quarta-feira, dezembro 12, 2007

Novela aérea II

Bem que eu disse que nunca mais iria passar fome em aeroporto. Realmente não passei. O lanche da volta ficou em R$ 1,90! E se não tivesse levado teria feito uma falta danada, pois o povo do Galeão não sabia dar informação de nada.
O caos não é aéreo, é terrestre... Abrem por engano o portão para os pobres belo-horizontinos voltarem para suas casas; dizem que a aeronave está aguardando autorização para pouso; depois era o ônibus que não havia para levar os passageiros até o avião; depois não tinha gente para dirigir o busão; por fim, aguardando autorização para decolagem. Passei 4 horas dentro de um avião no chão. Com 5 horas dentro de um carro eu teria conseguido chegar a Belo Horizonte.
O pior nem foi isso... foi dar de cara com a mesma tripulação que me trouxe de Curitiba. Fazer conexão no MESMO avião é sacanagem!
Mais uma coisa que aprendi sobre aviação: jamais fazer conexão no Galeão.

domingo, dezembro 09, 2007

Curitiba sem reais - parte III


Estou gostando disso de escrever aqui todo dia. Vou fazer sempre...

Ando de ônibus sozinha por aqui, não me perdi até agora. A passagem é R$ 1,90 durante a semana e aos sábados, e no domingo é R$ 1,00. VIU, BELO HORIZONTE, É BOM COPIAR CURITIBA NO PREÇO TAMBÉM!
Ontem fui ao Jardim Botânico, tirei fotos maravilhosas e estou encantada com a beleza e o cuidado que os curitibanos têm para com a cidade. Há muitas praças por aqui, e adorei ter visto, em pleno Centro, a galera sentada na grama tocando violão.
Nessa do Jardim Botânico, cara-de-pauzíssima-mor que sou, aproveitei a guia de uma turma de catarinas que descia de um ônibus de turismo. Como ela falava e eu não sou surda, acabei sabendo que essas florezinhas todas são trocadas a cada início de estação.
09/12 - Feliz Dia do Fonoaudiólogo!

sábado, dezembro 08, 2007

Curitiba sem reais - parte II

A conexão

Se um tal de Ademir Lopes aparecer na minha frente, eu caceto ele! Sujeito despacha a mala e não entra no avião...
Aí chego no Galeão, uma chuuuuuuva danada, o avião deu umas duzentas voltas em torno da cidade para poder pousar. Na hora em que recebeu autorização, ele foi de uma só vez, cara doido... eu acho que ele deve ter pensado: "é agora ou nunca!" E vuuuuuccchhhhh!!
Nenhum dos meus amigos (Nikki Saint, Maître D'Or e Bibi) estava lá para me receber, magoei! :´-(
Oh aeroporto desorganizado aquele... ninguém sabe dar informação de nada... mas deu tudo certo, e eu cheguei a Curitiba às 23:20.

A chegada

Dona Antônia, que tem uma república de moças, foi lá me buscar. A hospedagem? 60 reais pelos 4 dias.
Hoje de manhã, dia 8, tive que ligar para a mamãe. Adiantou muito eu comprar crédito para o celular, ele só funciona para receber mensagens aqui... que ódio. Comprei um cartão e o total com comunicações até agora está em R$ 25,80.
Estou procurando a Universidade Federal desde as 9 da manhã. Uma senhora me disse que era "logo ali, no final da avenida". Das duas uma: ou a senhora era mineira ou o ali do paranaense é igual ao ali do mineiro!

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Curitiba sem reais - parte I

O início

Para variar, mais uma vez estava eu navegando de madrugada.
Era 21 de novembro quando entro no site da Gol para ver se a passagem para Curitiba ainda estava 100 reais, o que já me animava bastante em relação a conhecer pessoalmente o meu fornecedor. Coincidentemente, esse foi o dia em que a promoção “Cinqüentinha, Cinqüentão” entrou no ar e, qual não foi minha surpresa quando, ao procurar a o mesmo trecho novamente, descubro que ele estava R$ 0,50 ida e R$ 0,50 a volta!
Sim, era problema do sistema da Gol, mas, como eu não tenho nada a ver com isso, cara-de-pauzíssima que sou, comprei assim mesmo. Total: taxa de embarque + tarifa + taxa de envio: R$ 42,24. Liguei para lá e eles confirmaram minha reserva, ou seja, eu vou!
O executivo que vai até o aeroporto de Confins custa R$ 6,45 + R$ 0,30 de taxa de embarque na rodoviária de Belo Horizonte. Como eu sou uma pessoa a pé, o coletivo que me deixa na porta de casa custa R$ 2,40; contando ida e volta, só de passagem ficou tudo em R$ 60,54.

Execução do plano

É manhã de 6 de dezembro.
Acabei de voltar do supermercado. Comprei pão integral, suco light, presunto de peru e mozarela de búfala. O total deu R$ 5,74, o que dá para fazer uns 13 mistos.
Uma garrafinha de água mineral custa R$ 1,00, dissolvo o suco dentro dela e pronto. Acabou a água? Não tem problema, no bebedouro do aeroporto tem mais.
Brasileiro que não viaja acha que tem que fazer um banquete quando entra no avião. Foi-se o tempo em que se serviam faisões ao molho de alcaparras a bordo; hoje em dia o que as companhias fazem é cortar custos, mas, Gol, pelo amor de Deus, um saquinho de amendoim de Manaus a Brasília vocês estão de sacanagem com o pobre passageiro! Ainda mais depois de tanto atraso! [mode hungry blue=on]
Como eu ia dizendo, quem já acompanha as postagens de Gaakinha vai se lembrar de quando citei o caso dos argentinos que lancharam no vôo sem a menor cerimônia (http://especulante.blogspot.com/2007/08/novela-area.html). Pois então, farei o mesmo, já até preparei o pote no qual levarei os sanduíches. Vou fazer conexão no Galeão ainda, ficar 4 horas no aeroporto e, com fome, não dá certo. Sem contar que R$ 5,70 é o preço de um expresso com um misto num aeroporto. Ninguém merece.
Total de lanche: R$ 6,74 (ida)

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Futebol: a vergonha nacional

Ontem quase fico sem nariz.
Torcedores do Cruzeiro iam cantando felizes da vida no ônibus em que eu estava. Atleticanos na rua não gostaram e mandaram pedras no pessoal, sem dó nem piedade. Vidros estilhaçados, duas pessoas feridas, crianças e senhoras apavoradas. Isso definitivamente não é costume de gente civilizada, e quando digo aos nortistas, especialmente os manauaras, para não copiarem o sudeste, eu tenho razão.
Graças a Deus o motorista avançou o sinal vermelho para fugir dos atleticanos, senão a tragédia seria completa. Até havia um que queria descer do ônibus para matar o sujeito que jogou a pedra, mas eu, quase querendo apanhar numa hora dessas, mandei-o ficar "na dele", que não valia a pena esse tipo de baixaria. Conferi se estava todo mundo bem, ajudei os feridos, e, passado o susto, o motorista parou no pronto-socorro, a galera desceu, e então eu comecei a falar sem parar, sem ponto, sem vírgula, sem nexo, de tão nervosa.
É, pessoal, está na hora de pensarmos num projeto de lei que retira pontos dos times cujas torcidas venham a cometer atos de vandalismo, violência e desrespeito. Só resta saber se uma lei dessas pegaria no Brasil sem quebra-pau.

Aliás, que lindo o rebaixamento do Corinthians! Realizou o sonho de uma nação inteira!