sábado, julho 28, 2007

O admirável mundo novo do 'eu já sabia...'

É muito foda mudar de professor de técnica vocal como macaco pula de galho em galho - cada um diz uma coisa, e a confusão é generalizada. Daí eu já fui de tudo: De baixo a barítono brilhante até tenor ligeiro (inclusive hautecontre), meio-soprano dramático e por fim a novidade: Tenor.

Aí diz-se: Tá, daí?

Me lembro que, quando comecei a estudar, com meus, sei lá, quinze anos, eu cantava árias de tenorzão na entoca e de brincadeira. Coisas como 'Nessun Dorma' e 'Ah! Leve-toi', mas não me levava a sério. E quando ia pras aulas de canto, entendia "cantar leve" com apertar a voz... Daí as atrocidades começaram.

Muito tempo se passou, e casualmente, cantei uma certa música mais pesada pro meu professor, e o cara soltou: "Acho que a sua voz é mais pesada do que você tava imaginando." - E em outra ocasião foi um "acredito que a sua voz é feita pra isso" (referindo-se ao Calaf de Turandot).

Finalmente eu entendi porque não conseguia nem de jeito nenhum emitir aquelas notas leves e tão ágeis que outras pessoas com meu possível tímbre conseguem tão fácil. Mas lá no fundo eu me dizia "já sabia, já sabia..." De repente eu me vesti dessa coisa de tenor leve, muita ressonância, música antiga (como uma frustração) porque gostava mesmo.

Mas hoje não - hoje assumi o esporreiro, o bicho, o monstrengo que parece um barítono. E CHEGA DESSA PORRA DE CLASSIFICAR O XIXI DO MONGE! É spinto, é spinto mesmo porra.

(Aguardem! Um dia vocês me ouvirão cantando 'Erlkönig', vai ser babado).
Ultimamente o clima aqui no Rio de Janeiro está, como diz-se, atroz. É um frio de lascar, vento cortante, nenhuma alma viva nas ruas. Medonho. De repente é a cidade lamentando pelo fim do Pan Americano (já vai tarde!)

Definitivamente o Rio não combina com essa coisa de dia frio - por mais que as pessoas aqui tenham-se adaptado ao gênio incontrolável da mudança de estações, a cidade parece que entra de luto. Não é como São Paulo ou outros lugares - onde tudo fica gelado, e o pessoal sai de casa amarradão.

Aqui é realmente engraçado: Você sai de casa, digamos, com uma camiseta qualquer. O dia está aberto, céu azul, e tal... Trinta minutos depois começam a voar facas, uma chuva desgraçada banha a cidade e você passa frio!

Daí conclui-se que as mochilas cariocas devem ter de tudo, além dos eventuais e conhecidos livros, cadernos, camisinhas, rolinhos de erva, pistolas (peguei pesado mesmo, fazer o quê) o pessoal tem que andar com muda de roupa, guarda-chuva e patuá (um pra não ser assaltado, e outro pra não errar o caminho de casa). Cidade grande é isso mesmo.

quarta-feira, julho 25, 2007

terça-feira, julho 24, 2007

Homenagem...

Ao meu tio Agamenon de Almeida que faleceu semana passada aqui no Rio de Janeiro.

Não fosse por um convite torto do Agamenon para que eu ficasse aqui, jamais teria descoberto possibilidade de vida fora de Fortaleza, e não teria conhecido os amigos que fiz aqui, nem aprendido o que aprendi... A trancos e barrancos fiquei um tempo na feira de São Cristóvão, e Agamenon fez o possível para que eu ficasse, e fiquei. Sou muito grato ao Rio de Janeiro pelo que consegui, e muitíssimo grato ao presidente da feira, ao líder, ao político, ao meu familiar, o mais próximo que eu tive da presença do meu também falecido pai, aqui no Rio de Janeiro.

Que Deus o tenha Agamenon.

sexta-feira, julho 20, 2007

Um belíssimo poema

Como uma extensão do artigo "eu odeio gente fresca", um amigo encontrou este belíssimo poema, do qual não conheço autoria. E as verdades vem em versos...

O pássaro do rico é canário
o pássaro do pobre é urubu
o rabo do rico é ânus
e rabo de pobre é cú.
a moça rica é bacana
a moça pobre é xereta
a periquita da rica é vagina
a da pobre é buceta.
o rico correndo é atleta
o pobre correndo é ladrão
o ovo do rico é testículo
o do pobre é culhão.
a esperança do rico vem
a do pobre já se foi
a filha do rico menstrua
a do pobre fica de boi.
o rico usa bengala
o pobre usa muleta
o rico se masturba
o pobre bate punheta.
mas a vida é assim mesmo
seja no norte ou no sul
o rico toma champanhe
e pobre toma no cú.

Se você é, ou conhece o/a responsável pela façanha, entre em contato!!! Preciso mostrar os gênios deste Brasil!

quinta-feira, julho 19, 2007

Gente fresca

Eu odeio gente fresca.

Tenho as minhas neuras, os meus tiques, mas se tem um tipinho que não desce é gentinha louca pra esfregar a fuça em cocô de porco e não se mete na lambança. Detesto os "caraca" ao invés de "caralho", detesto os "p" em vez de "puta"... O português é uma língua linda, mesmo em suas formas mais obscenas.

Sinceridade no falar traduz a sinceridade do pensar.
(E não confundir educação com falta de liberdade de expressão - afinal até o Imperador, finado Dom Pedro, falava seus "caralhos"...)

Acidente aéreo da TAM

Recentemente houve um acidente dos mais terríveis, um avião vindo de Porto Alegre pra São Paulo se chocou com um prédio no aeroporto e explodiu. Todos dentro do avião tiveram mortes horríveis sob altíssimas temperaturas. Foi um inferno.

O que me irritou foi uma notícia que vi no jornal hoje: "Galã da TV Globo escapa de tragédia em avião da TAM".

COMO SE ISSO FOSSE FAZER A COISA MENOS TRÁGICA.

FODA-SE GALÃ DA GLOBO!

Tenor spinto

Só me faltava essa.

(Coisas começam a fazer sentido...)

sexta-feira, julho 06, 2007

Can YOU tell?

Você é bom mesmo em descobrir se a sua amiga é amigo ou visce-versa? Aí vai um link pra você saber se é bom de chute no gênero de nascença de algumas beldades.

Can you tell?

quinta-feira, julho 05, 2007

It was an English ladye bright,
(The sun shines fair on Carlisle wall,)
And she would marry a Scottish knight,
For Love will still be lord of all.

Blithely they saw the rising sun
When he shone fair on Carlisle wall;
But they were sad ere day was done,
Though Love was still the lord of all.

Her sire gave brooch and jewel fine,
Where the sun shines fair on Carlisle wall;
Her brother gave but a flask of wine,
For ire that Love was lord of all.

For she had lands both meadow and lea,
Where the sun shines fair on Carlisle wall,
For he swore her death, ere he would see
A Scottish knight the lord of all.

That wine she had not tasted well
(The sun shines fair on Carlisle wall)
When dead, in her true love's arms, she fell,
For Love was still the lord of all!

He pierced her brother to the heart,
Where the sun shines fair on Carlisle wall –
So perish all would true love part
That Love may still be lord of all!

And then he took the cross divine,
Where the sun shines fair on Carlisle wall,
And died for her sake in Palestine;
So Love was still the lord of all.


Now all ye lovers, that faithful prove,
(The sun shines fair on Carlisle wall)
Pray for their souls who died for love,
For Love shall still be lord of all!


Sir Walter Scott (1771 – 1832)

terça-feira, julho 03, 2007