quarta-feira, setembro 27, 2006

Pois é, as provas já são semana que vem, e ainda tenho aula hoje. E é porque nem tô tão ocupado assim... Cara, quem diria que estudar solfejo em casa fosse tão, mas tão chato! O pior é quando a sua professora de canto é a pessoa mais perfeccionista, e te pede pra contar os tempinhos dos repertórios que você estuda bem direitinho. Ela tá certa eu sei... Mas é chato pa caraiuuu!

Ái, ái... Acorda pra vida... Vai estudar e sái do PC!

domingo, setembro 24, 2006

Muros aos lados, asfalto abaixo e...

A noite esfregava-se em todos os lugares com sua côr vermelha e seu jeito de coisa sangrenta, sensual e perigosa. E então uma figura preta caminha como se esquivando-se das luzes pelo caminho. Aquele é um momento de solidão.

Enquanto vagueia ali, como caminharia alguém séculos atrás; a figura questiona-se sobre várias coisas de uma vida banal, enquanto inspira o ar fatal de uma noite com vento quente e céu alaranjado. Este céu que só os centros urbanos tem, mas não tinham.

As estrelas fazem falta quando se quer viajar, inclusive às figuras escuras. E as cidades com suas vermelhas noites não permitem a quem quer que seja observar nada mais que portas fechadas acima, e o escarlate emanado dos postes.

Então o frio da madrugada faz-se presente, e a escura criatura mete as mãos nos bolsos, com o coração temeroso e cheio de ansiedade, pensando sobre o que a próxima esquina pode-lhe reservar. Que tipo de sensação, que tipo de odor ou memória.

Cada rua é única... Cada rua tem suas próprias casas, suas próprias latinhas de lixo... E tem ruas que, à noite, ficam especialmente bonitas. Algumas árvores projetam sombras unicamente complexas sobre as calçadas, e outras fazem com que as calçadas fiquem escuras o suficiente para que várias pessoas se escondam lá. Mas nunca se sabe, afinal a curiosidade de ver a próxima rua é muita, e as esquinas à frente são muitas e o tempo da madrugada é curto.

E existem flores que só se abrem à noite... Algumas roseiras escolhem madrugadas especialmente úmidas e vermelhas para manifestarem aquele cheiro adocicado e meigo de suas pequeninas rosas. E isto é um deleite para a escura figura, que encontra um mundo totalmente individual e ilimitado naqueles momentos perigosos de peregrinação solitária.

O melhor das madrugadas, no entanto, são as cartas... Nunca se soube porque se acham tantas cartas à noite. Talvez os outros resolvam se livrar delas neste horário. Afinal a noite é a casa dos pesadelos, e não existe nada mais doloroso que um amor não correspondido. Mas não existe nada mais lindo que as cartas de amor... Estas sim fazem parte de um mundo perfeito. Onde Deus e as almas-gêmeas existem, todos emoldurados por perfumes caros, imagens de gatinhos, e coraçõezinhos tortos desenhados com caneta esferográfica.

Quem a escreveu? Quem a receberia? Por que uma coisa tão delicada está em uma das calçadas na madrugada, suja e pisoteada pelo esquecimento? Será que a figura escura deveria encontrá-la? Será que a própria noite não a havia escrito para o amor de sua vida que a encontrasse? Afinal uma noite sem estrelas ou lua deve ser alguém muito solitário... E pessoas solitárias tendem a escrever como se alguém estivesse lendo, ou de fato o quisesse.

E a noite, como creêm Deus, escreve coisas estranhas. Escritos em uma língua comum demais, quase perturbadora de tão visceral. Mas apesar disso, a noite, e a figura escura são mudas.
Às vezes me dá um branco...
E eu esqueço o que ia falar. Às vezes tenho a impressão que acabei de esquecer algo... E sobras de uma imagem se desfazem na minha cabeça, como se eu tentasse me lembrar de um sonho muito esquisito que acabei de ter.
Inclusive esqueço o nome das coisas, das pessoas (inclusive as mais próximas)... As vezes o mundo parece totalmente distante, e eu não sei o que falar, o que fazer, como tratar o que está ao meu redor. Sei lá... De ve em quando eu penso que vou ter Alzheimer, ou que tenho perda de memória recente...
Essa é uma das coisas que mais me incomodam.

terça-feira, setembro 19, 2006

segunda-feira, setembro 18, 2006

Em homenagem ao amigo

Hoje foi um dia bem especial, coincidiu de eu sair de casa e respirar um pouco de ar com cheiro de cigarro e gelo sêco, e ver coisas que eu não via há tempo. Interação humana, pessoas fúteis e úteis, e toda aquela coisa de sair de casa, e sair de casa com ele, (sabe, ele, o cara.)

Excepcionalmente me lembrei de uma grande pessoa, que fez aniversário há uns dias e está fazendo uma tremenda falta. E este é o grande Dennis! Um cara muito especial que conheço desde meus 6 ou 7 anos de idade, e que se formou em História com mamãe. Hoje ele já deve ter feito o Mestrado e tomando rumo pra India como ele sempre quis.

Bem, o Dennis é uma figura. Desde que o conheço, ele tem como hábito conversar incessantemente sobre tudo. Um assunto puxa o outro, e de repente já são sete da manhã do dia seguinte, e você está falando sobre Lemúria, e as implicações dos Cavaleiros do Zodíaco no cotidiano. Nunca vi uma pessoa pra gostar TANTO de falar. E pra falar bem sobre o que quer que seja.

Agora o que realmente impressiona nessa pessoa, é a perspicácia que tem de ver o que cada pessoa tem de melhor, de nobre. Acho que essa foi a "lição" (se é que eu posso usar essa palavra, acho que não é exatamente isso) mais forte que tive dele. Qualquer pessoa, por mais miserável ou dispensável que pareça, tem algo de muito bom, algo de valioso que faz com que ela mereça ser o "melhor amigo" ou inspiração pra alguém.

Isso se incrustou na minha personalidade desde que o conheço, e desde então venho refinando a minha "temperança" e tentando enxergar as pessoas por uma perspectiva mais amena. "Ver as pessoas por cima". E é muito legal... De repente você vê o efeito que isso tem ao seu redor, e perceber o bem que isso causa em você e nas pessoas. E mesmo que ele negue, eu devo isso ao Dennis!

O cara foi meio que meu pai, irmão mais velho, herói de infância... O fodão.
Toda espiritualidade, retórica, interesse por literatura, música... Tudo isso passou pelo Dennis, tudo foi tocado pela opinião gigante, quase infinita daquele manezão vestido de calça de moleton, e sempre orando em silêncio enquanto caminha à noite em algum lugar de lá, a Beira-Mar.

Um dia eu quero reencontrar esse cara e mostrar pra ele o que aconteceu por aqui. E é claro, conversar sobre tudo que duas pessoas podem durante 24 horas. (Literalmente, claro!!!)

É isso aí Dennis, feliz aniversário! E esteja onde estiver, continue sempre isso aí - infinito! Incansável!
Apesar da insônia... Que noite mais feliz, :)
O céu vermelho, brilhante, acolhedor... Ái ái, como eu gosto disso!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Falando em coisas...

Assim estava escrito nas propagandas do Municipal ali do Rio:

Outubro:
(...)
A flauta mágica - dias 6 e 13 às 20 horas e dias 8 e 15 às 14 horas (domingo no Municipal).

Alguém pode deixar de assistir isso!? Até a Tatty Quebra-Barraco vai!

Menos é mais.

Descomplicar é a alma do negócio.
Sempre pensa-se demais, sempre preocupa-se demais, sempre prepara-se demais. E aí? Qual é a boa que sobra?

Você feito um idiota no ponto de ônibus, e o dito-cujo fugindo de você a 50km/h.

À noite.

Cara noite,
últimas doze horas do dia... Sei que não nos conhecemos muito bem, e que provavelmente você faça mal juízo de minhas impressões sobre você, afinal nunca fui muito fã dos mistérios, muito menos dos que se escondem nas sombras. Mas ultimamente temos convivido bastante.

Espero que seja paciente comigo ao perceber que eu corro e ligo a luz do quarto com medo que algo possa estar se escondendo em você, ou também suba na laje de casa pra ver a lua cheia e me brindar com um momento de luz no escuro. E espero que não fique louca quando afirmo que detesto luas novas. Sou um grande fã da iluminação, principalmente a pálida e tímida luz da lua cheia.

Ora, eu nasci na terra da luz, já acordei e dormi às 6 horas, e apesar da meia noite, permanecer acordado durante todo seu percurso não é um hábito. Então é isso. Boa noite, dona noite!

Razão ou pura eletricidade, estática, tanto faz

Há muito tempo, na época em que o preto com riscas de giz era o máximo e a beira-mar era toda amarela-alaranjada, um certo papagaio me disse uma coisa que me pôs pra pensar em um assunto. E neste permaneço até hoje.

Existem as pessoas passionais, intuitivas, "automáticas"; e por outro lado existem as calculistas, passivas, cerebrais... Quando eu era mais jovenzinho (porra, eu ainda sou jovenzinho!) eu me sentia extremamente yang, excessivamente 'na lata'. Minha família me descrevia assim, então essa deveria ser a verdade.

Aí a porra do papagaio vem e diz: "Nossa, poucas as pessoas que conseguem ser metódicas como você." Foi uma frase. E nunca mais vi essa ave.

Desde lá eu tenho me observado, e frustrado meus conceitos. Eu sou um poeta! (Jura...) Eu pretendo ser um artista! Passional! Explosivo! Ilimitado! Mas aí retorno à minha condição, à meu espaço invisível. E lá vejo um conjunto de sensações tentando se organizar. Um esboço de razão tentando se definir, algumas vezes sem sucesso. Mas os impulsos raramente são mantidos no estado selvagem. E talvez o que se vê é uma morna feição coberta pela barba mal feita e a sempre presente acne. (Sério, já me acostumei.)

Yin. Escuro. Ordenado como em uma valsa sem quiálteras... Este parece ser o verdadeiro eu. O sorriso confortante está lá, mas por uma razão. Tudo está perfeitamente ordenado e planejado, não existem surpresas. Eu simplesmente sei o que vai se dizer, quem o disse, quem o fez... Inclusive já tenho a reação esboçada. Apesar de tudo me sinto tão feliz quando digo uma besteira, faço algo de errado, sou indelicado, sem modos, sem pudores... É ótimo ser selvagem, egoísta...

Eu vou me lembrar pra sempre de um certo evento que se deu em um lugar não muito distante daqui com pessoas que eu não conheço e não vou conhecer. Pessoas que por orgulho e razão de causa posso dizer que odeio. De forma literal, é claro.

Em um momento de tantos desacertos eu resolvi nadar contra a maré, e tive uma das mais encantadoras lições da vida: Você nunca deve estar sem cartas na manga. Nunca deve estar de braços abertos sem os pés equilibrados. Nunca deve confiar totalmente em algo que não confia em si. E então assim várias portas se fecharam, e muita amargura e indiferença se instalou. E eu não chuto cachorro morto. Só os mortos-vivos.

Mas daí eu abandonei completamente o que seria meu irracional, instintivo, colérico... Não costumo dar os primeiros passos, sempre preciso que algo acenda o fogo. Eu nunca vou, as coisas que vem. E isto não é totalmente eu. Ou será que é?

Experimente contar até dez com um dedo na tomada.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Santa Maria,
Strela do dia,
mostra-nos via
pera Deus e nos guia.

Ca veer faze-los errados
que perder foran per pecados
entender de que mui culpados
son; mais per ti son perdõados
da ousadia
que lles fazia
fazer folia
mais que non deveria.

Santa Maria...

Amostrar-nos deves carreira
por gãar en toda maneira
a sen par luz e verdadeira
que tu dar-nos podes senlleira;
ca Deus a ti a
outorgaria
e a querria
por ti dar e daria.

Santa Maria...

Guiar ben nos pod' o teu siso
mais ca ren pera Parayso
u Deus ten senpre goy' e riso
pora quen en el creer quiso;
e prazer-m-ia
se te prazia
que foss' a mia
alm' en tal compannia.

Santa Maria...

segunda-feira, setembro 11, 2006

sábado, setembro 09, 2006

Ô comédia!!!

Você é o He-Man pastorando o castelo de Greysscow.
>Você é um balaio chei de côco babão.
>Você é um caminhão chei de eleitor comprado.
>Você é um caminhão chei de pinto de granja.
>Você é um carnê quitado...
>Você é um celular que bate foto.
>Você é um clipe do Maikou Jekisson.
>Você é um din din de coco queimado.
>Você é um foto sensor da Washington Soares.
>Você é um kichute amarrado nas canelas.
>Você é um LP dos Menudos.
>Você é um maratonista sendo agarrado por um doido!!!
>Você é um menino comendo barro.
>Você é um muro branco chei de calango.
>Você é um ovo estrelado com farofa.
>Você é um cartucho de atari.
>Você é um sapato de bico fino.
>Você é um ar-condicionado em Sobral.
>Você é um ventilador no três.
>Você é uma kombi cheia de xilitos.
>Você é uma panelada bem limpinha.
>Você é uma topic bem vaguinha.
Espero q tenha colocado aqui pelo menos a metade do q vc é.


Quem entender, entendeu!

tá legal, eu assumo

Ah... Eu gostei de Harry Potter.
Sério. Antes eu dizia que odiava só porque a irmã de uma amigona minha insistia em dizer que eu "me achava o Harry Potter" na época em que eu era mais wiccano. Acho que ela devia ter inveja do que eu falava, ou coisa assim. Não era uma pessoa muito bem da cabeça não, mal sabia ela que eu nunca tinha lido Harry Potter. E inclusive nunca usei ecstasy ou coisa assim. Pois é.

Ainda me sinto uma pessoa inteligente apesar disso.

Só não gostei daquele sotaque capial deles 'falando' latim. É tão difícil assim falar sem aquele 'r' retroflexo maldito? Como é que eles conseguem aprender francês? Sério! Como?!

Um

Da paz que se morre,
do momento que é relembrado,
restam vagas e eternas cores na memória.

A lembrança nunca é perfeita,
e o caminho não tem um retorno,
porém é sempre o mesmo.

Mas um momento é sempre limitado,
e nossos olhares tendem à frente,
por mais que estejamos no passado.

Pelo escorrer de mais um dia,
espero que haja um fim,
e então um momento será eterno.

Sono

Eu gosto muito de dormir, mas ultimamente venho enfrentando um problema que parecia ter desaparecido: A insônia. Então eu te digo... Sabe que horas são? Exatamente 03:34h da manhã, do dia 9 de setembro de 2006. E eu deveria estar dormindo. Mas eu não estou.

Enquanto ele, (de quem eu já lhes falei), e ela, (o querido quadrúpede), estão sob o encanto do João-Pestana (foi mau Sandman) eu estou escrevendo este texto sem sentido.

Hoje pensei mais uma vez sobre temas gerais como "por que as pessoas são tão medrosas?" É. Tipo... Não ter medo de barata ou de ladrão, mas ter medo das outras pessoas em um sentido menos bélico e visceral. Mas sim, o medo de conviver, coexistir.

Não estou nem falando de tolerância naquele sentido comum de "deixa que eu deixo", mas sim, no nervo da coisa. Coexistir sabendo que se coexiste. Consciosamente, (se é que essa palavra existe, eu tô com sono, avisei.) Me causa um desconforto muito maçante perceber o desdém que as pessoas trocam ao se observarem nas ruas por aqui e lá.

Era como se a única coisa capaz de aproximar as pessoas desconhecidas fosse o sexo ou o dinheiro, ou um ancestral em comum. E se nada de realmente 'valoroso' (no sentido consensual desta afirmação) consegue conectar uns dois caminhos, tudo o que resta é a indiferença, e em seguida o nojo. É isso aí, nojo.

De vez em quando eu quero chorar quando vejo pinturas, fotos, ou simplesmente olho por uma janela e vejo uma multidão caminhando pra onde quer que seja... Eu penso sobre aquele encrespado de bípedes... Tão diferentes em seus rostos, expressões, aparelhos celulares, cigarros, seios, pobreza, luxo... Mas todos com dois olhos distantes pensando em algum lugar ou alguém. Mas eles nunca se abraçariam espontâneamente, ou trocariam sinceras juras de 'bom dia' sem uma forte razão (das que eu já discuti acima.)

É... Eu posso estar pensando no lindo mundo da Fada Bella ou querer que coisas absurdas sejam reais. Afinal, este é o mundo. Existem os nossos e os 'outros'. E nós sempre estamos sendo usurpados por um presente mais significativo que o nosso. Sempre somos as vítimas de invasões bárbaras ao nosso sagrado meio comum cheio de coisas que conhecemos ou que se repetem.

Isso me dói. Além de não existirmos com nosso mundo, não existimos com a nossa própria espécie. E sim, sempre abaixo ou acima, nunca ao lado. A não ser da mãe, do amigo, do marido, do irmão...

Eu só queria dormir, sabe?

quinta-feira, setembro 07, 2006

Aways a hurry, aways a catch...

Que linda criaturinha...

Praticamente um sõim* gigante com cara de morcego e rabo de gato. Meu sonho é conhecer um lêmure de fraque e com sotaque inglês.


* = Para vocês que falam do jeito errado, sõim significa "sagüi".

quarta-feira, setembro 06, 2006

Coisas que eu odeio

Eu poderia falar durante anos sobre o ódio. Na minha cabeça é um tópico que rende bastante, já que eu sou do tipo de pessoa que trinca os dentes e imagina raios de desintegração partindo na direção das pessoas que me despertam a raiva. O negócio é que eu ainda sou sincero sobre isso. Eu sei que tem bem mais gente solta por aí que pensa coisas bem piores.
(Minhas machadinhas voadoras são passado. Tem gente que viaja em coisa bem mais diabólica que serras elétricas.)

Mas eu odeio privadas e pias entupidas. Me sinto obsoleto vendo que minha casa está constipada.

Odeio minhas unhas sujas e pretas, é pior do que sentir bosta na cara. É sentir bosta na boca! Eu costumo comer muitas coisas com as mãos. Adoro pastel.

E também detesto cravos no nariz. Eu não consigo tirá-los. Até que dá, mas é sempre um trabalhão. E dói.

Odeio as minhas amigdalas. Elas são gigantescas, e me impedem de emitir meus agudos direito. Meu fá3 já é apertado. Imagina se eu penso em dar um dó4. É praticamente um piado!

Dôres de cabeça são o que existe de pior nas enfermidades humanas. São a confirmação lógica e metafísica (!) da mazela. Quando se está com dôr de cabeça, tenha certeza: Você tem um problema sério.

Pêlos encravados - tem coisa pior? Não é uma espinha, não é um furúnculo (que nome mais feio), e você não pode tirá-lo sem uma pinça. E quando você o tira, ainda tem que lidar com o pus. Spooky...

Porém, além destes pequenos 'ódios bobos', existe aquilo que eu chamo de 'ódios maiores'. Estes são os que me trincam os dentes e me dão sede de sangue. Já que eu não consigo desprezar uma situação ou pessoa, o que me resta é a imaginação de vísceras a mostra e um corpo físico em colapso enquanto uma consciência agoniza em seus momentos finais...

Gente que promete e não cumpre: Eu já detesto promessas! "Claro, te ligo avisando amanhã!" Por antecipação já fico irritado quando alguém me promete alguma cois, (ao invés de prometer. Adivinhe, surpreenda, sonde... Faça qualquer coisa. Mas não crie expectativas!!!) E tem gente solta nesse mundo que, além de te deixar com um reloginho ansioso na mão, te faz passar papel de panaca. Eu sou um poço infinito de misericórdia e compreensão. Mas é fácil ficar com o filme queimado pro meu lado sob essa circunstância.

Gente que te pede pra falar algo e não escuta: O tipo de pessoa que, de fato, merece a morte por sanguessugas vampiros das trevas. Eu gosto muito de falar, (todo mundo sabe.) Mas como é de conhecimento 'geral', eu não gosto sempre de falar de graça, (falar miolo de pote, ou simplesmente puxar assuntos que normalmente não renderiam), e quando alguém me pede pra falar sobre alguma coisa, é melhor escutar, ou rapidinho vai perder o crédito comigo.

Também DETESTO gente que ignora o que eu falo. Aquela pessoa que, quando você fala, olha pra você, e vira o rosto como se tivesse ouvido um latido de cachorro. Eu sou extremamente irritável quando ignoram a minha voz.

Gente que sorri demais: Não tomem isto por uma paranóia anti-social. Eu adoro gente feliz. Sério. Meu problema é com aquela pessoa que sorri sem querer sorrir pra te agradar, ou pra fingir que não foi ela quem peidou. Ou pior - sorri pra não deixar claro que te detesta e/ou não te suporta. Eu respeito as pessoas falsas, e admiro as pessoas calculistas. Porém eu desprezo esses inexperientes que acham que todo mundo cái nessa pegadinha de ursinho carinhoso.

Melhor amigo instantâneo: Nossa! Esse realmente merece tomar uma cólera do dragão no saco. O pior tipo de zé-mané do mundo. Aquela pessoa que, nos cinco primeiros minutos de conversa já age com toda intimidade e carinho que só grandes amigos teriam. Se duvidar, nos dez minutos desta possível conversa ele já te pede o celular emprestado pra ligar pra alguém. Ou meros cinco reais pra completar o dinheiro do rango. Também existe o variante - É o seu melhor amigo até que um verdadeiro amigo dele, ou seu, apareça na cena. Daí tudo volta ao normal.
Algumas pessoas não entendem que ser simpático não significa forçar intimidade. Intimidade é íntimo! Pessoal... E isso não vale cinco minutos, uma pizza, um conhecido em comum, ancestrais em comum... Nada disso, sério.

"Não estou te vendo": Normalmente este caso acontece quando você tem uma vendetta sobre alguém. E então você se depara com o ser odiado em uma situação que Black Mamba não pode baixar em você, então você tem que sorrir e acenar... Mas fala sério - isso é o cúmulo da coisa ridícula! Eu sou do tipo de pessoa que acredita que rixas idiotas podem ser perfeitamente resolvidas com conversas idiotas, (e aí, a família vai bem?) Acredito piamente que as pessoas, (as más inclusive) são boas até que tentem te matar. Então nada de ficar ignorando quem pisa nos seus calos se, de repente, você tropeça no sapato do fulano, ou coisa do tipo. Engula o orgulho e desfaça um inimigo. (Ter inimigos não é bom. Isso é coisa de gente tola.)

"Não fale comigo aqui e/ou agora": Digno dos ódios de Medéia e Carmen, esta é uma sensação que normalmente acontece sob o contexto dos casos românticos mal resolvidos, ou coisas de família, profissão... Você tem alguma pessoa conhecida que se acha mais que você por qualquer razão que seja, e acredita que, em uma determinada circunstância você é inconveniente ou capaz de causar vexames. Não precisaria dizer que uma pessoa covarde assim merece ser esfaqueada com um garfo (!!!) até a agonia, e depois ser atirada a piranhas em um rio de álcool fervente.

"Eu não te suporto mesmo, mas te trato super bem": Parece contraditório com um dos tópicos acima. Mas não é. Eu sou a favor de resolver as rixas, seja como for. Não ignorá-las ao ponto da loucura. Isso é o cúmulo... Engolir seco uma coisa que incomoda alguém, por seja lá o motivo que for... Ái, ninguém merece, putaqueopariu... Sempre é possível inventar uma maneira de não odiar mais alguém. Pense nisso: Que razões uma pessoa teria pra chamar o ser odiado de 'meu melhor amigo'?

"Eu te odeio porque ele pediu": Sem comentários. Sério.

Além disso eu odeio muitas coisas, como dormir demais e não relaxar, assim como odeio crianças me pedindo dinheiro na rua. The world is full of hatred...

E nunca me peça pra ficar calmo!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Eu estive lá!


A seta azul indica a minha imprescindível, e inesquecível presença no elenco corista dessa ópera. Jura! Hehehehe... Cara, essa ópera vai deixar saudades, ah se vai... Que o Zé-do-Burro esteja bem, onde quer que ele esteja agora! E Nicolau... Bem, o Nicolau se vira!

"Oiá de Ariou,
Iansã oroujangolô..."

sexta-feira, setembro 01, 2006

Adeus Lenin!

Tudo bem que este filme tenha sido lançado faz um tempinho, mas só agora eu fui assistir...
Nossa, nunca tinha visto nada do cinema alemão (como aqueles que me conhecem sabem, eu não sou cinéfilo. Só gosto de filmes.) E realmente é bem diferente dos blockbusters de lá (daquele lugar.)

E esse foi um dos filmes que mais me deixou triste. A situação dos dois protagonistas na infância, esperando pelo pai, e depois o piripaque da mãe quando o Alex é capturado... Depois o longo coma dela que força os filhos a evitarem dizer a verdade sobre a Alemanha depois da queda do muro (e principalmente o episódio do muro...)

O que me deixou triste foi o lance de ver o que as pessoas do socialismo imaginavam de mundo, e o que este foi se tornando pra elas depois. Tudo bem - a gente sabe que o socialismo não funciona, nem funcionava tão bem... E várias coisas dele eram tremendamente questionáveis. Assim como hoje em dia amaldiçoamos o capitalismo neo-liberalista por todos os problemas de nossas vidas. Mas parece que estamos fadados a ataques morais seja de qual sistema social que for.

É uma pena que tenha chegado a isso. Mas o melhor a fazer é seguir adiante, e adiante...