domingo, abril 29, 2007

Como esfria rápido aqui!
Há uma semana cozinhava-se em casa. Hoje congela-se! Não há sistema imunológico que resista!!!

sábado, abril 28, 2007

Mais uma vez

E então vou fazer vinte e um anos daqui há menos de um mês.

Não sei porque estou me incomodando tanto com esta data, meus dezoito anos foram carregados de um exagero em preocupações, --- como os de muita gente --- entretanto estes vinte e um estão me tirando do sério.

Parece que, na minha cabeça, só agora mesmo é que eu posso me considerar de maior, (em vários países aí por fora, a maioridade só acontece aos vinte e um), e então a segunda maioridade deve estar me pondo nos extremos.

São todas aquelas questões que nos fazem ver e rever os mapas astrais, jogar e insistir no tarot, rezar à mil deuses para encontrar um bom caminho, porém tudo são dúvidas. Milhares delas.

Preferiria não me perder nas velhas e cansadas projeções, mas me lembro do trecho de um poema que escrevi em torno de 2002 (um ano de cão - não do cão), onde dizia mais ou menos isto:

"E então deixo um final feliz
para aqueles que não se cansam
e talvez não se casam
nem moram numa casa de cerquinha branca
até que a morte os leve para o lugar mais lindo de todos:
A Verdade."
Parece uma sensação de desespero, uma insistente crise existêncial como gostam de pintar os entusiastas do mundo cool¹. Mas não é isto. É uma daquelas questões que exigem reflexão.
A situação é que sinto como se eu não tivesse vinte e um anos². Era como se algo tivesse impedido o tempo de passar, e minha cabeça estivesse tremendamente ocupada pensando em como o mundo, (não simplesmente o meu), deveria ser.
Vivo muito preocupado com a vida alheia. Com a sensação de que as coisas poderiam estar melhores, poderiam ser ideais. Todo esse lance de 'depressão - o mal do século', 'solidão na multidão'.
Sinto como se eu tivesse uma receita milagrosa pros problemas de todo mundo, mas não sei como diluí-la nos sprinklers do mundo.
É uma sensação obcecada de que as coisas precisam ficar bem, e que as pessoas precisam ser felizes violentamente. A coisa é tão séria que morri de chorar hoje enquanto assistia um programa na TV sobre empregadas domésticas e seu estilo de vida³.
Era como se cada uma delas fosse a minha própria mãe, ao mesmo tempo que são todas as pessoas que eu gosto, e eu também. Uma coisa muito desesperadora. Algo como se afogar na dor do universo inteiro.
Pediria-se e muito um pensamento prático e analítico sobre isso, mas sinceramente eu não quero deixar que isto se apague. De alguma forma eu sinto que meu vigésimo primeiro aniversário não vai ser o que a minha cabeça doida queria que fosse, mas uma força ou simplesmente uma paranóia ridícula me força a isto.
Me força à sensação de empatia, de humanização pela minha espécie. Por aqueles que eu amo, e por aqueles que eu desprezo. E se há algo que eu quero aprender é como tocar o coração de cada ser humano, e fazê-los entender como é inexplicável perceber que alguém existe, e que só há aquela pessoa. Única.
Eis o meu delírio: Seja quem você for, esteja onde estiver, goste de quem gostar, odeie quem odiar - mas ame, viva, tenha esperança em si mesmo. Não precise de Deus, não precise de nada nem ninguém, apenas siga, compreenda e ame, ame muito aquilo que lhe for dado. E acima de tudo seja feliz, e viva.
Viva com a sensação visceral que só há um de você em tantos universos ou realidades que puder imaginar. E que você faz parte do impossível - você existe!
--- ---
¹: A tendência desses mesquinhos dos movimentos 'Smiligüido, em prol de um mundo em retrocesso', ou dos 'Fodões, fodões' é de não se questionar e reclamar sobre nada. Tudo está irremediavelmente bom, e onde deveria estar - por mais que te incomode ou dôa. O mundo não é cool, eu não tô na moda, nem assisto malhação e bebo refrigerante! (E morra, não jogo tênis!)
²: Não tenho vinte um anos completos ainda. Mas como é hábito de brasileiro, a gente arredonda pra mais.
³: Sobrevida é o mais correto. Como é injusto a vida destas mulheres. Dão o sangue e a vida por patrões que mal lhe assinam as carteiras de trabalho, e cobram a devoção de cães de guerra. Pelo amor de Deus gente, cuidem melhor de seus contratados domésticos. Estas pessoas também são humanas. Não são escravos natos, tem sonhos, tem limites!

quarta-feira, abril 25, 2007

A ditadura vocal

Mais um sobre música.

E então o sujeito compôe um tremendo conjunto de canções, e canções (Lieder, chansôns, canzones, seja em que língua for) são como poemas recitados - entende-se que hajam liberdades artísticas, e quem o recita necessariamente não encarna o personagem como em uma montagem cênica, (árias e afins fazendo parte de um contexto operístico onde o caráter das vozes é imperativo na construção da caracterização - as vozes precisam ser diferentes entre si. Deve haver um exagero de definição).

Porém, muitas vezes estabelece-se uma ligação entre o caráter de um compositor/período específico com tipos/caráteres de voz, e normalmente o que é especulação se torna lei por maioria de votos (ou de 'concordos').

Aconteceu uma coisa engraçada esses dias - Der Erlkönig (O Rei dos Elfos) de F. Schubert, é uma canção conhecida pela sua complexibilidade artística.

O cantor representa quatro papéis em uma única canção (o de narrador, pai, filho e o mitológico referido) enquanto descreve a perseguição do Rei dos Elfos, uma entidade misteriosa, pelo filho de um viajante a cavalo que cruza uma floresta à noite.

É um trabalho fantástico, que coincidentemente foi cantado de forma fabulosa por Jessye Norman, o gogó de ouro dos EUA. A senhora descreveu com primor os quatro envolvidos na canção, e a gravação da mesma ficou emblemática.

Até então eu entendia esta canção como ''uma canção para vozes de soprano pesadas", e muitas pessoas discutiam no tema com certeza disso.¹

Porém, algo estranho aconteceu: Eu consegui uma outra gravação, mais antiga, e ainda mais característica - Um tenor!

Um tenor cantava a mesma narrativa sobre o Rei dos Elfos! Ninguém menos que Fritz Wunderlich!

Agora a pulga havia se instalado atrás da minha orelha - Fritz não foi exatamente um subversivo na música, apesar de ter explorado sem pudor muitos repertórios.

Mas ele não foi um cantor renomado por peças densas e épicos. Era o típico tenor lírico - giocoso e elegante.

Então eu me reencontrei com a lógica, e me lembrei de um velho hábito dos cantores: O preconceito.

Retornando à simplicidade?
Ao invés da pesquisa fundamentada, ou mesmo do uso de um pouco de ousadia, a grande maioria das pessoas prefere simplesmente ouvir e aceitar de quem (parece que) entende das coisas.

Assim o foi com os Lieder de R. Strauss, as chansôns de Debussy... Ambos entendidos por um sem-número de pessoas como 'adequados para vozes pesadas'.

Ora - se em nenhuma edição das referidas canções você encontra dedicatórias a intérpretes das referidas vozes, ou indicações expressas, fica difícil entender o porquê.

Muitas vezes conseguimos extrair o caráter de uma peça pelo seu texto, pela sua estrutura musical, mas quando a coisa entra em contradição é difícil não questionar.

Barbara Booney, uma soprano americana, de voz levinha, cantou um conjunto enorme de canções de R. Strauss lindamente, inclusive as quatro últimas (troféus para sopranos que adoram cantar com grandes orquestras) - mas caiam - tudo a voz e piano. E ficou lindo.

Chego a uma conclusão: Repertório tem-se definido assim - nos últimos 50 anos uma grande soprano cantou muito bem tal conjunto de peças, então entende-se grosseiramente que "é para aquele tipo de voz", simplesmente porque naquela voz específica, sob um trabalho e uma ótica individual, soou bem. E fica por isso mesmo.

O engraçado é que sopranos pesados cantam praticamente qualquer coisa², e sopranos leves normalmente se limitam na vida de metralhadorinha, no eterno barroco, ou qualquer coisa que seja excessivamente ornamentada.

Tem alguma coisa muito estranha acontecendo aqui... Convido cantores e cantoras a pensar duas vezes antes de aceitar qualquer imposição da conquista do próprio repertório.

Transponha! Estude! E com certeza de cem pelo menos uma deve soar bem! Antes de aceitar qualquer impressão que não seja a sua, experimente.

É sabido que a mediocredade é uma das pedras no sapato de qualquer um que queira destaque na vida. É não ter senso crítico é um grande sintoma disso.

(E antes de tudo lembrem-se do que inspirou o compositor - o poeta! É isso que importa no final das contas! É isso que o público quer! Comunicação! Preciosismo só serve pra crítico musical. E pra que serve um crítico musical?)
--- ---
¹:
Apesar da própria Jessye Norman, para muitos, não ser exatamente soprano, mas não emito opiniões sobre a voz dela, não me interessa se ela é baixo profundo, adoro ouvi-la.

²: Porque existe o 'dramático coloratura', mas não existe o ligeiro 'wagneriano', entende?


O porquê do soprano: Quando fala-se em 'soprano', existe um seríssimo frisson no assunto, pois era como se o tímbre fosse uma espécie de 'caixinha das divas'. Existe uma super estima exagerada em sopranos e tenores. Mas muito especificamente em sopranos. Vide ópera verista, bel canto, e a loucura européia pelos castrati há alguns séculos e então me questione.

"Ps.:"

24/04/2007
Parabéns Yuri! Birite bastante no seu aniversário!!!

25/04/2007
Parabéns Karen!
Não no Villa - mas ainda nos veremos!!!

A poça de lama

Não gosto de pensar em coisas como 'inferno astral', ou 'azar'. Mas estou numa onda de lundú, (ou 'banzo' como se diz em carioquês), dos diabos.

Tudo começou com uma persistente sensação de que o céu pesa cem quilos e que "é inútil resistir". Ah, lá vai mais um dos meus 'sei lá'. De repente eu sou mais romântico do que imaginava.

Não daqueles românticos triunfais, que escrevem peças belíssimas sobre as mais virtuosas pessoas e lugares (o romântico do mundo ideal) --- mas sim o famoso
loser, aquele Zé-Mané que se perde mil anos em um problema de dois segundos.

Ou não! Quem sabe tudo isto tem um ponto - meter meu pezinho¹ nesta poça de lama enquanto ouço os ecos de mil conselhos e preces pela minha felicidade, onde na realidade eu
devia estar sentindo o que sinto, e estar onde estou. (Onde estou?)

Haverão certos camaradas que soltarão fogos de artifícios sabendo do meu banzinho. Afinal é falta de Deus², né? Mas até da minha desgraça eu faço a porra de um texto.

Na realidade eu gosto de sentir as coisas, preciso saber até onde elas são reais. Não que eu seja masoquista - mas preciso sofrer para saber o que é felicidade.

Se sofro, simplesmente sofro. Não finjo que estou sentindo outra coisa para que, de forma vã, passe de fato a sentir outra coisa. Apesar dos pareceres, quero uma vida bem real.

E esta poça, quão fundo ela vai?

Será que só estou frustrado com a aproximação intimidante do meu vigésimo primeiro aniversário? Será que sou o pior taurino já lançado em viva carne na terra, que não sabe o significado da palavra
esperar? É uma pena terrível a sensação de total inutilidade.

Na dúvida é melhor eu procurar um terapeuta antes que a faca fique convidativa. (E para os que andam não tendo notícias, CALMA, não quero terminar no
Profiles de Gente Morta do Orkut. Isso é brega - vou morrer bem velho. A questão é - frustrado ou de bem?)

Penso demais, é verdade. Mas o que me separa das lesmas é esta odiável e incansável retórica. E mais! O que ainda me dá entusiasmo é a curiosidade de saber o que eu vou achar depois que o próximo evento aconteça.

Não gosto de dar closes visíveis, mas adoro saber quando acontecem. E isto é bom³. Não que minha vida se resuma a isto, apesar de que eu não saberia responder em que minha vida se fundamenta. E como isso dói.

É a dor de um tirano que perde o controle de si mesmo. Mais irritante que pisar em poça de lama.
--- --- ---

¹: Calço 44. Bem discreto.
²: Como eu sou baixo! E vou provar por A+B que se pode viver, morrer, e viver depois de morrer sem me sujar neste sangue.
³: Quase um 'estilo de vida fofoqueiro'.

sábado, abril 21, 2007

Eis um lindíssimo bicho

Olha que notícia "televisão brasileira": Peixe com bico e patas é capturado por pescadores de São Gonçalo. Veja que beleza a opulência do referido:

Que beleza de coisinha, hein? Gente, o sujeito não tá segurando na cara do bicho não (na realidade a fuça do animal é que é o grande barato da coisa, já explico) mas sim na elegante cauda do peixe. Vendo assim mais parece um frango depenado.

Este espécime vindo das profundezas de um episódio das Tartarugas Ninja, ou mesmo com jeito de monstrinho genérico de D&D¹, na realidade se trata do simpático peixe-morcego, um animal nativo de águas que rodeiam o continente americano.

O negócio é que a belezura parece nunca ter dado as caras aqui pelo Rio, e a moçada em São Gonçalo já começou a pensar doidera (dizer que o peixe é um mutante, por causa do excesso de poluição da baía da Guanabara), e até mesmo insinuar que o bichinho, tão lindo, é venenoso, (este dado eu não comprovo.)

O que eu sei (além do bicho ser mais feio que briga de foice) é que a dieta do animal é composta por pequenos crustáceos e outros peixes, e que ele caminha pelo fundo do mar. Ele tem uma espécie de "penacho" na frente do rosto que usa como isca para atrair as presas enquanto fica quietinho, escondido sob a areia do fundo do mar.

Dá um beijinho!
Olha que coisinha mais carente e fofa do fundo-do-mar da mamãe! E reparem na beiçola - Não é montagem, é impressionante. COMO O BICHO É FEIO!

Sem neura, o peixe é feinho, mas é natural. Provavelmente da família das arraias, uma coisa assim. E sempre esteve aqui no mar, o problema é que, pelo bicho ter uma boa camuflagem e viver no fundo do mar, ninguém nunca viu.

Reparem na boquinha e nos olhinhos, que glamour.
--- ---
¹: Daqueles de N.D 1/8

quarta-feira, abril 18, 2007

          "When fortune smiles on something as
violent and ugly as revenge, at the
time it seems proof like no other,
that not only does God exist,
you're doing his will."
  "Quando a sorte sorri para algo
violento e horroroso como a vingança,
imediatamente se parece prova como nenhuma outra,
de que não somente Deus existe,
mas que você está fazendo a vontade Dele."

- The Bride/A Noiva em "Kill Bill"

Deus

Recebi um comentário no blog hoje, onde havia, além de elogios saudosos ao meu modo de escrever e aos assuntos, --- txn ^^ --- uma observação sobre "falta de Deus", e me senti na obrigação de me colocar a este respeito o quanto antes.

Antes de mais nada quero deixar claro que não concordo em tudo com a idéia do Nihilismo, muito menos me considero seguidor de Platão. Porém, definitivamente não concordo com a idéia cristã/judaica/islâmica de Deus (entidade consciente, manifesta, antropomórfica).

Deus - Criador ou Criatura?
Ok, muitas pessoas virão discutir esse assunto dizendo que Deus é tudo, e Deus é aquilo... Porém a própria linguagem já entrega a contradição: Deus, quem é Deus? "Então Ele disse a Adão" - Ele - Terceira pessoa do singular. Pronto. A concepção básica é esta - Indivíduo de gênero masculino.

Ora mais, quando cito que Deus é criatura, e não criador, estou apenas colocando meu ponto de vista, baseado em fatos do comportamento humano de tornar o mundo ao seu redor compatível com suas expectativas interiores, assim como seus valores e preferências.

Logo o homem deu a este Algo um caráter, uma face e um nome; de fato criando-o a partir de si mesmo. O homem cria o Responsável e se convence inexoravelmente de que as coisas tem um propósito. E este propósito é humano. É compreensível a ele.

Deus enquanto reflexo da humanidade, para mim, é uma deturpação grosseira do funcionamento verdadeiro¹ das coisas. É como tentar reduzir um número complexo a um número real, e ver que a equação não fecha. Então convence-se de algo, cria-se a resposta certa, e dá-se por satisfeito na própria ignorância.

Porém, apesar deste Deus, não ser para mim o Criador - eu sei que Ele existe. Através dos mecanismos e conhecimentos do esoterismo, e mesmo da psicologia, sabemos o poder das egrégoras e da auto-sugestão. Então se alguém acredita piamente em algo, este algo existe. Afinal quem disse que algo precisa ser real para existir²?

Este Deus é uma linguagem - um símbolo de poder, conforto, certeza, e acima de tudo controle. A maior ferramenta humana já criada para controlar a si mesma. Através da certeza de que Deus existe, e é uma entidade com caráter e preferências, haverão aqueles que ferirão e transgredirão a vontade do Todo-Poderoso.

Logo haverá punição. Ora - ponha o medo de uma punição sobrenatural e eterna sobre molestadores, assassinos e maníacos e você verá a eficácia da justiça humana se tornar minguada na frente do medo do desconhecido. Que é pior que qualquer coisa.

(Porém, a receita do medo não vem dando mais certo de uns tempos para cá. Também há aqueles que criam suas versões de anti-Deus e se sentem bem no papel de transgressor divino, mas este não é o assunto.)

Divindade e Gnose
Então com toda esta retórica eu assumo que não acredito em Papai do Céu, e nem que o capeta inspira minhas más ações? Não, não é assim não. Eu acredito em muitas coisas, só acho que "o buraco é mais embaixo".

Antes de tudo, com toda vivência no meio religioso e espiritualista --- espiritualista mesmo! É pra parecer xulo --- posso afirmar que nós, humanos, somos extremamente pretensiosos. Queremos nos insinuar como as formas mais perfeitas de consciência, e queremos dizer que temos contato direto com o Mundo Superior.

A verdade é que ser humano é um estado de solidão impressionante: Somos mamíferos que só se comunicam com a própria espécie. Cães e gatos se comunicam, pássaros das mais diversas espécies se compreendem...

Mas nós, humanos, só falamos humanês; e a nossa dor é tanta, que começamos a dar nossas características ao mundo que nos cerca. Numa tentativa desesperada de nos comunicar com ele. Aí nascem os Deuses, Demônios, Anjos, e toda série de seres mitológicos, mágicos e engraçados.

O ponto é - eu não discordo, nem desacredito em nada disso. Eu sei que o ser humano tem um poder criador incrível. Nossa mente, e toda energia acumulada em uma forma tão complexa, (mas nunca perfeita), como a nossa tem uma capacidade incrível de fazer com que as coisas passem a existir a partir de nada. (E isto conheço como criatividade).

Mas não quero dizer que realidades espirituais, entidades, e tudo mais não existem. Existe sim, porém, de acordo com as nossas impressões. Tudo isto é criação nossa. Uma comunicação foi estabelecida, um código se criou. E as realidades superiores responderam ao chamado.

Depois de tudo isso eu quero que, se houve um impulso criador, se houve um Big Bang e se há uma criança brincando com o formigueiro, isto não nos diz respeito - está fora de nosso controle. Estamos tão perdidos em nossa retórica, em nossos Deuses, diabos e códigos, que não conseguimos mas entender que o universo não é nosso. E sim, que somos mera parte, um mero degrau em seu caminho incansável e inexplicável.

É doloroso pensar assim. Mas um pensamento, (e como tenho fé neste), me conforta: Hoje e nos próximos, talvez, 70 anos³, eu sou humano. Depois disso eu não sei, mas seja o que vier depois deve ser lindo.
---

¹: Repare que friso a diferença entre 'verdade' e 'fato'.

²: A primeira vez que ouvi isto, foi do pai de um amigo meu, Marco Aurélio (este é o nome de ambos - pai e filho). O homem é extremamente safo, sábio! Estávamos falando sobre ácido, alucinações, depressão, loucura, e ele soltou esta pérola que me pôs a pensar até hoje. Vou fazer um post só sobre isso quando der.

³: Porque sou otimista.

segunda-feira, abril 16, 2007

Marília Vargas

Fico muitíssimo feliz em saber que o Brasil tem entre seus musicistas esta pessoa aí. Uma voz linda, e um repertório que mais parece caixinha de bonbons - você sempre quer mais. É lindo ela cantando Konstanze, é divino ela cantando a Musa em Orfeu de Monteverdi, é belíssimo ela cantando Pamina, e é uma gracinha ela cantando o 'lundú da Marquesa de Santos' - é a primeira vez que alguém me convence cantando isto.

Marília, você é muuuito! Luxo! Plac, plac!

Aê, ô, porra!

Metaleiro não é cantor lírico não; é metaleiro! Metaleiro não canta em registro de tenor ligeiro, canta em registro de contratenor¹! Metaleiro não canta com voz plena não; é com voz de cabeça, laringe alta e/ou falsette! E o mais importante: Estudem belting! Desistam de canto lírico! NÃO TEM NADA A VER!!!

Úi.

Precisava desabafar e bancar o sabichão metido a besta. Porque estavam me dando nos nervos com essa papagaiada! Gente - sejamos práticos e sinceros: Quando você trabalha com música eletroacústica², você não precisa se preocupar com projeção vocal, muito menos em cantar com uma voz extremamente quente e impostada - o microfone e o pedal resolvem o problema para você.


Público de Metal raramente tem gente com mais de trinta anos, logo o perfil é mais teen, então pra que se preocupar horrores com afinação, (ou dizer que o faz)? Tônica, Dominante, Subdominante... É só isso gente, assumam. Isso é moleza com um teclado da Yamaha.

Aprendam a se maquiar e pentear! Música popular exige um bom visual, e como a maioria dos metaleiros se mistura no universo "gótico" e emo, assim como outros³, é interessante descobrir o poder da base, sombra e batom suave (porque também é pra menino, tá?)

Comecem a se assumir! Já conheci mais de trinta pessoas envolvidas profissionalmente com metal (e graças à Pequena Sereia* posso dizer que mais da metade são pessoas maravilhosas), e dessas trinta nenhuma freqüentava abertamente ambientes gays, ou muito menos mantinha algum relacionamento afetivo com uma pessoa do mesmo sexo.

O problema é que mentira tem perninha cuuurta... Então o que diabo é isso? Se o Rob Halford é gay assumido, fez uma carreira brilhante, e nem por isso terminou como o George Michael, porque você aí, metaleiro escondido no seu heavy armário não pode fazer o mesmo e dizer ''I want out''?

Minha crítica é sobre a relação que se faz entre música e a necessidade social de ser viril - pegador da mulherada. Como se metal fosse "coisa de macho".

Aqui mais uma vez vemos o caráter extremamente dialético da coisa, é um misto de esporte colegial cult com estilo underground, (e o efeito é incrível, as meninas no segundo grau adoooram apresentar para as amigas o namorado guitarrista - mas sempre assim: Uma menina e um menino. Raras vezes duas meninas, nunca dois meninos). Ah, vão foder do jeito que vocês querem, pelo amor da Pequena Sereia*!

É muito bonito ver que os músicos deste ramo expandem seus horizontes e buscam inspirações e refinamento artístico em outras vertentes da música, como a folclórica e a erudita. Mas precisamos situar as coisas muito bem - Em termos de prioridades, são estilos MUITÍSSIMO diferentes.

Apesar da riqueza e elaboração em um sem-número de peças metaleiras, Metal é Metal e música erudita (o conjunto de épocas e estilos que definem este conceito) é música erudita! São
práticas artísticas diferentes.

O que me irrita é ver gente tentando se apropriar em um mês de uma coisa que se leva uma vida pra (tentar) se conquistar, como por exemplo, se vestir de maestro ou canto erudito sem saber ler nada além de tablatura de revistinha.

Tenho muito respeito pelos roqueiros, metaleiros, cantores pop, bandas de pagode, e todos os outros que também gostaria de me matar por eu os estar colocando em "comparação" --- é como judeu e muçulmano, periogoso meter na mesma fila --- mas quero situar que todo este conjunto de estilos ainda é considerado popular.

Alguns grupos, como o fabuloso Therion por exemplo, transcendem explicações e definições pela pura soberba da qualidade artística (que em poucos momentos se preocupou com as modas ou a estilística padrão de um estilo ou outro) e nos mostram que há muito mais na música que repetição e moda.

Mas até o ponto em que os alunos de guitarra dos conservatórios do mundo amadureçam e cresçam suas perspectivas, a música vai ser isto: Segregativa.

Que pena, né? Afinal o que importa é fazer o Metal e viver no estilo de vida metaleiro. E a música que se foda, o que interessa é o Metal. Como diria meu amigo Leozão, metaleiro convicto: "Êta porra!"

(Sim! Eu acho que é isso aí!)

¹: Estou me referindo especificamente ao Heavy Metal (e suas zilhões de vertentes), onde o cantor é normalmente um homem --- mas hoje em dia muitas góticas de cabelo hennado - normalmente namoradas dos membros da banda ou simplesmente suas glam bitches promovidas a outro nível - fazem o papel vocal, e o fazem muito, muito mal algumas vezes; mas a xavasca tem poder --- canta com a laringe bem alta, a voz bem metálica, em uma coisa que poderiamos chamar de falsette belter ou mesmo berrerão espremendo o saco.

O que eu, como ouvinte posso concluir em termos técnicos é algo entre Mi 2 e Sol 4 (escala brasileira), sendo que a região mais comumente usada é a Si2 Mi4. Não me parece um registro de tenor.

²: De ligar na tomada.

³: Heavy Metal, Speed Metal, Gothic Metal, Glam Metal, Dark Metal, Trash Metal, Black Metal...

*: Pra não dizer graças a Deus. Deus não tem nada a ver com isso!

sábado, abril 14, 2007

Transamerica

Semana passada eu tive a oportunidade de assistir um filme muito curioso, de título Transamerica.
O filme foi uma iniciativa engraçada: A personagem central (uma transsexual em processo) foi interpretada por uma mulher!

Supreendentemente não decepcionou no trabalho, e fez uma personagem e tanto (principalmente quando Felicity Huffman treinava sua "voz feminina" dizendo: "That's the voice...") Porém, apesar de ter sido uma senhora iniciativa e um filme surpreendente em vários aspectos (ou de repente eu estou só meio acostumado com Blockbusters americanos comuns e não conheci o infâme mercado dos filmes "alternativos"¹), eu ainda fiquei meio decepcionado com a insistência no tema familiar. (Que inclusive insistiu um pouco em outro interessantíssimo filme, porém de produção meio displicente, o Café da Manhã em Plutão e a maravilhosa Saint Kitty).

Existem vários aspectos da vida de Sabrina Clair Osbourne que nós gostaríamos de ver. Ela foi feliz com aquele cara que a deu carona? Quantos amigos ela tem? Me roí de curiosidade e plac-plac o filme funcionou!
¹: Como assim alternativo? Ainda não consigo entender o que eles querem dizer com isto!

Ê!

Blog cheio de deliciosas novidades! Repare nas citações à direita e sugira as suas!

quinta-feira, abril 12, 2007

Recebi hoje:

Já tá sabendo do decreto-lei do Governo????

Os bairros e algumas localidades da cidade do Rio de Janeiro vão mudar de nome, a começar pelo da própria (ex) cidade maravilhosa que passará a se chamar "Tiro de Janeiro"...

Os bairros serão:

.Jardim do Pânico;
.Lebronx;
.Coca-bacana;
.Barra Pesada da Tijuca;
.Passafogo;
.Recreio dos Traficantes;
.Ilha do Seqüestrador;
.Assalto da Boa vista;
.Piedade! Não me Mate!;
.Largo do Metralha;
.Corre, Velho!;
.Maria Desgraça;
.Del Gatilho;
.Tirojuca;
.Atiraí;
.Tiro comprido;
.Bem-não-fica;
.Estácio-nou, perdeu;
.Cacetete;
.Modureza;
.Senador morrerá;
.Honório Cruel;
.Ilha de Bagdá;
.Cidade Cova;
.Jerusaleme;
.Irajaque;
.Gaza-tiba;
.São Encurralado;
.Roubalengo;
.Engenho de dentro da bala
.Praça cheia de tiro e
.Jacareparapapapapatibum!!!!.......

Absurdo...

(Que absurdo o que, só sinceridade!)
Por que é tão difícil encontrar um emprego? Por que custa tanto se sentir útil?

(???)

Uma porção de bichinhos pequeninhos e redondos...

sábado, abril 07, 2007

Faça com que o mundo volte a ser mundo,
faça com que as rosas tenham perfume,
e o calor do sol seja gentil,
e a face da terra se desfaça em um sorriso sem fim,
faça com que a música seja a cura do silêncio macabro,
não o açoite rijo de uma perseguição cega.

E um dia então poderemos caminhar para lá e para onde quisermos,
como se nada realmente precisasse estar onde se supõe ou se deseja,
então que isto seja bom e nada mais.

O mundo está cheio de boas pessoas

Hoje foi mais um dia em que as boas pessoas foram em protesto contra a violência. Novamente Copacabana, a praia mais famosa e uma das mais chiques do mundo, viu um grupo de boas e voluntárias pessoas contra a violência carioca, que mata seus pobres e inocentes filhos, como o famoso João Hélio. (Tô sendo sarcástico, tá?)

A última vez que houve este protesto, nós vimos setecentas cruzes pretas em frente ao chiquérrimo e pomposo
Copacabana Palace, cruzes estas usadas para representar as setecentas vítimas de assassinato no Rio de Janeiro durante o começo do ano de 2007.

O lugar é extremamente apropriado para se falar de violência - afinal é ali onde tudo acontece, né? É onde se interessa, não é mesmo? Setecentas belas cruzes alinhadas na areia em frente ao
Copacabana Palace. Chega a ser vertiginoso. Dá um quadro e tanto.

O texto deles é mais ou menos este "queremos mais participação da sociedade civil, junto a polícia para ajudar a conter este índice imoral¹ de violência." Ou seja, a preocupação é
completamente unilateral² (como eu já havia falado aqui). E então eles se deitam no calçadão de Copacabana - todos vestidos com suas camisas pretas, enfileirados como lingüiças numa brasa, enquanto turistas e repórteres passam e se impressionam com o gesto anti-violência de um povo sofrido, que não agüenta mais tanto tormento.

Agora me diz - em que momento se falou em
inclusão social, ou em proteção da infância e juventude em situações de risco ou no ponto que deveria ser CULMINANTE nesta discussão - condições de estudo, moradia, ingresso no mercado de trabalho formal e distribuição de renda. É muito fácil e confortável falar de violência e se excluir do grupo responsável. O culpado é o traficante, o culpado é o trombadinha - prendam-nos! A polícia está em falta!

Não, queridos hipócritas em Copacabana, o problema não são os seus vassalos ou os escravos rebeldes, ou mesmo os parasitas do 'barato' que mancham o sonho carioca com tiros de fuzil e facadas nas costas. Nada disso. O problema são vocês. São os irresponsáveis que constroem o patrimônio de suas famílias em euro enquanto muitos brasileirinhos do morro³ não tem a menor estrutura para viver. São os escravos que se rebelam contra seus senhores. É a vingança daqueles que foram excluídos da grande ceia do luxo e da boa vida, e mostram poder sobre seus dominantes.

Ao invés de protestar sobre isso, protestem sobre os seus próprios salários inflados, sobre o valor mínimo que um trabalhador ganha neste país, sobre a falta de respeito com os trabalhadores informais, com o pouco caso que se faz com o que é
público e não o caríssimo e exclusivo particular. Todo ser humano, por mais resistente que seja, em algum momento cede. Seus valores sem valor não o retém mais e este simplesmente se permite. Se permite matar os que o torturam, se permite intimidar os que o controlam. Simplesmente uma reação a um velho costume, algo que começou na Colônia.

Toda sociedade, desde seus primórdios, se baseia nisto - em pessoas que muito dão para pouco receber. O problema é que hoje estas pessoas muito dão e NADA recebem. E são os feios, são os pretos, paraíbas e pobres que você - burguesão (carioca ou não) detesta ou teme ver pelas ruas.

Mas o mundo está cheio de boas pessoas, não é mesmo?

Foto por Tasso Marcelo/AE, retirada do site do 'Estadão'.
¹: E existe índice moral de violência? De repente se a violência acontecer apenas no Morro e com o Preto, é moral, não é mesmo?

²: De fato não existe uma consciência real do problema na cadeia de fatos que culmina em violência. Não existe uma receita mágica para isto. É muito trabalho sem remuneração, muita abnegação e esforço pelos que socialmente valem pouco ou dão pouca mídia. E isto não é exatamente o que a brasileirada gosta. Afinal ninguém vai deixar de 'colocar em casa pra dar pros outros'. E não é de esmola que falo, é coisa pior.

³: Quando falo em 'morro' ou 'preto' não estou usando a linguagem marcadamente racista como forma de apelo social exclusivo a um fenômeno de pobreza ou àpenas um quadro. No Rio de Janeiro, o morro é o verdadeiro símbolo da miséria, e infelizmente o negro sofre juntamente a mesma estigma. Porém, a parcela da população agredida pelo problema citado, não se restringe apenas a este grupo - apesar do mesmo se destacar em carência.

Podemos falar em vários outros grupos, como os nordestinos, os estrangeiros sulamericanos e pessoas de várias outras regiões que vêm às cidades grandes em busca de melhores condições e "dão com a cara na porta". Aí está o verdadeiro problema - marginalização cultural/racial ou adquirida. A própria estrutura da cidade cria o marginal, e o ciclo se arma. ao invés de se investir em incluir investe-se em proteger-se de ou simplesmente expulsar. (Verbos problemáticos).

Ecos Akashicos...

Mote do dia: "Não faça, apenas seja"

sexta-feira, abril 06, 2007

Universalmente desconhecido

Assim como costumo discursar muito sobre terríveis momentos furiosos e vingativos, hoje em dia andei me lembrando que a vida não é feita só de sons de .UZI com granadas e coisas barulhentas do mesmo naipe, voltei a uma reflexão antiga que me acompanha desde o primeiro momento de crise social fora de casa.

Eu sempre tive vontade de ser o melhor amigo de todo mundo no mundo todo, de conseguir mostrar aos outros o que há de melhor neles mesmos. Tenho essa sensação baseado na engraçada idéia de que se uma pessoa existe neste planeta, e tem um(a) melhor amigo(a) ou faz muita falta a alguém, alguma coisa de muito especial esta pessoa deve ter. A questão é se aproximar das pessoas 'na hora certa' ou sob circunstâncias específicas.

Parece uma coisa maluca, mas eu sinto as coisas assim. Por mais que hoje eu possa dizer "raios e trovões!" (hehe) ou praguejar bonito, antes de chegar a estas terríveis conclusões eu já me reservei a tentar encontrar uma luz no fim desse túnel de humanidade. Não que hoje em dia eu esteja um poço de vingança e reacionismo (até poderia) mas não consigo ser tão ameno como quando era criança.

Claro, quando vejo os grandes volumes de pessoas andando de cá pra lá, cada uma com seus problemas, suas neuroses e todas outras síndromes, penso como cada uma delas é odiável, e como cada uma delas deseja acima de tudo estar satisfeita consigo mesma. E então reencontro a conclusão de que cada um daqueles estranhos sisudos que correm pelos valores do dinheiro e do poder, muito provavelmente pensam exatamente sobre isto que escrevo, mas jamais se permitiriam expor desta maneira. Afinal, muitas vezes buscar o que cada um tem de melhor consiste em dar de cara com o mais podre de todo mundo. E isso dói. E é deste ponto que surge a agressividade.

Não que eu seja cristão, mas boa parte dos brasileiros e ocidentais costumam se identificar com isto, e caso um cristão leia isto, aproveite o momento da Páscoa e pense nisso: Até que ponto a sua individualidade te protege? E quando ela começa a te isolar do que realmente TE importa? Você ainda conhece este valor? Discute-se a importância de termos amor e amor por tudo e todos. E isto não é um ideal inatingível ou para as celebridades espirituais. Eu acredito que isto seja meramente uma idéia, uma coisa que precisa ficar constantemente pendurada no nosso consciente.

Nunca se esqueça de que, no final das contas, todos somos de carne, ossos e lágrimas.

quinta-feira, abril 05, 2007

terça-feira, abril 03, 2007

Dia feliz

Apesar da maçante preguiça de ir ao Rio ter aula hoje, estou feliz. É uma felicidade macabra - já que tive tristes novidades sobre pessoas que eu odeio (lembram como eu sou vingativo?) É sempre bom ver os adversários sumirem do mapa com o rabinho entre as pernas. Ó dia :-)

segunda-feira, abril 02, 2007

domingo, abril 01, 2007

Ramir em 'A erva do diabo nos tempos digitais'

Nunca fumei, nunca bebi¹, nunca matei², nunca roubei³. Mas esses dias experimentei uma coisa engraçada pra caralho.

Não que eu seja um caçador de sensações como os papais de várias pessoas foram durante o movimento dos anos 70, e muitos inspirados pelo querido Castañeda, e outros grossos calibres do movimento pela libertação do pensamento e esotéricos (pode-se incluir os charlatães e embusteiros à vontade). Mas esses dias conheci uma bagaça torta, um tal de I-Doser.

Bem, a proposta do pretensioso programa é simular o efeito de diversos narcóticos e drogas afins. Bem, se simula exatamente como deve ser eu não sei, mas que dá um barato engraçado, dá sim. Eu experimentei a seqüencia sonora nomeada de ectasy. Passei uma hora ouvindo aquele troço. Quando terminei, fui na sala meio desiludido deste barato digital - foi quando percebi que eu tenho um gato lindo! E ele era muito, muito manhoso. O resto vocês já sabem... Eu fiquei noiado com a parada.

Não recomendo, mas também não vou dizer que não é interessante. Pesquisei opiniões de neurologistas na web e outros levantamentos importantes, e aparentemente o efeito "narcótico" é tão forte quanto uma ária de Wagner ou uma seqüência de dez músicas do Black Diamond. É pesado pra caralho. Mas dá barato. Se vicia? Você se sente viciado em música?

Pois é.
¹: Cachaça.
²: Gente.
³: Dinheiro dos outros (em cash, porque em batom garoto... Ahhh...)