! Começo a tomar café?
domingo, maio 27, 2007
Pra não me chamarem de doido novamente
De Los Angeles Philharmonic Association
Quando eu digo que sei do que estou falando, é porque sei do que estou falando!
Mais um ciclo pra estudar, babei.
Como ser Diva
Na última sexta-feira uma querida amiga, acompanhada pelo pianista Marcílio Meira, mostrou um belo - porém ousado - recital aqui em Niterói. Aline Ribeiro simplesmente foi lá, escolheu as peças mostrando uma espécie de "caminho histórico da música" e mandou bala.
Encarou peças barrocas de dois gêneros totalmente diferentes, depois partiu prum clássico com cadências melódias difíceis, peitou um Lied, um Puccini e quatro Negro Spirituals (sem bolinar na técnica vocal nem descaracterizar as peças. Me perguntem como ela fez isso, e eu só posso responder 'é raça!')
Porém, o que mais me impressionou foi um bis. Nada mais, nada menos que uma Carmen soprano. Não uma Carminha sopraninha, mas uma Aline Carmen (a classificação vocal 'Aline' significa, antes de tudo, metal e volume).
Ficou muito interessante. O negócio é que a moça, por falta de afinidade com o francês engodou na letra.
Eu penso... Se fosse eu, tinha parado de cantar e bolado na gargalhada (pra quem fica procurando transcrição fonética e tentando reproduzir até as inflexões de um certo sotaque na língua, imaginem como me sinto sem afinidade total com o texto!)
Mas ela não - permaneceu firme como uma rocha de salto e seu vestido de organza, permaneceu firme como a maquilagem que não sái com o primeiro toque do removedor - lá estava ela, Diva!
Ora, se um dos primeiros dons da Diva Cantora não é do do Embromashion! O ato de não saber uma vírgula do que se está cantando, mas mesmo assim transmitir uma mensagem que ultrapassa as palavras e define-se além da linguagem dialética. Arte!
Então plac, plac, Aline você é DIVA!
quinta-feira, maio 24, 2007
As cagádas de Herr Ratzinger
Quando assisti esta notícia fiquei azul. Sério, azul da cor de bunda de defunto.
Não gosto de Bento XVI, não simpatizo mais com a igreja católica, e dispenso as opiniões do ex-nazista sobre a América do Sul.
Aliás, falando em nazismo, parece que o ato de matanças em massa não incomodam o papa. Contanto que os chacinados não estejam na paz do senhor, são formiguinhas. Meras formiguinhas. Papa, volta pra Berlim. Vai arrumar o que fazer.
Recital 25/05/2007
MÚSICA – ALINE RIBEIRO |
Recital de canto com a soprano. Informações: 2179-2330 ou 2717-3545. |
Local: Conservatório de Música de Niterói - Rua São Pedro, 96 - Centro |
Dias/Horarios: Sexta-feira, às 20 horas. |
(Retirado do guia de Niterói).
Nesta sexta-feira, Aline Ribeiro cantará acompanhada pelo pianista e professor Marcílio Meira em recital gratuito no Conservatório de Música de Niterói. Aquele do centro, perto das barcas. O recital é composto de canções barrocas, árias de ópera românticas, Lieder e Negro Spirituals em leituras intimistas e sinceras do repertório. Vale a pena conferir!
domingo, maio 20, 2007
Música inglesa da cortes dos Tudors e Stuart, no Segundas Eruditas na UFF
O projeto Segundas Eruditas na UFF, produzido pela Divisão de Música do Centro de Artes UFF, apresenta o QUADRO ANTIQUO. Formado por Kristina Augustin e Mario Orlando (violas da gambá), Sula Kossatz (virginal) e Flávia Bonan (voz), o grupo, especializado em música renascentista, interpretará “Música de reis”, uma seleção de peças compostas no século XVII, para as cortes inglesas de Elisabeth I e James I.
Data: Dia 21 de maio, 21h
Local: Teatro da UFF (R. Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói – RJ) – 2629-5030 / 2629-5038
Ingressos: R$10,00 (e meia para estudantes, funcionários da UFF e maiores de 60 anos)
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Quantas vezes você teve a oportunidade de assistir a uma coisa assim ao vivo? Um espetáculo como este, a um precinho mínimo e a qualidade em músicos... Só não vai quem não tem noção :P É bom, lindo e barato! Pena que não pude colocar esta propaganda antes!
Para mais detalhes visitem o Guia Niterói.
Espero vocês lá, niteroienses e cariocas que gostam de boa música!!!
sábado, maio 19, 2007
Parece filme
Ontem, em algum dos telejornais que se vê por aí, houve uma matéria sobre o projeto "Copabacana", que se trata da iniciativa dos moradores do bairro para revitalizar o lugar, e trazer de volta a era de ouro do mesmo, que tanto atraía os turistas antigamente. Rolaram uns dados interessantes:
* Copacabana é o bairro mais conhecido do Brasil;
* Parece que é o bairro mais populoso do Rio;
* Mais da metade dos moradores são de terceira idade.
Então percebe-se que boa parte dos moradores, na realidade, não compraram seus imóveis recentemente, e sim o herdaram, ou compraram na dita era de ouro do Rio de Janeiro.
Fica claro que Copacabana não é bairro pra qualquer um (e parece que o qualquer um tá bem específico).
Assim como o Meireles em Fortaleza, que iniciou um movimento ostensivo de "moradia para estrangeiros".
A idéia é bem simples: Basta construir apartamentos que nenhum brasileiro possa comprar, então começam a vir os gringos.
Convenções imobiliárias a parte, vou ao que me impressionou na reportagem. Uma velhinha, provavelmente bem perto da hora da morte, é líder comunitária do bairro.
A imagem da senhora já assustava: Quilos de maquilagem, cabelo de arranjo floral, e aquelas roupas que só se usa depois dos 60, quando nenhuma outra dá certo.
Então, em um dos blocos da reportagem, comenta-se da senhora "e ela demonstra entusiasmo com o novo projeto".
Como assim, demonstra? Só se for por escrito, porque por expressões faciais é difícil. A única coisa que se via naquele rosto era idade.
Ela falava sobre o projeto, e descrevia o plano de revitalizar a Avenida Atlântica, e isso e aquilo outro.
A reportagem também mostrava outras participantes do projeto (três velhinhas que ficam vigiando a praia de noite das janelas de casa).
O número de assaltos reduziu em trinta por cento no bairro, o que é um triunfo, pois Copacabana está cercada por favelas.
Como uma grande casa de senhorio cercada por estábulos e chiqueiros lotados de escravos.
Porém, o ponto culminante da reportagem foi quando a velha, no quase alto e não tão bom som que sua idade permite, afirmou que "o verdadeiro problema do bairro, na realidade, são os moradores de rua".
Hein?!
Como se as pessoas que não tem onde morar ou simplesmente preferem não subir no morro feio, sujo e perigoso fossem como ervas daninhas em um jardim de petúnias.
Ora gente, por favor, né? Sabemos que o Brasil não é mais o país do futuro, e também sabemos que estamos longe de ser uma nação de primeiro mundo. Nações de primeiro mundo é que tem seus bairrinhos utópicos.
Simplesmente você não pode pedir que as pessoas deixem de morar na rua, seja onde for, se elas não tem para onde ir e como se sustentar fora de onde estão.
E outra coisa: A esmola em Copa deve ser bacana! O número de pessoas que passam ali todos os dias, loucas para pagar cem reais por um suvenir ou olhinhos brilantes deve ser fora de questão.
Também temos a mais legítima ação social carioca: O Criança Esperança. Onde entulham-se milhões de receita não declarada para a Globo e chegam alguns trocados para os pretinhos no morro pularem obstáculos e jogarem bola. Pão e Circo.
Vocês querem uma Copabacana? Querem mesmo acabar com a "feiúra" do seu bairro? Comecem a olhar pros lados e entender porque REALMENTE o problema acontece.
Isso sim se chama RESPONSABILIDADE SOCIAL. Se poucos tem muito, e muitos tem pouco... Não precisa-se pensar muito.
É sabido que em alguns países aí por fora, um dos maiores fatores responsáveis pelo desenvolvimento social, além da iniciativa do governo foi o MASSIVO INVESTIMENTO FINANCEIRO E INTELECTUAL DE ENTIDADES CIVIS E EMPRESAS PRIVADAS.
Gostaria de ter a lista aqui, mas em lugares como Estados Unidos, alguns emergentes da Europa, Ásia... Ao redor do mundo as pessoas não ficam na posição de "lavo as mãos" como no Brasil.
Não adianta sonhar com o Brasil de ontem, se os problemas são de hoje. Deve ser a milésima vez que falo em algum troço assim no blog.
Mas não dá gente, se a Copa que é bacana pouco se fode pra Roça que é só cano, eu não consigo ter simpatia pelo bairro cartão-postal.
Então continuem virando as latas de lixo que caem no chão, limpando calçada, reformando praça... Mas não culpem as vítimas por um problema que vocês não tem direito de atacar.
Se querem morar na areia da praia de qualquer lugar do Brasil, acredito que tenham este direito. Ainda estamos em um país mais ou menos livre.
Assumam os reais que sobram e comecem a pensar em como transformar, com inteligência e solidariedade EFETIVA¹, o nosso país inteiro em um Brasil Bacana.
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¹: A solidariedade não do que dá o peixe, mas que ensina como e onde pescar.
sexta-feira, maio 18, 2007
É assim que minha amiga cancela um jantar com macarronada
O "I Sêmola Festival" foi cancelado!!!!
A responsável pela organização do evento alega problemas na venda dos convites, parece que houve falsificação e o número de vendas foi maior do que o planejado!
Em breve entraremos em contato com a divulgação da nova data!
Atenciosamente,
Equipe Semola S.A.
(Tô chorando de rir até agora!)
quarta-feira, maio 16, 2007
Olha que lixo!
O argumento é que a wikipédia é liberal demais. Eu me pergunto o que isso significa... Liberal me passa uma idéia de "liberar" (permitir). Logo algo da má fama da wikipédia se confirma: Alguns textos são incompletos, mal-feitos, ou errados. Porém, a grande maioria de textos formais (materiais de pesquisa científica) estão em perfeito estado.
Talvez "liberal" signifique "não tendencioso". Agora vemos o real caráter americano. Um excesso de preocupação com a objetividade da própria ignorância e total displicência com a realidade factual.
Ainda não conheço o conteúdo do site a fundo. Mas tenho certeza que não é recomendável para as mentes mais influenciáveis. Liberdade de expressão? TIREM ESSA PORRA DO AR!
segunda-feira, maio 14, 2007
Impressão
Há uma insistência por repetições e coisas girando na vida. Inclusive a cervejinha, a tal da Skol. Tudo gira. Nada é novo na natureza, tudo se reinventa...
Em algum momento do dia assisti a uma daquelas entrevistas sobre pessoas que eu não conheço, era um tal de Doutor Beleza, não lembro do canal.
O caso é que o sujeitinho era brasileiro, morou vinte e tantos anos nos Estados Unidos, e ficou com um sotaque dos diabos. Imaginem sotaque do interior de São Paulo com algo americano. Úi.
A entrevista era o cúmulo do tédio, até o sujeito começar a falar sobre como se sentia ao voltar pra casa. Algo como "foi aqui que fui mais feliz", e não sei o que lá.
Me deu um estalo quando o assunto foi pra esse lado, e a bendita caixinha ainda me fez o favor de passar documentários no nordeste sobre a morte (ontem), alguma coisa sobre o rio São Francisco... Um show de referências.
Então logo minha cabeça foi parar lá, na cidade-forte. No reino do vazio e da saudade...
Lá eu não era ninguém - só o caçula de uma caçula, e um afortunado vivendo no tédio mais divertido que se pode ter. Baladas, amigos, issos, aquilos... Mas algo faltava.
Ei, você também já sentiu isso, não? "Está perfeito demais. Que saco!" Então você junta esperança com cara-de-pau e um pouco de loucura e vai. Seja lá pra onde for, e você vai.
Daí as mudanças começam... Você bebe daquelas águas, você faz e diz aquelas coisas, e em pouco tempo deixa de se reconhecer. As velhas fraquezas não existem, as velhas dúvidas também não.
Então o seu passado torna-se utopia emoldurada e distante... Um sonho de perfeição estacionária. O mais alto ideal de paz, de virtude.
Me parece que, sempre quando nos encontramos longe do meio comum, passamos a nos sentir menores, porém mais capazes. O mundo se torna uma besta a ser enfrentada. E o próprio ego se apresenta com outras cores.
Tudo é novo - tudo é extremamente humano, e o tempo pássa mais devagar. A sensação é viciante como montanha russa ou big jump. Você tem a sensação de que o mundo todo cái ao alcance, a curiosidade beira o infinito.
Porém a velha segurança, a cerquinha de madeira se desfaz... E percebemos o nosso tamanho (ou pior, nos vemos bem menores do que realmente somos). Mas algo é fato: O tamanho do horizonte visível faz tudo parecer menor.
Então perdoar os velhos inimigos já não é tão difícil, relevante. Vencer os eternos medos é banal, tornar-se outra pessoa é como trocar de roupa - uma coisa de estação.
A pergunta, apesar de toda esta beleza monstruosa, ainda insiste: O que muda? O que fica? O que deve mudar? O que deve ficar?
Talvez nós nunca mudemos de fato... Existe sempre uma coisa luminosa bem no firmamento de cada pessoa que está lá - intacta, haja o que houver. O que têm-se mudado é apenas a relação do indivíduo consigo mesmo...
Como diria um certo personagem de RPG: "What can change the nature of a man?"
E eu respondo: Apenas seus olhos.
domingo, maio 13, 2007
Olha que graça...
German Mountain - Morro do Alemão
Big Field - Campo Grande
Nice to meet you - Encantado
Will Go now - Irajá (essa é muito boa)
O walk there - Andaraí (rs..)
Dry Square - Praça Seca
Set fire - Botafogo
Customers - Freguesia
Set black people free - Abolição (sem comentários...)
Very very Holy - Santíssimo
Wait a minute - Paciência
Setting free - Livramento
Good Success - Bonsucesso
Very deep island - Ilha do Fundão
Grandson Rabbit - Coelho Neto
Hard Cover - Cascadura
Priest Michael - Padre Miguel
Mercy - Piedade
It's very cheap! - Pechincha
Nice stay - Benfica (putz)
Bless you - Saúde
Flag Square - Praça da Bandeira
Flagmen Funtime - Recreio dos Bandeirantes
Small Farm - Rocinha
Holy Cross - Santa Cruz
Hello, smile - Olaria (1º lugar)
Mango Tree - Mangueira
Inside Mill - Engenho de Dentro
Alligator to the water! - Jacarepaguá (excelente!!)
Ô povo criativo, meu Deus!
terça-feira, maio 08, 2007
Hoje me sinto assim
wie er lächelt,
wie das Auge
hold er öffnet ---
Seht ihr's, Freunde?
Seht ihr's nicht?
Immer lichter
wie er leuchtet,
stern-umstrahlet
hoch sich hebt?
Seht ihr's nicht?
Wie das Herz ihm
mutig schwillt,
voll und hehr
im Busen ihm quillt?
Wie den Lippen,
wonnig mild,
süßer Atem
sanft entweht ---
Freunde! Seht!
Fühlt und seht ihr's nicht?
Hör ich nur diese Weise,
die so wundervoll und leise,
Wonne klagend,
alles sagend,
mild versöhnend
aus ihm tönend,
in mich dringet,
auf sich schwinget,
hold erhallend
um mich klinget?
Heller schallend,
mich umwallend ---
Sind es Wellen
sanfter Lüfte?
Sind es Wogen
wonniger Düfte?
Wie sie schwellen,
mich umrauschen,
soll ich atmen,
soll ich lauschen?
Soll ich schlürfen,
untertauchen?
Süß in Düften
mich verhauchen?
In dem wogenden Schwall,
in dem tönenden Schall,
in des Welt-Atems
wehendem All---
ertrinken,
versinken ---
unbewußt ---
höchste Lust!"
- De "Tristan und Isolde", ópera de Richard Wagner.
Não gosto muito da sensação... Mas é mais ou menos isto. Algo como estar esquizofrênico!!!
O sentimento do tempo
Eu vivo dizendo que não dou a mínima pra aniversários¹, o problema é que eu ligo pra isso sim, e muito. Porém, como muitas pessoas eu sou frustrado com a data.
Frustrado e neurótico. Em 2005 aconteceu uma coisa muitíssimo triste com alguém da minha família numa data muito próxima ao meu aniversário. E apesar de qualquer coisa é uma pessoa muitíssimo querida pra mim. É uma daquelas tias que sempre liga em aniversário, na realidade sempre liga por qualquer coisa, pra saber como estou, o que estou fazendo...
Na realidade não deveria dizer no presente, e sim no pretérito. Ela ligava. Não liga mais... Sofreu um acidente que a impede de certas autonomias.
E em outros aniversários meus já aconteceram coisas piores, como trotes extremamente ameaçadores e coincidências sinistras. Daí fiquei com a neurinha sobre aniversário.
Este ano infelizmente não teve festinha (raramente tem. Na realidade meu aniversário era mais uma desculpa pro João me arrastar pra comer pizza lá em Fortaleza) ou outra coisa. Foi um dia comum, mas mais frio do que deveria ser... Estava muito, muito frustrado.
Não era uma frustração comum... Era uma coisa como frustração e culpa de ter matado o Papa. E o Papa se chama 'Cronos'.
Ok, eu queria que chuvas de meteoros côr-de-rosa banhassem o céu, e que trombetas celestiais anunciassem meu vigésimo primeiro outono. Sério, queria mesmo. Mas não me dei conta que preciso usar muito LSD pra isso acontecer (e definitivamente esta não é a minha moda, exceto pelo I-Doser, haha).
Daí me frustrei quando percebi o que me frustrava: As projeções.
Quando tinha, sei lá, uns quatorze anos, estava conversando com a minha amada amiga Carol, a Carolzinha, amiga vaca, que me acompanhou na fase mais confusa de um adolescente gay.
Eu estava naquela época de sair de armário, e lá estava ela ao meu lado, sorrindo como uma estátua de Vênus, me dizendo que tudo ia ficar bem, seja lá como fosse.
Então, nesta conversa, estávamos pensando como seria nossa 'adultíce'... E como eu imaginava coisas diferentes... Sonhos taurinos:
Queria estar fazendo alguma faculdade que me desse um desses estágios remunerados legais, e também usar roupinha de playboy e ter malhado durante uns três anos.
E lá estaria eu - com tudo em cima.
Daí eu olhei pra quem eu me tornei... E pensei "puta que pariu, que diabo é isso?"
Fiquei muito perturbado quando observei o que conquistei. Falo insistentemente do MEU patrimônio intelectual principalmente. E eu não tenho qualquer autonomia, qualquer segurança nisso.
Meus próprios valores vivem constantemente abalados com tanta novidade que a vida me mostra... E essa sensação da responsabilidade adulta, da memória do fim, do sentimento do tempo me perturbou demais. Quase me matou.
Era como se eu sentisse culpa por estar vivo. Quando me lembro do que certas pessoas já fizeram por mim, me dá vergonha, remorso de não poder mostrar nada melhor pra elas. E não se trata de auto-piedade, e sim de um sentimento triste de que não sou quem deveria.
Pode-se dizer que eu exijo demais de mim, e desejo coisas impossíveis, mas o que acontece é que eu não sou um gambler, não gosto de dar tiros que não sejam certeiros, não gosto de me sentir na frente de um abismo. A vida já é confusa demais para escolhermos mais e mais caos.
Então pode-se dizer que a falta de certezas, de fatos, e do poder me fizeram perder interesse pelo mundo, de certa forma. Eu me desconectei de mim - hoje percebo isto.
Preciso me sentir útil, querido, integrado, e em constante movimento para frente. Mas me sinto estacionário devido a várias circunstâncias que muitos brasileiros também se encontram. Vivemos em um país cretino sem lugar para sonhadores e suas utopias.
" - Um dia você vai se acostumar com a frustração. De repente vai ficar até bem fácil lidar com ela. O mundo é um lugar muito sem graça, mas você aprende a lidar com isso."
" - Eu não, não sou como você!"
(Mother Pitt e Harper em "Angels in America")
Logo conclui-se que preciso achar uma solução. E até lá preciso ter certeza de que minhas raízes estão firmes, e de que não virão lenhadores acabar com meu barato. Ó vida...
--- ---
¹: Como todo bom frustrado eu esqueço do meu pra lembrar bem dos outros. Tenho datas de aniversário e signos ascendentes e lunares de quase todos meus amigos BEM decorados.
segunda-feira, maio 07, 2007
domingo, maio 06, 2007
sexta-feira, maio 04, 2007
O que você faria?
Mas este ano vou exagerando: Eu sei que vai acontecer alguma coisa. Só não tenho certeza se vou gostar :-\
Eu e meus sonhos loucos...
O pesadelo era meio tosco pra falar sério... Eu me lembro que estava eu e mais umas três pessoas em uma praia à noite (não tem coisa mais pavorosa do que praias em noite de lua nova) e haviam umas barracas muito fuleragem com uns tanques de água dentro.
Eram basicamente piscinas pequenininhas enfiadas na terra, feitas de alguma madeira que só existe em sonho (pra não deixar a água passar, putaqueopariu né? Madeira de borracha!)
Daí, eu e estas pessoas estávamos procurando alguma coisa nestes benditos tanques de água, até que um terrível peixe-morcego saltava de um dos tanques e começava a nos perseguir, correndo sobre a areia com aquelas patinhas de palito de picolé.
(Falei, o sonho era tosco! Mas imagine estar sendo perseguido à noite por um peixe com cara de brinquedo do Cão, patinhas de palito de picolé e uma cauda de escorpião gigante? Pois é, forcei a barra - sou um cara criativo!)
Daí nós fugíamos do peixão em desespero, enquanto os outros seres que dormiam nos outros tanques despertavam, e era um pior que o outro (alguma coisa como uma estatueta voadora do Oscar, uma barra de chocolate branco com garras e presas e um diabrete com jeito de miniatura de gogo-boy).
O resto vocês já sabem, no sonho alguém morre, corremos em desespero e eu acordo (com as narinas entupidas). Que saudades que eu tenho dos meus sonhos na lua ou nos lugares mitológicos com seres mágicos que eu invento. Ó vida, ó sonhos ruins...
quinta-feira, maio 03, 2007
E a foto?
Só uma brincadeirinha tosca com meu lado menos compreensivo. Me identifico muito com pessoas como ele, mas não me vejo longe do modelo capitalista, e dependendo da minha disposição eu poderia facilmente me tornar um assassino de políticos FDP.
Mas eu prefiro simplesmente reclamar e esperar que alguém suje as mãos por alguma coisa que não vale a pena. Todos nos veremos novamente aos pés do Criador, não é essa a história?
Dungeon & Dragonsmania!
Em tardes como a de hoje, há quatro ou seis anos, eu e meus companheiros de jogo estaríamos enfiando a cara em papéis com coisas engraçadas escritas, e jogando provavelmente até a madrugada.
Lembro de ter me desentendido com o jogo por muito tempo. Essa coisa de toda de "AD&D obsoleto", dificuldade pra encontrar jogadores, toda essa balela. Daí, um dia, por acaso, eu conheci um pessoal em um shopping de Fortaleza e retornei aos bons dias com a jogatina.
O engraçado do RPG é que não interessa se você adora as pessoas com quem você joga: Uma hora você começa a entender o papel de cada um, e inclusive aprende a gostar dos aparentes inúteis. É bem legal.
Dependendo do ritmo, as pessoas te surpreendem rapidinho, desfazendo seus terríveis truques de mestre e mostrando que mesmo sem roubar dá pra ter várias cartas na manga.
Apesar do jogo em si, uma coisa que ainda me irrita é o fato de muita gente ainda considerar o RPG uma coisa perigosa, desaconselhável . É chato saber disso, mas eis minha impressão sobre o assunto:
Que porra de jogo é esse?
Provavelmente muitos papais e mamães devem ter-se feito esta pergunta quando seus moleques chegavam em casa com livros grossos sobre vampiros e monstros mitológicos, e muitas pessoas ficam assustadas com a falta de pudor que a molecada trata isso tudo.
Ficam apavoradas daquele troço todo ser uma forma subliminar de 'contrato diabólico' ou 'bíblia satãnica'. Gente, não sejam burros: Assim como se jogava 'Escravos de Jó', ou 'Amarelinha', o RPG é um jogo que explora lá os seus politicamente incorretos. Mas não é uma tentativa de subversão.
É só uma forma pouco convencional de lidar com temas não-convencionais. Outra comparação aqui é a literatura, os filmes, todo este universo que é composto pela mente humana. Portanto não há nenhum mal em inventar histórias de caçadores de vampiros, ou montadores de dragões. É tudo ficção.
Sinceramente devo muitíssimo ao RPG a minha capacidade de inventar coisas do nada, de pensar criativamente, e num nível mais profundo, a capacidade de me colocar no lugar de outras pessoas, de imaginar como seria se... É isto que um jogador de RPG mais faz: Pensa criativamente.
Todo pai e mãe tem obviamente o direito de selecionar quais conteúdos seus filhos devem ter acesso, óbvio. Mas pensem nisso: Se meu filho convive com as cenas despudoradas das novelas das oito, convive com a morte e a miséria que a televisão propaga, e está inteiro, então ele sabe lidar com isso. O que o impediria de lidar com capas, espadas e a própria criatividade?
quarta-feira, maio 02, 2007
Para rir (ou chorar)
andremavesck@gmail.com diz:
oi qm é (vc)*?
Ramir semi-ocupado diz:
A pergunta é: Quem é você
Ramir semi-ocupado diz:
Você que me adicionou
Ramir semi-ocupado diz:
Sái visitando perfil em orkut e adicionando
Ramir semi-ocupado diz:
coisa feia hômi
andremavesck@gmail.com diz:
de ond?
Ramir semi-ocupado diz:
Vamo, te vira pra lembrar
andremavesck@gmail.com diz:
deve ter me add e não lembra
Ramir semi-ocupado diz:
Não querido, eu não adiciono pessoas sem um booom motivo. Você adicionou depois de visitar meu perfil no orkut
Ramir semi-ocupado diz:
"(link para o perfil)"
Ramir semi-ocupado diz:
Po cara, que memória de peixe a tua, hehehehe
A mensagem a seguir não pôde ser entregue a todos os destinatários:
Po cara, que memória de peixe a tua, hehehehe
andremavesck@gmail.com diz:
VOU VER QUEM É
Ramir semi-ocupado diz:
úi
Ramir semi-ocupado diz:
que memória de peixe, meu Deus
andremavesck@gmail.com diz:
rs...
andremavesck@gmail.com diz:
desculp
andremavesck@gmail.com diz:
pode fazer um favor pra me?
andremavesck@gmail.com acabou de pedir a sua atenção.
Ramir semi-ocupado diz:
fala diacho
andremavesck@gmail.com diz:
rs..
andremavesck@gmail.com diz:
calma
Ramir semi-ocupado diz:
to calmo criatura
andremavesck@gmail.com diz:
manda um scrap no meu orkut aí
Ramir semi-ocupado diz:
pra que?
Ramir semi-ocupado diz:
mandai teu perfil
andremavesck@gmail.com diz:
não precisa mais já estou no seu orkut
Ramir semi-ocupado diz:
blz
andremavesck@gmail.com diz:
vendo suas fotos
Ramir semi-ocupado diz:
Ué, mas só aparece dois dias depois
Ramir semi-ocupado diz:
manda scrap
andremavesck@gmail.com diz:
eu mandar pra (que)*?
Ramir semi-ocupado diz:
scrap
andremavesck@gmail.com diz:
pra (que)*?
Ramir semi-ocupado diz:
Nada, deixe quieto
andremavesck@gmail.com diz:
ok!
andremavesck@gmail.com diz:
vlw
Ramir semi-ocupado diz:
rua
Ramir semi-ocupado diz:
xô
A mensagem a seguir não pôde ser entregue a todos os destinatários:
rua
A mensagem a seguir não pôde ser entregue a todos os destinatários:
xô
*: Emoticons que não carregaram durante a conversa.
E ele ainda achou ruim eu ter achado ruim.
HUMPF!